Aos 12 anos Péricles compreendeu definitivamente que não levava jeito para o futebol. Apesar de apaixonado, era simplesmente horrendo na prática do nobre esporte bretão. Concentrou-se então nos estudos, formou-se em Geologia, casou-se e teve um casal de filhos.
Aos 12 anos Ernesto, o filho do Péricles, jogou a primeira partida “oficial” diante dos pais. Marcou dois gols, deu o passe para outro e acabou com o jogo.
Ao final da peleja, enquanto o treinador exaltava as qualidades do futuro craque, Péricles estava calado. Voltaram para a casa e, enquanto todos dormiam, Péricles foi silenciosamente até a garagem e, com uma faca, rasgou os pneus da bicicleta do Ernesto.
Abrir mão do sonho tudo bem, mas agüentar o filho esfregando na cara, isso não. Isso não, porra.
Direto na têmpora: Snow day - Lisa Loeb
6 comentários:
isso me lembra muito uma das novelas de pedro camacho em "tia julia e o escrivinhador", de mario vargas llosa.
claro, se você fosse doido como o personagem de vargas llosa.
Do Llosa eu só conheço Palomino Molero, toomuchcoffeeman, mas gostou?
Eu entendo o Péricles porque sempre fui um "perna-de-pau" dos diabos.
A sorte é que meu filho não se liga em futebol. Aliás, como o pai faz parte do A.A. (Atletas Anônimos).
hehehe!
Don Oliva
Será que tem gente como esse Péricles aí ?. Eu quero acreditar que não! Que acham os nossos amigos visitantes da pastelaria ?
e intelectuais ativos, don oliva
tem gente até pior, ndms
Postar um comentário