Ontem surgiu uma barata na pia do banheiro lá de casa e Fernanda e Sophia quase dissolveram de tanto berrar. Enquanto eu matava a criatura nojenta, Sophia mostrava toda a sua revolta:
- Mas, mãe, por que essa barata tá querendo entrar aqui em casa com esse frio!? Por quê!? Será que ela veio pegar ração da Fluffy!?
Direto na têmpora: Busted - The Black Keys
quinta-feira, junho 30, 2011
quarta-feira, junho 29, 2011
10 dúvidas que eu tive hoje
1) Se eu fingir e acreditar muito que a Nossa Senhora do Carmo não existe ela desaparece de verdade?
2) É a marca que define o seu público ou é o público que define uma marca?
3) A pessoa que deixa o cachorro fazer cocô na rua e não limpa pode ser considerado menos racional do que o próprio cachorro?
4) A sua verdade precisa mesmo ser a minha verdade também?
5) Será que algum dia as pessoas vão entender que eleger um político requer um pouco mais de consciência do que escolher o vencedor do BBB?
6) Ainda é possível comprar um tênis Montreal com antimicrobial?
7) Por que torresmo é tão bom se faz tão mal?
8) É falta de educação avisar para alguém que ele (ou ela) é extremamente chato (ou chata)?
9) Por que chá de losna faz tão bem se é tão ruim?
10) Já posso ir embora?
Direto na têmpora: She blinded me with science - Thomas Dolby
2) É a marca que define o seu público ou é o público que define uma marca?
3) A pessoa que deixa o cachorro fazer cocô na rua e não limpa pode ser considerado menos racional do que o próprio cachorro?
4) A sua verdade precisa mesmo ser a minha verdade também?
5) Será que algum dia as pessoas vão entender que eleger um político requer um pouco mais de consciência do que escolher o vencedor do BBB?
6) Ainda é possível comprar um tênis Montreal com antimicrobial?
7) Por que torresmo é tão bom se faz tão mal?
8) É falta de educação avisar para alguém que ele (ou ela) é extremamente chato (ou chata)?
9) Por que chá de losna faz tão bem se é tão ruim?
10) Já posso ir embora?
Direto na têmpora: She blinded me with science - Thomas Dolby
terça-feira, junho 28, 2011
Escritor, eu?
Em 2010 eu lancei três livros infantis. Há cerca de 6 anos eu já havia bancado a edição de um livro de casos, crônicas e historinhas com 300 unidades. Se tudo der certo, lanço pelo menos mais dois títulos em 2011. Volta e meia escrevo poesias e algum arremedo de literatura aqui no Pastelzinho.
Ainda assim, não consigo me ver como escritor.
A verdade é que minha renda vem da publicidade e meu tempo é dedicado à propaganda. Literatura é apenas um hobby que começa a ganhar força e, Deus queira, pode um dia se tornar algo maior.
Por isso me sinto tão sem graça quando participo de eventos literários, entrevistas ou mesmo me pedem dicas sobre a função de escritor. Sobre publicidade eu já acho que tenho mais a dizer e até ando falando bastante sobre isso, mas literatura? Sei lá, não me sinto escritor. Nestas situações me vejo mais ou menos como um peladeiro chamado a falar sobre como funciona o futebol profissional.
Na verdade não importa. Gosto de escrever meus pastéis, de inventar minhas historinhas, de arriscar meus contos, crônicas e ensaios. Escrevo por prazer e cada vez quero escrever mais.
E talvez aí, sim, nesse sentido, eu possa enxergar em mim um escritor.
Direto na têmpora: Give me back my man - The B-52s
Ainda assim, não consigo me ver como escritor.
A verdade é que minha renda vem da publicidade e meu tempo é dedicado à propaganda. Literatura é apenas um hobby que começa a ganhar força e, Deus queira, pode um dia se tornar algo maior.
Por isso me sinto tão sem graça quando participo de eventos literários, entrevistas ou mesmo me pedem dicas sobre a função de escritor. Sobre publicidade eu já acho que tenho mais a dizer e até ando falando bastante sobre isso, mas literatura? Sei lá, não me sinto escritor. Nestas situações me vejo mais ou menos como um peladeiro chamado a falar sobre como funciona o futebol profissional.
Na verdade não importa. Gosto de escrever meus pastéis, de inventar minhas historinhas, de arriscar meus contos, crônicas e ensaios. Escrevo por prazer e cada vez quero escrever mais.
E talvez aí, sim, nesse sentido, eu possa enxergar em mim um escritor.
Direto na têmpora: Give me back my man - The B-52s
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segunda-feira, junho 27, 2011
O dia dela
Por toda a diferença que você fez na minha vida, pelo seu carinho, pelo seu amor incondicional, pela preocupação, pelo cuidado, pela forma como cuida de nossas coisas, pela filha maravilhosa que fez comigo, pela família que trouxe para mim, pelo perdão, pelo agradecimento, pelos beijos, pela viagens, pelo passado, pelo futuro e, principalmente pelo nosso tempo presente, muito obrigado, minha Fer.
E um aniversário maravilhoso para você.
Direto na têmpora: Walkabout - Sugarcubes
E um aniversário maravilhoso para você.
Direto na têmpora: Walkabout - Sugarcubes
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domingo, junho 26, 2011
Quatro dias com elas
Acabo de passar quatro dias inteiros com Sophia e Fernanda. Um prazer temporão que me trouxe, além de momentos deliciosos, duas pérolas e uma grande certeza:
Pérola 1
Sempre que Sophia vai a Ouro Preto, passamos na chocolateria e a casa fica repleta de doces e guloseimas da tia Rosa. Por isso eu nem estranhei tanto quando, no meio de uma conversa, Sophia perguntou:
- Toda vez que a gente vai a Ouro Preto é Páscoa?
Pérola 2
Fernanda e eu estávamos brigando com Sophia por alguma coisa relacionada à Fluffy (nossa cadelinha) e, já sem paciência, ameaçamos:
- Sophia, se isso continuar nós vamos ter que devolver a Fluffy, é isso que você quer?
- Não...
- Então quantas chances a gente vai ter que dar pra você mostrar que é responsável pra cuidar dela?
E a baixinha, pensativa:
- Só uma... quer dizer, melhor duas!
Grande certeza
Se existem pessoas muito agitadas que são 220 volts a Sophia é, no mínimo, plutônio enriquecido.
Direto na têmpora: I might - Wilco
Pérola 1
Sempre que Sophia vai a Ouro Preto, passamos na chocolateria e a casa fica repleta de doces e guloseimas da tia Rosa. Por isso eu nem estranhei tanto quando, no meio de uma conversa, Sophia perguntou:
- Toda vez que a gente vai a Ouro Preto é Páscoa?
Pérola 2
Fernanda e eu estávamos brigando com Sophia por alguma coisa relacionada à Fluffy (nossa cadelinha) e, já sem paciência, ameaçamos:
- Sophia, se isso continuar nós vamos ter que devolver a Fluffy, é isso que você quer?
- Não...
- Então quantas chances a gente vai ter que dar pra você mostrar que é responsável pra cuidar dela?
E a baixinha, pensativa:
- Só uma... quer dizer, melhor duas!
Grande certeza
Se existem pessoas muito agitadas que são 220 volts a Sophia é, no mínimo, plutônio enriquecido.
Direto na têmpora: I might - Wilco
quarta-feira, junho 22, 2011
Até segunda
Então, até segunda e fiquem com um filme muito bacana. Passa rápido mesmo. Beijos.
Direto na têmpora: Life is life - Noah and The Whale
Last Day Dream from Chris Milk on Vimeo.
Direto na têmpora: Life is life - Noah and The Whale
Autoria
Meu amigo e compadre Rogério Fernandes é um artista com identidade própria. Basta bater o olho em uma de suas peças para saber que ele é o autor.
Luis Fernando Veríssimo é outro. Mesmo com tantos textos falsos rodando pela internet como sendo de sua autoria, é facil separar o joio do trigo simplesmente porque Veríssimo tem um estilo muito próprio.
Ser identificado como autor de uma obra ao primeiro contato é, na minha opinião, sinal de maturidade artística. É conhecer de perto o seu talento e testar seus limites sem correr o risco de se perder.
Exemplificando por algo ruim, é como a trincheira da Nossa Senhora do Carmo. Quando você vê os carros e os ônibus tendo que se cruzar em "X" para que cada um chegue à sua pista e o transtorno que isso causa no trânsito de toda a região, você sabe na hora que é uma obra da BHTrans.
Os caras arrebentam.
Direto na têmpora: Throwing things - Superchunk
Luis Fernando Veríssimo é outro. Mesmo com tantos textos falsos rodando pela internet como sendo de sua autoria, é facil separar o joio do trigo simplesmente porque Veríssimo tem um estilo muito próprio.
Ser identificado como autor de uma obra ao primeiro contato é, na minha opinião, sinal de maturidade artística. É conhecer de perto o seu talento e testar seus limites sem correr o risco de se perder.
Exemplificando por algo ruim, é como a trincheira da Nossa Senhora do Carmo. Quando você vê os carros e os ônibus tendo que se cruzar em "X" para que cada um chegue à sua pista e o transtorno que isso causa no trânsito de toda a região, você sabe na hora que é uma obra da BHTrans.
Os caras arrebentam.
Direto na têmpora: Throwing things - Superchunk
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Rogério Fernandes
terça-feira, junho 21, 2011
Atendimento
Eu já disse e repito: eu posso criticar algum profissional de atendimento, mas nunca a profissão de atendimento.
É fundamental ter alguém que consiga combinar firmeza, flexibilidade e argumentar sem se deixar levar pela emoção e avaliando até onde a argumentação pode ir sem prejudicar agência ou cliente.
Resumindo, um bom atendimento e um bom revisor valem ouro para redatores (ou pelo menos para mim).
Daí que me lembrei de um certo dono de agência que reuniu sua equipe de criativos para opinar sobre a equipe de atendimento. A pergunta foi direta:
- Qual o melhor profissional de atendimento da agência na opinião de vocês?
A resposta foi unânime:
- Fulana de Tal.
O dono pareceu ficar intrigado com a resposta e aí argumentou-se que a pessoa em questão sabia ser firme com o cliente, defendia as ideias e, ao mesmo tempo, sabia trazer feedbacks negativos de forma clara, além de manter todos sempre a par do andamento dos trabalhos.
O dono pensou e respondeu:
- Engraçado, eu prefiro Beltrana de Tal. Se eu ligo pra elas as quatro da manhã ela atende, a outra não.
Em meio ao olhar incrédulo e rompendo o silêncio dos criativos uma voz surgiu para resumir a situação.
- Então você precisa é de um amigo, pô, não é de um atendimento.
Reunião encerrada.
Direto na têmpora: Brainstorm - Arctic Monkeys
É fundamental ter alguém que consiga combinar firmeza, flexibilidade e argumentar sem se deixar levar pela emoção e avaliando até onde a argumentação pode ir sem prejudicar agência ou cliente.
Resumindo, um bom atendimento e um bom revisor valem ouro para redatores (ou pelo menos para mim).
Daí que me lembrei de um certo dono de agência que reuniu sua equipe de criativos para opinar sobre a equipe de atendimento. A pergunta foi direta:
- Qual o melhor profissional de atendimento da agência na opinião de vocês?
A resposta foi unânime:
- Fulana de Tal.
O dono pareceu ficar intrigado com a resposta e aí argumentou-se que a pessoa em questão sabia ser firme com o cliente, defendia as ideias e, ao mesmo tempo, sabia trazer feedbacks negativos de forma clara, além de manter todos sempre a par do andamento dos trabalhos.
O dono pensou e respondeu:
- Engraçado, eu prefiro Beltrana de Tal. Se eu ligo pra elas as quatro da manhã ela atende, a outra não.
Em meio ao olhar incrédulo e rompendo o silêncio dos criativos uma voz surgiu para resumir a situação.
- Então você precisa é de um amigo, pô, não é de um atendimento.
Reunião encerrada.
Direto na têmpora: Brainstorm - Arctic Monkeys
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segunda-feira, junho 20, 2011
Minha velhinha
Sophia reclama muito às vezes. Em certo dias ela entra numa onda de criticar e achar tudo ruim que é osso.
Por causa disso, outro dia eu falei que ela parecia uma velha e comecei a chamá-la de "minha velhinha". Acho que acertei algum ponto dolorido, porque a reação da menina foi botar as mão zinhas na cintura, fazer sua cara de maior deboche e disparar.
- Eu não gosto que me chame de velhinha. Você é que é velhinho, viu, seu velho coroco!
O pior é que ela não falou com raiva, nem falta de educação, foi só mesmo pra apontar a ironia de um "velho" como eu chamar uma menina de 5 anos de idosa. Ri tanto que nem consegui brigar.
Direto na têmpora: The bottom line - Big Audio Dynamite
Por causa disso, outro dia eu falei que ela parecia uma velha e comecei a chamá-la de "minha velhinha". Acho que acertei algum ponto dolorido, porque a reação da menina foi botar as mão zinhas na cintura, fazer sua cara de maior deboche e disparar.
- Eu não gosto que me chame de velhinha. Você é que é velhinho, viu, seu velho coroco!
O pior é que ela não falou com raiva, nem falta de educação, foi só mesmo pra apontar a ironia de um "velho" como eu chamar uma menina de 5 anos de idosa. Ri tanto que nem consegui brigar.
Direto na têmpora: The bottom line - Big Audio Dynamite
sexta-feira, junho 17, 2011
Para isso fomos feitos
Eu acho simplesmente maravilhoso o Poema de Natal do Vinícius de Moraes. Hoje pensei muito nele e resolvi fazer algo inspirado, mas nem sequer próximo à obra-prima.
Um dia descobrirás que tuas mãos foram feitas para o carinho, embora saibam também agredir, mutilar, afastar.
Que tua boca foi feita para o beijo, embora insista ainda em ofender, negar e mentir.
Que teus pés foram feitos para seguir sonhos, embora tenham aprendido (talvez rápido demais) a fugir, pisar e chutar.
Descobrirás, um dia, que teus olhos foram feitos para toda a sorte de lágrimas, alegres ou não, e que teu ombro foi feito para o consolo.
Que tua garganta foi feita para o grito de "eu te amo" e para o sussurro de "não me deixes".
Que tua força foi feita para ajudar quem não a tem.
Um dia descobrirás que teu coração foi feito somente para ser pleno, que teu prazer foi feito cuidadosamente para o outro.
E tu, apesar de toda a dor que existe, foste inteiro feito para a alegria.
Direto na têmpora: Man on the moon - R.E.M.
Um dia descobrirás que tuas mãos foram feitas para o carinho, embora saibam também agredir, mutilar, afastar.
Que tua boca foi feita para o beijo, embora insista ainda em ofender, negar e mentir.
Que teus pés foram feitos para seguir sonhos, embora tenham aprendido (talvez rápido demais) a fugir, pisar e chutar.
Descobrirás, um dia, que teus olhos foram feitos para toda a sorte de lágrimas, alegres ou não, e que teu ombro foi feito para o consolo.
Que tua garganta foi feita para o grito de "eu te amo" e para o sussurro de "não me deixes".
Que tua força foi feita para ajudar quem não a tem.
Um dia descobrirás que teu coração foi feito somente para ser pleno, que teu prazer foi feito cuidadosamente para o outro.
E tu, apesar de toda a dor que existe, foste inteiro feito para a alegria.
Direto na têmpora: Man on the moon - R.E.M.
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quinta-feira, junho 16, 2011
Ponto final
O ponto se sente pequenininho, sem graça, sozinho, somente um pontinho.
Não tem o topete ondulado do til, nem a coluna ereta da exclamação. Não se curva em interrogações, não se repete em reticências, não se alonga em uma pausa de vírgula.
Não começa a conversa como um travessão, não une palavras para criar outras como um hífen, não se equilibra sobre outro e vira dois pontos.
É um ponto e pronto. Fim de história. Ponto final.
Direto na têmpora: We close our eyes - Oingo Boingo
Não tem o topete ondulado do til, nem a coluna ereta da exclamação. Não se curva em interrogações, não se repete em reticências, não se alonga em uma pausa de vírgula.
Não começa a conversa como um travessão, não une palavras para criar outras como um hífen, não se equilibra sobre outro e vira dois pontos.
É um ponto e pronto. Fim de história. Ponto final.
Direto na têmpora: We close our eyes - Oingo Boingo
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quarta-feira, junho 15, 2011
Sophia, o bem e o mal.
Após assistir Kung Fu Panda 2, Sophia veio me perguntar:
- Papai, por que o bem sempre vence nos desenhos?
- Você não acha que o bem deveria vencer, filha?
- Tinha que ser uma hora o bem, outra hora o mal, ué.
- Que nem no Estranhas Histórias em que alguns meninos se dão bem e outros se dão mal, né?
- É. Esse negócio do bem vencer toda hora é muito chato.
Orgulho. Orgulho de vera.
Direto na têmpora: Love is no big truth - Kings Of Convenience
- Papai, por que o bem sempre vence nos desenhos?
- Você não acha que o bem deveria vencer, filha?
- Tinha que ser uma hora o bem, outra hora o mal, ué.
- Que nem no Estranhas Histórias em que alguns meninos se dão bem e outros se dão mal, né?
- É. Esse negócio do bem vencer toda hora é muito chato.
Orgulho. Orgulho de vera.
Direto na têmpora: Love is no big truth - Kings Of Convenience
O bom e o ruim de todo dia
Todo dia tem coisa boa.
Por exemplo, outro dia a Globalbev enviou pra mim um suco de uva e um suco de laranja da marca Fast Fruit e um açaí da marca Amazoo.
Legal receber isso, ainda mais que não houve nenhum tipo de solicitação para divulgar a ação deles. Simplesmente correram o risco de me enviar e me deram a chance de experimentar os produtos e poder falar bem ou mal.
Gostei muito do suco de laranja e Sophia adorou o de uva. Açaí mesmo eu não tomo, então distribuí aqui no trabalho e as impressões não foram tão boas, mas como não provei, não posso detalhar.
O fato é que achei legal o Pastelzinho receber esse tipo de atenção e resolvi comentar.
Agora, todo dia tem coisa ruim também. Aí outro dia fui levar meu carro com menos de 7 mil quilômetros na oficina porque o bichinho se recusava a pegar de manhã e o rapaz perguntou logo de cara:
- Você usa mais álcool ou mais gasolina?
- Tanto faz, o carro é flex, então uso um ou outro dependendo do preço.
- Ah, pára de usar álcool e usa só gasolina que o problema resolve.
- Bom, eu faço isso se vocês tirarem o "Flex" que está pregado no carro e trocarem por "Gasolina". Pra mim, carro Flex me dá o direito de usar qualquer dos dois combustíveis ou o carro de você não é assim?
Aí o cara fez uma expressão sem graça, saiu de perto e eu fiquei lá, pensando em como as coisas nem sempre são o que parecem.
Direto na têmpora: Me and the major - Belle & Sebastian
Por exemplo, outro dia a Globalbev enviou pra mim um suco de uva e um suco de laranja da marca Fast Fruit e um açaí da marca Amazoo.
Legal receber isso, ainda mais que não houve nenhum tipo de solicitação para divulgar a ação deles. Simplesmente correram o risco de me enviar e me deram a chance de experimentar os produtos e poder falar bem ou mal.
Gostei muito do suco de laranja e Sophia adorou o de uva. Açaí mesmo eu não tomo, então distribuí aqui no trabalho e as impressões não foram tão boas, mas como não provei, não posso detalhar.
O fato é que achei legal o Pastelzinho receber esse tipo de atenção e resolvi comentar.
Agora, todo dia tem coisa ruim também. Aí outro dia fui levar meu carro com menos de 7 mil quilômetros na oficina porque o bichinho se recusava a pegar de manhã e o rapaz perguntou logo de cara:
- Você usa mais álcool ou mais gasolina?
- Tanto faz, o carro é flex, então uso um ou outro dependendo do preço.
- Ah, pára de usar álcool e usa só gasolina que o problema resolve.
- Bom, eu faço isso se vocês tirarem o "Flex" que está pregado no carro e trocarem por "Gasolina". Pra mim, carro Flex me dá o direito de usar qualquer dos dois combustíveis ou o carro de você não é assim?
Aí o cara fez uma expressão sem graça, saiu de perto e eu fiquei lá, pensando em como as coisas nem sempre são o que parecem.
Direto na têmpora: Me and the major - Belle & Sebastian
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terça-feira, junho 14, 2011
Primeiras vezes
Ser pai é experimentar diversas primeiras vezes. O primeiro sorriso, o primeiro beijo, a primeira palavra lida, a primeira apresentação de dança.
Minha Sophia tem menos de seis meses de aula de dança e já deu um verdadeiro show em sua primeira apresentação. Olhos de coruja do pai pra enxergar o show? Provavelmente, mas quem se importa? É através destes olhos com filtro que irei enxergá-la durante toda a sua vida.
São estes olhos parciais que vão chorar de novo e de novo ao vê-la dançar, nadar, ler, escrever, enfim, fazer tudo o que a maioria das crianças faz.
E é através destes olhos que eu enxergo no sorriso da minha Sophia um tipo de cura para todos os males. E vê-la dançar assim, sorrindo e leve, é para mim alegria em estado puro.
Direto na têmpora: You - TV On The Radio
Minha Sophia tem menos de seis meses de aula de dança e já deu um verdadeiro show em sua primeira apresentação. Olhos de coruja do pai pra enxergar o show? Provavelmente, mas quem se importa? É através destes olhos com filtro que irei enxergá-la durante toda a sua vida.
São estes olhos parciais que vão chorar de novo e de novo ao vê-la dançar, nadar, ler, escrever, enfim, fazer tudo o que a maioria das crianças faz.
E é através destes olhos que eu enxergo no sorriso da minha Sophia um tipo de cura para todos os males. E vê-la dançar assim, sorrindo e leve, é para mim alegria em estado puro.
Direto na têmpora: You - TV On The Radio
segunda-feira, junho 13, 2011
Mavs! Mavs! Mavs!
A temporada acabou e o post não pode esperar até amanhã. Os Dallas Mavericks são os campeões da NBA em 2011 e quem não curte basquete vai ter um descanso do assunto no Pastelzinho a partir de amanhã.
Sou torcedor dos Celtics, mas já expliquei aqui porque gostaria que o Heat não ganhasse o título da NBA. Além disso, quando meu pai esteve nos EUA em 95 ou 96, sabe qual camisa eu pedi se ele não achasse a de Boston? Acertou. Dos Mavs.
O primeiro time de Dallas de que me lembro tinha Mark Aguirre, Derek Harper e Rolando Blackman. Era um time que sempre perdia dos Lakers em 87, 88, mas que jogava bonito e sério.
Depois me lembro dos Mavs da época que pedi a camiseta, quando Jason Kidd (sim, este mesmo que acaba de ser campeão depois de dar uma volta em New Jersey), Jim Jackson e Jamal Mashburn prometiam ser um dos mais empolgantes trios de jovens jogadores da época, o que infelizmente não aconteceu.
Há menos tempo tivemos o inesquecível time com Nowitzki e Nash, além de Michael Finley, que parou nos grandes Spurs.
Em 2006, os Mavericks perderam as finais para o Miami Heat após estarem ganhando de 2 a 0. Em 2007 tiveram uma campanha maravilhosa na temporada regular com Dirk Nowitzki levando o MVP, mas foram eliminados na primeira rodada dos playoffs pelo Golde State, oitavo time do Oeste na época.
Juro que achei que eles não teriam mais chances ao título. Na NBA as janelas de oportunidade passam rápido e com Lakers, Celtics e agora Miami mais fortes, eu nem me lembrava dos Mavs como potenciais candidatos.
Errei feio. Nas minhas previsões, Dallas sairia na primeira rodada.
Ganharam porque tiveram um time que joga em conjunto, que tem coragem e que ganhou um senso de defesa até então inexistente com Tyson Chandler. Shawn Marion não é mais o mesmo de Phoenix, mas foi fundamental também na defesa. Dirk foi preciso quando o time mais precisou (ao contrário de LeBron). Jason Kidd reinventou seu jogo e dominou o ritmo do ataque. Barea fez uma bela temporada e playoffs mais lindos ainda. Jason Terry tem os maiores culhões da NBA nos tempos de hoje. E Rick Carlisle, que já tinha feito um belo trabalho nos Pacers e depois acabou meio esquecido, mostra que é e sempre foi um puta técnico.
Um título que ajuda a diminuir a dor de tantos bons times que deramem nada na história dos Mavericks, que redime Kidd e Nowitzi, dois craques que se aposentariam sem o troféu e que desmantela o "já ganhou" vergonhoso e o conceito de "supertime" de Miami, pelo menos nesta temporada.
Estou feliz. Muito feliz. Nunca foi tão bom errar.
Direto na têmpora: Missing - Everything But The Girl
Sou torcedor dos Celtics, mas já expliquei aqui porque gostaria que o Heat não ganhasse o título da NBA. Além disso, quando meu pai esteve nos EUA em 95 ou 96, sabe qual camisa eu pedi se ele não achasse a de Boston? Acertou. Dos Mavs.
O primeiro time de Dallas de que me lembro tinha Mark Aguirre, Derek Harper e Rolando Blackman. Era um time que sempre perdia dos Lakers em 87, 88, mas que jogava bonito e sério.
Depois me lembro dos Mavs da época que pedi a camiseta, quando Jason Kidd (sim, este mesmo que acaba de ser campeão depois de dar uma volta em New Jersey), Jim Jackson e Jamal Mashburn prometiam ser um dos mais empolgantes trios de jovens jogadores da época, o que infelizmente não aconteceu.
Há menos tempo tivemos o inesquecível time com Nowitzki e Nash, além de Michael Finley, que parou nos grandes Spurs.
Em 2006, os Mavericks perderam as finais para o Miami Heat após estarem ganhando de 2 a 0. Em 2007 tiveram uma campanha maravilhosa na temporada regular com Dirk Nowitzki levando o MVP, mas foram eliminados na primeira rodada dos playoffs pelo Golde State, oitavo time do Oeste na época.
Juro que achei que eles não teriam mais chances ao título. Na NBA as janelas de oportunidade passam rápido e com Lakers, Celtics e agora Miami mais fortes, eu nem me lembrava dos Mavs como potenciais candidatos.
Errei feio. Nas minhas previsões, Dallas sairia na primeira rodada.
Ganharam porque tiveram um time que joga em conjunto, que tem coragem e que ganhou um senso de defesa até então inexistente com Tyson Chandler. Shawn Marion não é mais o mesmo de Phoenix, mas foi fundamental também na defesa. Dirk foi preciso quando o time mais precisou (ao contrário de LeBron). Jason Kidd reinventou seu jogo e dominou o ritmo do ataque. Barea fez uma bela temporada e playoffs mais lindos ainda. Jason Terry tem os maiores culhões da NBA nos tempos de hoje. E Rick Carlisle, que já tinha feito um belo trabalho nos Pacers e depois acabou meio esquecido, mostra que é e sempre foi um puta técnico.
Um título que ajuda a diminuir a dor de tantos bons times que deramem nada na história dos Mavericks, que redime Kidd e Nowitzi, dois craques que se aposentariam sem o troféu e que desmantela o "já ganhou" vergonhoso e o conceito de "supertime" de Miami, pelo menos nesta temporada.
Estou feliz. Muito feliz. Nunca foi tão bom errar.
Direto na têmpora: Missing - Everything But The Girl
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NBA
sexta-feira, junho 10, 2011
Teorias sobre Kobe e LeBron
O Miami Heat ainda tem boas chances de ganhar o título da NBA. São duas partidas em casa e, mesmo os Mavericks tendo Dirk, Kidd e Terry jogando muito, não dá pra esquecer que do outro lado temos Wade, LeBron e Bosh. Assim mesmo, com Wade antes de LeBron.
Já falei outro dia sobre o que considero um absurdo neste time de Miami. A forma como LeBron anunciou sua decisão, a falta de coragem dele de ser como Jordan e não aceitar ficar como segunda arma em nenhum time, a celebração prematura do Heat como se fosse a comemoração do título antes mesmo da temporada começar.
Mas hoje quero falar especificamente sobre LeBron James. Antes de mais nada, comparar Kobe ou LeBron a Michael Jordan é coisa de quem não entende de basquete, algo como querer comparar Robinho ou Neymar a Pelé. Agora, comparar Kobe e James sim, pode ser interessante.
Antes de mais nada, são dois atletas completos, que conseguem fazer a diferença no ataque e na defesa. LeBron tem uma vantagem física por ser mais alto e mais forte, mas Kobe tem um instinto assassino e uma vontade de atacar a cesta que talvez faltem a James. E aí vem o meu ponto: talvez isso tenha a ver com a forma que eles começaram na NBA.
Os dois entraram na NBA ainda muito jovens, direto da high school e sem passar pela universidade. Os dois eram reconhecidos, já na época, como talentos especiais que certamente afetariam o jogo de uma maneira única. Kobe foi "draftado" pelo Charlotte Hornets e LeBron pelo Cleveland Cavaliers, dois times de mercados pequenos que precisavam de heróis.
A diferença? Kobe se recusou a jogar pelos Hornets e foi parar, aos 18 anos, nos Lakers com Shaquille O'Neal. LeBron ganhou a missão de ser, aos 18 anos, o salvador da pátria dos Cavaliers.
Nas três primeiras temporadas, Kobe jogou dois anos como reserva e depois um ano como titular na temporada reduzida pela greve de 99. Nas três primeiras temporadas, Le Bron James foi titular e jogador mais importante da equipe.
Nas três temporadas seguintes Phil Jackson chegou, os Lakers foram tricampeões com uma contribuição fundamental de Kobe para o MVP das três finais: Shaquille O'Neal. Nas três temporadas seguintes Cleveland perdeu uma final de NBA e duas finais do Leste para três times diferentes com LeBron James liderando um time sem outras estrelas.
Resumindo: Kobe teve tempo de amadurecer. Na verdade, Kobe só precisou carregar seu time nas costas quando já era um jogador maduro, formado e, ainda assim, só conseguiu seus outros dois títulos quando esteve ao lado de Pau Gasol.
LeBron James sempre foi cobrado, até pelo próprio talento, como se fosse capaz de levar qualquer time ao título desde que chegou à liga. Não foi. Não é.
Talvez tenha faltado a LeBron a sombra de um Shaquille O'Neal, algum tempo no banco aprendendo a ser grande. Tudo foi dado a ele como uma herança que ele não podia negar, os louros e as reponsabilidades.
Unir-se a Wade e Bosh talvez seja a maneira que James encontrou para se livrar do peso da gelialidade que lhe foi imposto e que não maltratou Kobe no início de carreira. O problema é que agora talvez seja tarde demais para tentar se esconder atrás de outros craques para amadurecer.
LeBron vendeu muitas camisas, ganhou e rendeu muito dinheiro, produziu belos espetáculos nas quadras, mas não se formou como o cara capaz de liderar e vencer em qualquer situação.
James irá conseguir seu título. Talvez não esse ano, talvez como o segundo ou terceiro melhor jogador de um time, mas vai conseguir. Kobe só conseguiu dois títulos como o fodaço do time com mais de 10 anos de carreira.
A verdade é que, em 2011, LeBron James e o Miami Heat ainda têm muita chance de levar a taça para casa. Têm talento de sobra para isso e, embora eu torça muito pro Dallas, ainda acho que a vantagem é do trio de South Beach.
Mesmo que ganhe e que dê um show nas duas últimas partidas, é absurdo comparar LeBron com Michael Jordan. E, para falar a verdade, até que ele desenvolva algum novo nível de intensidade, liderança e killer instinct, compará-lo com Kobe também me parece prematuro.
Direto na têmpora: Can I Please Crawl Out Your Window? - The Hold Steady
Já falei outro dia sobre o que considero um absurdo neste time de Miami. A forma como LeBron anunciou sua decisão, a falta de coragem dele de ser como Jordan e não aceitar ficar como segunda arma em nenhum time, a celebração prematura do Heat como se fosse a comemoração do título antes mesmo da temporada começar.
Mas hoje quero falar especificamente sobre LeBron James. Antes de mais nada, comparar Kobe ou LeBron a Michael Jordan é coisa de quem não entende de basquete, algo como querer comparar Robinho ou Neymar a Pelé. Agora, comparar Kobe e James sim, pode ser interessante.
Antes de mais nada, são dois atletas completos, que conseguem fazer a diferença no ataque e na defesa. LeBron tem uma vantagem física por ser mais alto e mais forte, mas Kobe tem um instinto assassino e uma vontade de atacar a cesta que talvez faltem a James. E aí vem o meu ponto: talvez isso tenha a ver com a forma que eles começaram na NBA.
Os dois entraram na NBA ainda muito jovens, direto da high school e sem passar pela universidade. Os dois eram reconhecidos, já na época, como talentos especiais que certamente afetariam o jogo de uma maneira única. Kobe foi "draftado" pelo Charlotte Hornets e LeBron pelo Cleveland Cavaliers, dois times de mercados pequenos que precisavam de heróis.
A diferença? Kobe se recusou a jogar pelos Hornets e foi parar, aos 18 anos, nos Lakers com Shaquille O'Neal. LeBron ganhou a missão de ser, aos 18 anos, o salvador da pátria dos Cavaliers.
Nas três primeiras temporadas, Kobe jogou dois anos como reserva e depois um ano como titular na temporada reduzida pela greve de 99. Nas três primeiras temporadas, Le Bron James foi titular e jogador mais importante da equipe.
Nas três temporadas seguintes Phil Jackson chegou, os Lakers foram tricampeões com uma contribuição fundamental de Kobe para o MVP das três finais: Shaquille O'Neal. Nas três temporadas seguintes Cleveland perdeu uma final de NBA e duas finais do Leste para três times diferentes com LeBron James liderando um time sem outras estrelas.
Resumindo: Kobe teve tempo de amadurecer. Na verdade, Kobe só precisou carregar seu time nas costas quando já era um jogador maduro, formado e, ainda assim, só conseguiu seus outros dois títulos quando esteve ao lado de Pau Gasol.
LeBron James sempre foi cobrado, até pelo próprio talento, como se fosse capaz de levar qualquer time ao título desde que chegou à liga. Não foi. Não é.
Talvez tenha faltado a LeBron a sombra de um Shaquille O'Neal, algum tempo no banco aprendendo a ser grande. Tudo foi dado a ele como uma herança que ele não podia negar, os louros e as reponsabilidades.
Unir-se a Wade e Bosh talvez seja a maneira que James encontrou para se livrar do peso da gelialidade que lhe foi imposto e que não maltratou Kobe no início de carreira. O problema é que agora talvez seja tarde demais para tentar se esconder atrás de outros craques para amadurecer.
LeBron vendeu muitas camisas, ganhou e rendeu muito dinheiro, produziu belos espetáculos nas quadras, mas não se formou como o cara capaz de liderar e vencer em qualquer situação.
James irá conseguir seu título. Talvez não esse ano, talvez como o segundo ou terceiro melhor jogador de um time, mas vai conseguir. Kobe só conseguiu dois títulos como o fodaço do time com mais de 10 anos de carreira.
A verdade é que, em 2011, LeBron James e o Miami Heat ainda têm muita chance de levar a taça para casa. Têm talento de sobra para isso e, embora eu torça muito pro Dallas, ainda acho que a vantagem é do trio de South Beach.
Mesmo que ganhe e que dê um show nas duas últimas partidas, é absurdo comparar LeBron com Michael Jordan. E, para falar a verdade, até que ele desenvolva algum novo nível de intensidade, liderança e killer instinct, compará-lo com Kobe também me parece prematuro.
Direto na têmpora: Can I Please Crawl Out Your Window? - The Hold Steady
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quinta-feira, junho 09, 2011
Um curta bacana
Um curta bacana porque tem Nova Iorque, porque tem Verdi, porque tem uma história legal, porque é bem produzido pra caramba.
Enjoy!
Direto na têmpora: Pretty in Pink - The Psychedelic Furs
Enjoy!
Pizza Verdi (short film) 2011 from gary nadeau on Vimeo.
Direto na têmpora: Pretty in Pink - The Psychedelic Furs
quarta-feira, junho 08, 2011
Trilha
Pisava a poeira do chão como quem pisa o medo de alguém. Um passo força cruel, outro arrependimento.
Secava na boca um pedido, deitava no olhar uma dúvida, pousava no ombro a vermelha serragem de alguma saudade árida.
Pisava a poeira do chão como quem cumpre um rito. Um rumo firme no prumo do queixo, o caminho correto como bússola no peito.
E ainda assim se perdia, o caminho largo e comprido, escapando de toda certeza com os velhos pés tortos que tinha.
Direto na têmpora: Head over heels - Tears For Fears
Secava na boca um pedido, deitava no olhar uma dúvida, pousava no ombro a vermelha serragem de alguma saudade árida.
Pisava a poeira do chão como quem cumpre um rito. Um rumo firme no prumo do queixo, o caminho correto como bússola no peito.
E ainda assim se perdia, o caminho largo e comprido, escapando de toda certeza com os velhos pés tortos que tinha.
Direto na têmpora: Head over heels - Tears For Fears
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terça-feira, junho 07, 2011
10 tipos de pessoa que eu gosto
1) Gente que abraça com vontade.
2) Gente que consegue reinventar a rotina.
3) Gente que não tem vergonha de dizer que gosta da gente.
4) Gente que não vive os sonhos dos outros.
5) Gente que carrega o passado como uma pluma e não como uma pedra.
6) Gente que sabe a hora de parar e respirar.
7) Gente que coloca pessoas na frente de negócios.
8) Gente que fala a verdade sem ser agressivo.
9) Gente que pede desculpas sem ser submisso.
10) Gente que discute sem perder a linha.
PS - É provável que eu não me enquadre em qualquer destes itens, mas quem disse que a gente admira no outro simplesmente o que já é nosso?
Direto na têmpora: I'll be there - The Jackson Five
2) Gente que consegue reinventar a rotina.
3) Gente que não tem vergonha de dizer que gosta da gente.
4) Gente que não vive os sonhos dos outros.
5) Gente que carrega o passado como uma pluma e não como uma pedra.
6) Gente que sabe a hora de parar e respirar.
7) Gente que coloca pessoas na frente de negócios.
8) Gente que fala a verdade sem ser agressivo.
9) Gente que pede desculpas sem ser submisso.
10) Gente que discute sem perder a linha.
PS - É provável que eu não me enquadre em qualquer destes itens, mas quem disse que a gente admira no outro simplesmente o que já é nosso?
Direto na têmpora: I'll be there - The Jackson Five
segunda-feira, junho 06, 2011
Acho que eu peguei algum tipo de Foundphotos na viagem.
O sapequíssimo tio Julio e a primeira de uma série fotos que tirou escondido com a máquina da dona Eneida.
O major Barry Schnalzen e seu fabuloso cão empalhado eram garantia de sucesso nas festinhas do quartel.
Acupunturistas amadores: devotados à saúde ou sacanas de marca maior?
Direto na têmpora: Same in the end - Pennywise
O major Barry Schnalzen e seu fabuloso cão empalhado eram garantia de sucesso nas festinhas do quartel.
Acupunturistas amadores: devotados à saúde ou sacanas de marca maior?
Direto na têmpora: Same in the end - Pennywise
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Followers and friends
O que faz você seguir alguém que não conhece no Twitter? O que leva alguém perfeitamente reservado e sensato escolher uma pessoa que nunca viu para iniciar uma amizade no Facebook? Que assuntos fidelizam você a um blog? Que afinidades aproximam você de uma página da web?
Agimos por impulso na internet. Mostramos ali as coisas que realmente nos iteressam, mesmo que elas não estejam presentes em nossos discursos ou na persona que construímos e ostentamos diariamente.
É muito esclarecedor conhecer alguém através das referências que ele nos passa quando está sendo realmente ele mesmo. Aliás, vale como reflexão sobre nós mesmos, como uma ferramentazinha de auto-conhecimento, se preferirem.
E ainda assim, muitas empresas (e agências) insistem em menosprezar todo o retorno que vem através de buzz e de tendências que surgem nestes ambientes. Definir uma estratégia para eles, então? Impensável.
Acho que falta pra esses caras a compreensão de que seguidores e amigos podem virar, quando tratados com respeito e criatividade, consumidores e embaixadores da marca.
Direto na têmpora: The holiday song - The Pixies
Agimos por impulso na internet. Mostramos ali as coisas que realmente nos iteressam, mesmo que elas não estejam presentes em nossos discursos ou na persona que construímos e ostentamos diariamente.
É muito esclarecedor conhecer alguém através das referências que ele nos passa quando está sendo realmente ele mesmo. Aliás, vale como reflexão sobre nós mesmos, como uma ferramentazinha de auto-conhecimento, se preferirem.
E ainda assim, muitas empresas (e agências) insistem em menosprezar todo o retorno que vem através de buzz e de tendências que surgem nestes ambientes. Definir uma estratégia para eles, então? Impensável.
Acho que falta pra esses caras a compreensão de que seguidores e amigos podem virar, quando tratados com respeito e criatividade, consumidores e embaixadores da marca.
Direto na têmpora: The holiday song - The Pixies
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sexta-feira, junho 03, 2011
Em dose dupla
Sophia teve ontem um dia de alegria em dobro. Logo pela manhã caiu mais um dentinho e, segundo ela própria, "a janelinha virou uma porta".
Às 20h, chegou Fluffy McCloud (nome que Sophia escolheu por causa desse desenho aqui) e Sophia virou alegria pura. A Fluffy é uma Dachshund (ou Teckel, como preferir) de pêlo duro que é uma verdadeira simpatia e que agora é também a amiguinha que a Sophia tanto queria. Definitivamente, um dia feliz.
Direto na têmpora: Souls at zero - Black Tie Dynasty
Às 20h, chegou Fluffy McCloud (nome que Sophia escolheu por causa desse desenho aqui) e Sophia virou alegria pura. A Fluffy é uma Dachshund (ou Teckel, como preferir) de pêlo duro que é uma verdadeira simpatia e que agora é também a amiguinha que a Sophia tanto queria. Definitivamente, um dia feliz.
Direto na têmpora: Souls at zero - Black Tie Dynasty
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quinta-feira, junho 02, 2011
Um pé apaixonado
Aquele pé era simplesmente apaixonado por uma menininha de cabelos cacheados e muito risonha.
Ele ficava olhando pra ela, queria conversar com ela, fazer carinho, mas a menina detestava.
- Sai daqui seu cascorento! Vai embora chulezento! Eca, eca, eca!
O pé então tomava um banho reforçado, cortava e limpava bem as unhas, passava cremes, jogava talco entre os dedos e ficava todo lindo e cheiroso só pra menina.
E você acha que adiantava? Que nada! Era só chegar perto que a meninca começava.
- Sai daqui seu cascorento! Vai embora chulezento! Eca, eca, eca!
O pé então ficava cada dia mais triste e mais choroso. E ele ficou tão desesperado de amor que resolveu procurar uma feiticeira que morava na floresta ali perto.
Bateu na porta da casinha, entrou e foi logo chorando:
- Buuuuuuááááá!!! Eu gosto dela e ela não gosta de miiiiiiiiiiimmmmm!!!
- Quem não gosta de você, pezinho?
- A menina sorridente dos cabelos cacheaaaaadooooooossss!!!
- Calma, calma, mas por que ela não gosta de você?
- Porque... porque... porque eu sou um... um... um péééééééé!!!
A feiticeira pensou, coçou a cabeça, procurou no seu livro de poções e feitiços e disse:
- Olha, pezinho, eu tenho aqui alguns feitiços de transformação, mas eu não sou muito boa nisso. Você quer que eu tente mesmo assim? Não dá pra ter certeza do resultado, hein?
- Eu quero, eu quero sim. Qualquer coisa é melhor do que ser um pé desamado.
A feiticeira então fez um pozinho na sua cozinha, jogou em cima do pé falou as palavras mágicas e bum... a transformação ficou completa.
Um tempinho depois, alguém bateu à porta da menininha. Ela abriu, mas não viu ninguém. Bateram de novo e ela sentiu um focinhozinho gelado cheirando seu pezinho.
Era um coelhinho bem branquinho e fofo que ela pegou e abraçou e amou e cuidou muito bem daquele dia em diante. E o coelhinho foi sempre feliz, feliz.
Mas o que a menina não sabia era que, depois que ela dormia, o coelhinho saía escondido, abria o armário e se deitava bem confortável dentro de algum sapato bem grande.
Ficava ali, aconchegado, sonhando bem descansado com o tempo em que ele ainda era pé.
PS - Essa historinha eu fiz pra Sophia, que simplesmente detesta quando meu pé diz que a ama e tenta dar uns beijninhos nela.
Direto na têmpora: Blue skinned beast - Madness
Ele ficava olhando pra ela, queria conversar com ela, fazer carinho, mas a menina detestava.
- Sai daqui seu cascorento! Vai embora chulezento! Eca, eca, eca!
O pé então tomava um banho reforçado, cortava e limpava bem as unhas, passava cremes, jogava talco entre os dedos e ficava todo lindo e cheiroso só pra menina.
E você acha que adiantava? Que nada! Era só chegar perto que a meninca começava.
- Sai daqui seu cascorento! Vai embora chulezento! Eca, eca, eca!
O pé então ficava cada dia mais triste e mais choroso. E ele ficou tão desesperado de amor que resolveu procurar uma feiticeira que morava na floresta ali perto.
Bateu na porta da casinha, entrou e foi logo chorando:
- Buuuuuuááááá!!! Eu gosto dela e ela não gosta de miiiiiiiiiiimmmmm!!!
- Quem não gosta de você, pezinho?
- A menina sorridente dos cabelos cacheaaaaadooooooossss!!!
- Calma, calma, mas por que ela não gosta de você?
- Porque... porque... porque eu sou um... um... um péééééééé!!!
A feiticeira pensou, coçou a cabeça, procurou no seu livro de poções e feitiços e disse:
- Olha, pezinho, eu tenho aqui alguns feitiços de transformação, mas eu não sou muito boa nisso. Você quer que eu tente mesmo assim? Não dá pra ter certeza do resultado, hein?
- Eu quero, eu quero sim. Qualquer coisa é melhor do que ser um pé desamado.
A feiticeira então fez um pozinho na sua cozinha, jogou em cima do pé falou as palavras mágicas e bum... a transformação ficou completa.
Um tempinho depois, alguém bateu à porta da menininha. Ela abriu, mas não viu ninguém. Bateram de novo e ela sentiu um focinhozinho gelado cheirando seu pezinho.
Era um coelhinho bem branquinho e fofo que ela pegou e abraçou e amou e cuidou muito bem daquele dia em diante. E o coelhinho foi sempre feliz, feliz.
Mas o que a menina não sabia era que, depois que ela dormia, o coelhinho saía escondido, abria o armário e se deitava bem confortável dentro de algum sapato bem grande.
Ficava ali, aconchegado, sonhando bem descansado com o tempo em que ele ainda era pé.
PS - Essa historinha eu fiz pra Sophia, que simplesmente detesta quando meu pé diz que a ama e tenta dar uns beijninhos nela.
Direto na têmpora: Blue skinned beast - Madness
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Internet
A gente tentando entender a internet hoje e os caras prevendo 2015.
Direto na têmpora: Your new boyfriend - Rocketship
Digital Life: Today & Tomorrow from Neo Labels on Vimeo.
Direto na têmpora: Your new boyfriend - Rocketship
quarta-feira, junho 01, 2011
Shaquille O'Neal e as finais da NBA
Eu detesto os Lakers. Muito. Mesmo assim, eu nunca consegui desgostar do Shaquille O'Neal.
Há cerca de 10 minutos Shaquille O'Neal anunciou sua aposentadoria após 19 anos, 4 títulos e muitas histórias marcantes na NBA.
Shaquille é daqueles caras que coloca o espetáculo em primeiro lugar e que, no auge da forma, era simplesmente impossível de ser detido. Explorar sua única falha clara, os lances livres, era a última esperança ao final de uma partida, uma tática chamanda Hack-a-Shaq que polarizou opiniões e não impediu Shaq de pulverizar muitos adversários.
O'Neal se aposentou com uma mensagem gravada em sua casa e enviada via twitter, falando com os fãs em primeiro lugar. Ele não criou um show de televisão, não vendeu espaço de mídia, não encheu os bolsos e não bancou o babaca diante de milhões.
E é exatamente o parágrafo acima que me leva às finais da NBA. O Miami Heat é favorito e deve ganhar. Quaqluer time com Dwayne Wade, LeBron James e Chris Bosh tem 80% de chances de ganhar qualquer coisa que disputar. É um basquete bonito, com talento e aplicação tática, mas eu simplesmente não consigo torcer pra eles.
Acho que o Heat vence a série em 6 jogos (talvez 5), mas LeBron James estragou isso tudo pra mim.
Um cara que faz um show de 60 minutos para anunciar sua decisão de deixar Cleveland e vende espaços publicitários caríssimos não se importa com seus fãs. Nada contra um jogador mudar de equipe. Acontece, faz parte do negócio, mas a forma com que James lidou com isso foi uma promoção vergonhosa de si próprio.
Ele não precisava, Cleveland não merecia. Foi uma pena que ele tivesse que agir assim para conseguir seu primeiro título.
Voltando a Shaquille O'Neal, ele infelizmente não conseguiu ajudar os meus Celtics a serem campeões. Ele infelizmente ajudou os Lakers a ganharem três títulos. Ele infelizmente não ganhou um título com os Suns e nem com o Magic, dois times que jogavam lindamente. Ainda assim, eu nunca consegui deixar de gostar e de me divertir com ele.
Shaquille O'Neal vai embora como um jogador único, humano, inesquecível, amado até por eles que deveriam odiá-lo. Já LeBron James, que provavelmente é um dos 5 jogadores mais talentosos que já vi jogar, dificilmente conseguirá o mesmo, ainda que tenha muitos títulos pela frente.
Boa sorte, Shaq. Obrigado por tudo, apesar de tudo.
Direto na têmpora: Impatience is a virtue - Two Door Cinema Club
Há cerca de 10 minutos Shaquille O'Neal anunciou sua aposentadoria após 19 anos, 4 títulos e muitas histórias marcantes na NBA.
Shaquille é daqueles caras que coloca o espetáculo em primeiro lugar e que, no auge da forma, era simplesmente impossível de ser detido. Explorar sua única falha clara, os lances livres, era a última esperança ao final de uma partida, uma tática chamanda Hack-a-Shaq que polarizou opiniões e não impediu Shaq de pulverizar muitos adversários.
O'Neal se aposentou com uma mensagem gravada em sua casa e enviada via twitter, falando com os fãs em primeiro lugar. Ele não criou um show de televisão, não vendeu espaço de mídia, não encheu os bolsos e não bancou o babaca diante de milhões.
E é exatamente o parágrafo acima que me leva às finais da NBA. O Miami Heat é favorito e deve ganhar. Quaqluer time com Dwayne Wade, LeBron James e Chris Bosh tem 80% de chances de ganhar qualquer coisa que disputar. É um basquete bonito, com talento e aplicação tática, mas eu simplesmente não consigo torcer pra eles.
Acho que o Heat vence a série em 6 jogos (talvez 5), mas LeBron James estragou isso tudo pra mim.
Um cara que faz um show de 60 minutos para anunciar sua decisão de deixar Cleveland e vende espaços publicitários caríssimos não se importa com seus fãs. Nada contra um jogador mudar de equipe. Acontece, faz parte do negócio, mas a forma com que James lidou com isso foi uma promoção vergonhosa de si próprio.
Ele não precisava, Cleveland não merecia. Foi uma pena que ele tivesse que agir assim para conseguir seu primeiro título.
Voltando a Shaquille O'Neal, ele infelizmente não conseguiu ajudar os meus Celtics a serem campeões. Ele infelizmente ajudou os Lakers a ganharem três títulos. Ele infelizmente não ganhou um título com os Suns e nem com o Magic, dois times que jogavam lindamente. Ainda assim, eu nunca consegui deixar de gostar e de me divertir com ele.
Shaquille O'Neal vai embora como um jogador único, humano, inesquecível, amado até por eles que deveriam odiá-lo. Já LeBron James, que provavelmente é um dos 5 jogadores mais talentosos que já vi jogar, dificilmente conseguirá o mesmo, ainda que tenha muitos títulos pela frente.
Boa sorte, Shaq. Obrigado por tudo, apesar de tudo.
Direto na têmpora: Impatience is a virtue - Two Door Cinema Club
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O blog e seus presentes
Ter um blog é uma delícia de emprego. Emprego porque, no meu caso, assumi o compromisso de escrever alguma coisa todos os dias úteis. E uma delícia por causa de presentes como este que a Sandra Sakamoto, também conhecida nos comments como Sakana-san, me deu.
Na verdade o presente é pra Sophia, mas a história é muito legal. A Sandra é apaixonada por insetos e tem um amigo entomologista no Rio de Janeiro especialista em lepidópteras.
Pois bem, outro dia este amigo “salvou” uma lagarta de ser morta e cuidou dela assumindo a responsabilidade pela vida do animalzinho junto com com a Sandra.
A lagartinha virou uma mariposa e ganhou o nome de Sufia em homenagem à minha Sophia e seus casos que, segundo a Sandra, a "fazem crer na pureza do ser humano".
Hoje mostrei as fotos da mariposinha pra minha Sophia e ela ficou simplesmente apaixonada. Expliquei que a cor era assim pra ela se camuflar e a pequena ficou toda preocupada e com medo de que algum pássaro pudesse comer sua amiguinha. Chegou ao ponto de pedir pra ir visitar Sufia.
Provavelmente não iremos visitar Sufia no Rio de Janeiro, mas esse post é pra agradecer muito à Sandra e seu enorme carinho. Uma pessoa que nunca vi de perto, mas que já faz parte das nossas vidas lá em casa.
E pra encerrar, as fotos de Sufia "vestida" de lagarta e de mariposa.
Direto na têmpora: Tangerine Speedo - Caviar
Na verdade o presente é pra Sophia, mas a história é muito legal. A Sandra é apaixonada por insetos e tem um amigo entomologista no Rio de Janeiro especialista em lepidópteras.
Pois bem, outro dia este amigo “salvou” uma lagarta de ser morta e cuidou dela assumindo a responsabilidade pela vida do animalzinho junto com com a Sandra.
A lagartinha virou uma mariposa e ganhou o nome de Sufia em homenagem à minha Sophia e seus casos que, segundo a Sandra, a "fazem crer na pureza do ser humano".
Hoje mostrei as fotos da mariposinha pra minha Sophia e ela ficou simplesmente apaixonada. Expliquei que a cor era assim pra ela se camuflar e a pequena ficou toda preocupada e com medo de que algum pássaro pudesse comer sua amiguinha. Chegou ao ponto de pedir pra ir visitar Sufia.
Provavelmente não iremos visitar Sufia no Rio de Janeiro, mas esse post é pra agradecer muito à Sandra e seu enorme carinho. Uma pessoa que nunca vi de perto, mas que já faz parte das nossas vidas lá em casa.
E pra encerrar, as fotos de Sufia "vestida" de lagarta e de mariposa.
Direto na têmpora: Tangerine Speedo - Caviar
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