Da macieira nascem maçãs.
Da bananeira nascem bananas às pencas.
Da canguru nascem (adivinha?) canguruzinhos.
De cada semente uma planta, de cada receita uma janta.
Antes de nascer já se sabe o que vem, antes de brotar já se adivinha no que vai dar.
Não tem surpresa, não tem mistério, não tem desculpa.
A cadelinha não pare porco, nem a vaca vai parir galinha.
Mas com gente é complicado, com gente não é bem assim.
Por isso eu te olho tonto e te entendo pouco quando você pergunta o que eu vou ser quando crescer.
E eu vou saber? Ninguém veio me dizer o que eu vou ser quando crescer. Não sei se vou ser o cozinheiro ou o prato, a face ou o tapa, o que afasta ou o que abraça.
Não sei se já tive minha quota, não sei se o melhor está por vir, se é só o começo ou se é quase o fim.
Não sei dizer o que você quer saber, o que vou fazer, que bicho vai dar. Hoje mesmo, nessa exata hora, não faço idéia do que vou ser quando crescer. Não tenho a menor pista de como isso tudo vai acabar.
Direto na têmpora: Message In a Bottle - Gavin Jones & John King
19 comentários:
Toda vez que paro pra pensar o que vou ser quando crescer dá um desespero, uma vontade de mandar parar o mundo pra eu descer. Aí, quando essa confusão mental passa, sempre chego à mesma conclusão: vivemos em constante mutação e são esses questionamentos que trazer beleza (e coragem) à vida, não é?
Bjos!
É um jeito de enxergar sim, Sabrina, aliás, um jeito de enxergar muito melhor do que o meu rs
Gostei muito!
Valeu, ndms.
Relaxa Cotão. E eu espero que vc não comece a questionar se vc quer ser homem ou mulher... Isso costuma acontecer com cruzeirense, mas sabe-se lá... Vc é casado e pai de família. Pense nisso! ;-)
Num tom mais sério: o que vc prefere? Ser vermelho um dia, ou amarelo pra sempre?
Ou, numa embalagem shaolin, vc prefere ser uma borboleta que voa por aí, livre, leve e solta, curtindo o sol, o vento, as flores, e de repente cai na teia de uma aranha? Ou uma aranha que faz a sua teia, e ali fica, sem jamais experimentar o prazer ou o horror de ser a borboleta?
Eu tenho andado com dúvidas existenciais profissionais também...
Ou quem sabe ser a teia, presunto, que não tem crise de identidade e nem sabe o que está fazendo no meio dessa história da borboleta e da aranha.
Sei lá, mas é mesmo difícil essa questão.
perfeito! Nenhum de nós temos pista de como tudo vai acabar...e isso é muito bacana...(ou não) hehehehe
é bacana demais, danny, e a gente tem mais é que lidar bem com isso.
Lidar com isso sem ansiedade... como faz?
Assustei encontrar aqui a pergunta que eu me faço tão repetidas vezes..
Tive que assinar em baixo lá no blog...
Bjos
Acho que todo mundo passa por esse devaneio em alguma hora, Flor que Fala. Coincidimos aqui rs
Saber nós sabemos.Só não tomamos consciência no corpo físico,mas tá tudo lá no mental.Fizemos parte do que planejaram pra nós.
Não sei se concordo, Anônimo, não sei mesmo. Ainda coloco muita fé no livre arbítrio.
adorei! e nao acredito nem um pouco no "está escrito". cada dia pode ser um novo fim e um novo começo.
concordo, fubá
Redatozim, também acredito no livre arbítrio,que inclusive é respeitado mesmo depois de um ¨plano de vôo¨já traçado.O problema é que nem sempre o nosso livre arbítrio nos garante sucesso nas nossas decisões...
Ah, isso não quer dizer que não gostei do post.Valeu!
Na verdade, Anônimo, esse sucesso nas decisões nada garante. O livre arbítrio serve mesmo é pra quebrar a cara e ir descobrindo o caminho até chegar em algum lugar que a gente não sabe qual é. Quer dizer, essa é minha opinião, mas o que sei eu dessas coisas do espírito...
Pra comentar isso... quem eu? me falta palavra...verbo substantivo, abstrato...chamo o Moska,inseto, voa...no ar...
diz ai para o moço do pastel Paulinho:
-Então me diz qual é a graça
De já saber o fim da estrada,
Quando se parte rumo ao nada?-
Boas coisas aqui...gostei do recheio
Claudia, o recheiozinho é simples, mas é feito com carinho. Bom apetite.
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