Estou lendo o livro Diário Reinventado, de Eduardo Osório Cisalpino, pai do meu ex-professor de História Murilo Cisalpino e avô do meu querido amigo Gabriel Cisalpino (a.k.a. João Pegão).
Depois de uma sequência que incluiu O Estrangeiro, de Camus; O Veredito e Na Colônia Penal, os dois de Kafka, caí nesse texto amador (no melhor sentido) que fala da vida no interior de Minas há meio século.
Uma historinha que adorei, conta que o autor em sua primeira comunhão confessou como único pecado o roubo de algumas goiabadas. O padre, inflexível, recomendou-lhe a punição com várias orações.
Humilhado, nunca mais confessou-se, mas continua "roubando" açúcar. E nem se importa se Deus ficar sabendo, afinal, Deus não é padre.
Gostei do caso, de sua pureza, de sua inocência e da beleza que é pra mim a representação da fé que está além dos dogmas ou ritos. Como disse Otto Lara Resende (acho que foi ele): "Não acredito em Deus, mas tenho muita fé em Nossa Senhora."
Direto na têmpora: Theme For A Pretty Girl That Makes You Believe God Exists - Eels
6 comentários:
minino bão, esse redatozim.
quando eu crescer quero também saber ler livros sem figurinhas.
quero dizer, um que a mônica e sua turma não participem.
Murilaço,
Que bom que vc está gostando! Eu particularmente adoro essa crônica.
Vou transmitir o post pro meu vô, que fica muito contente com os elogios que recebe.
Grande Abraço
Alexandre, você pode começar lendo Kafka nos quadrinhos do Crumb ou Maus. Tem figurinhas, mas pé quase um livro normal. Força na orelha, Mickey!
Pode elogiar, pegas, tô gostando pra caramba.
sobre a vida no interior há tempos atrás também tem o novo do Rubem Alves, "o sapo que queria ser príncipe". sabe q ele é de boa esperança, né? em tempo: o estrangeiro é ótimo!
O Estrangeiro é muito bom mesmo, Camila, agora vou correr atrás desse novo do Rubem Alves. Valeu!
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