Ernesto começou a perder os cabelos. Solteiro, menos de 30 anos ainda e o rapaz já ostentava uma promissora calva.
Procurou médicos, buscou os medicamentos mais avançados, enveredou-se em receitas caseiras, crendices e simpatias. Nada adiantou, Ernesto era um careca em franco desenvolvimento.
Pensou que não era tão mal assim. A calvície poderia dar a ele um ar mais distinto, responsável, até mesmo sofisticado. Mudou seu guarda-roupas e começou mesmo a suprimir alguams gírias do seu cotidiano.
Em poucos meses ninguém lhe dava menos que 45, 47 anos. Casou-se com uma amiga de sua mãe e herdou dela os filhos (o primogênito era apenas 6 anos mais novo que ele).
Quando morreu, aos 60 anos, o mundo à sua volta imaginava que ele beirava os 80. Deixou viúva a mulher, os enteados e a frase na boca dos conhecidos "viveu bastante, coitado, já estava mesmo na hora."
Direto na têmpora: God Only Knows - The Beach Boys
8 comentários:
já saiu correndo peladão pelo escritório?
que nada, tomei umas na hora do almoço e ficou por isso mesmo, alexandre.
É bom não esquecer uma verdade popular ( o vejo como um consolo )" É DOS CARECAS QUE ELAS GOSTAM MAIS "
No caso do Ernesto foi assim, ndms. Era mais velha, mas gostou, uai.
eu gosto bem de um carequinha hehe fui casada (sim, to me separando mas ta na boa...) com um que nunca teve vergonha de assumir. O uó é quando eles tentam desfarçar das piores maneiras possiveis..aí é osso.
Uai, danny, não sabia q vc tava separando. Triste pela notícia e feliz por estar sendo numa boa. Ah, só pra constar, minha calvície vem sendo aos poucos e tristemente assumida.
A Danny tem toda razão, Pior é o careca que tenta disfarçar. Conheci alguns (quem não conheceu?) que eram simplesmente chocantes!
Don Oliva
Que nos valha a velha campanha do Capiloton, don Oliva.
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