Tenha certeza: menos de 24 horas depois da instalação do primeiro fio entre dois postes, alguém amarrou o cadarço de dois tênis velhos e jogou lá em cima.
Não tem jeito, certas coisas atraem um mal-feito. Fio atrai tênis velho, careca atrai tapa, gente passando embaixo da janela atrai cuspe e por aí vai.
É da natureza humana, não dá pra evitar. Minha avó Geralda, por exemplo, é uma pessoa boníssima, mas adora uma desgraça alheia. Tombo, então, não tem dúvida, é ver e rachar de rir. Só depois vem a preocupação de saber se a pessoa machucou ou não.
Não é à toa que torta na cara era sucesso e que 99% da audiência só assiste o Faustão por causa das videocassetadas.
O ser humano adora ver e fazer uma maldade. Pode confessar, você também. Vai, diz, eu sei que você não é santinho.
Painel de elevador, por exemplo, quem aí nunca apertou todos os botões e saiu correndo? Quem nunca tocou campainha e fugiu? E trote, vai dizer que nunca passou?
Eu fiz muita coisa errada, umas inofensivas e outras nem tanto. Cada uma foi mais divertida que a outra e confesso que só me arrependo de duas ou três.
Uma delas foi quando apaguei o padrão da casa de um desconhecido em Ipatinga e passei cocô de cachorro. O cara foi ligar e breou a mão inteirinha. O que me fez arrepender foi que, ao invés de ficar puto e sair gritando como seria normal, o cara simplesmente sacudiu a cabeça tristemente e resmungou "puxa, o menino tava quase dormindo".
Direto na têmpora: Modern Love - John Frusciante
18 comentários:
O que é um padrão de uma casa?
Cara, eu fazia bagunça demais na rua quando era criança...
Morava na minha queridíssima Barroca, que ainda era um local que nos permitia ficar na rua o dia inteiro.
Era craque na zarabatana, soltava bombinhas, desligava padrão de luz (mas nunca passei cocô, boa idéia, hein?), fazia "latinha" e outras coisas menos confessáveis.
Mas uma bagunça memorável na verdade foi sem querer... Estouramos um transformador elétrico que deixou o quarteirão sem energia por umas horas... bem na hora da novela... e era Roque Santeiro. Nunca se viu tamanha concentração de pessoas na Rua Japão. E eu nunca vi tanta gente olhando com raiva para mim.
Glaucio, padrão de luz, que fica na porta da casa pra Eletropaulo fazer a leitura, saca? Não sei como chama aí.
Gasta, a do cocô era ótima, assim como era boa a bomba relógio, que consistia em uma cabeça-de-nêgo com um cigarro na ponta. OU seja, dava tempo de chegar na esquina e ver a explosão com uma boa margem de fuga.
Agora, estragar Roque Santeiro é realmente um ato criminoso.
Velho, bombinha com cigarro na ponta eu soltei foi no Loyola... E bolei um mecanismo engenhoso para trancar a porta do banheiro por fora, para que ninguém se machucasse, ou pior ainda, apagasse a bombinha.
Ah, Gasta, se usássemos esses poderes para o bem o mundo seria um lugar melhor (mas bem menos divertido).
Haa num fica arrependido não porque esse negócio de colocar a culpa no sono do filinho não cola! Eu mesmo, de vez em quando, quando tá aquela gritaria no prédio, vou lá em baixo e falo: Pô galera, respeita ae! Minha filha tá dormindo! Nisso a Júlia nem em casa está. Vacilão tem que tomar mesmo...Afinal, como você disse, um dia você faz a maldade, no outro ela volta pra você.
Mas o triste foi exatamente isso, Cabido, ele não falou com a gente. Ele nem viu a gente. Só sofreu em voz alta (digitando com os olhos marejados).
Eu sinceramente naum me enquadro nesse perfil de gente q adora aprontar por ai. Alias sao as pessoas q fazem isso cmg. Quando crianca sofri muito por causa da minha irma e da minha vizinha, que se chamam Pricila. E o pior de tdo e que sou mais velhas que elas.Tem gente q nasce pra ser pertubador mesmo. Adorei o blog.Abraco!
certa feita, na praia de alcobaça, um pessoal foi passear de barco e trouxe aquelas conchas nojentas com molusco dentro.
deixaram a concha com a abertura pra baixo pro molusco (já morto por estar fora d'água) escapulir pra fora da concha.
claro que o cadáver animal já tava fedendo desde o primeiro dia. no terceiro dia, eu e um amigo não titubeamos, pegamos a concha com o "de cujus" e escondemos num dos quartos da casa alugada na praia.
ninguém entrou na casa por algumas boas horas, e ninguém sabia de onde vinha o mau-cheiro.
Poxa, anonimo, mas vc nunca passou um trote? Nunca riu de uma video-cassetada? Nunca tocou campainha no vizinho e correu?
Nossa, fiquei até com dó, mas um dia você ainda descobre um lado negro por aí rs
Valeu a visita.
Boa, alexandre, muito boa. Eu já passei um dia inteiro pegando guruçá na praia e depois soltamos nos quarto das meninas durante a excursão. Seres marinhos são sempre divertidos.
Só faço uma objeção ao tapa na careca, pois isso é muita intimidade, em um local tão desprotegido... Tirando isso, meus pais poderiam falar por mim, quando fui obrigado a pedir desculpas ao vizinho, por jogar ovos em sua janela.... Mas que culpa se era tentador.... hehehe... abraço Lilo....
Pois é, Fafá, você é careca e eu tô quase, mas a atração é inevitável. Sei que ainda vou levar os meus tapas na calva um dia.
Nossa, essa foi a maldade das maldades....
Tadinho....
ainda bem q tu se arrependeu...eu teria até chorado na hora. Rs...
Mas eu não sabia, Tita, por Deus, eu não sabia! (choro convulsivo)
Chama relógia da luz.
Aqui o relogio fica dentro do padrao, grarco, mas, enfim.
Postar um comentário