Ela ganhou uma pedra da lua.
Esperava planetas, poeira cósmica, brilho de estrelas e um vazio infinito. Esperava, esperava, queria, sonhava.
Ela sonhou uma pedra da lua, mas ganhou um mineral opaco.
O jade poderia ser uma pedra da lua, mas a pedra da lua não. Era brita, pedaço inútil, não era a pedra da lua que deveria. E nem era jade.
Desiludiu-se com o nome de tudo. Inventou ela própria significados que dissessem mais, que fossem a verdade sobre as coisas.
Enfureceu-se com o "azul-marinho" que não sabia a sal e recusou-o cor.
Desistiu de nomear "alvo" o ponto negro, destino da flecha.
Renomeou-se, desconheceu-se, não mais atendeu.
Não era pedra da lua ou jade. Era outra hoje e nenhum nome lhe cabia.
Direto na têmpora: Jeannie's Diary - Eels
2 comentários:
Belo texto. Parabéns.
Valeu, Rita.
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