sexta-feira, fevereiro 01, 2008

Sei lá, mil fantasias

Os sete jardins de Assurbanipau, imperador da Ciméria.

Nabucodonosor, o sábio dos treze mil leques.

A dança sagrada das virgens introspectivas de Guarapari.

Nenhum destes nomes é verdadeiro (eu acho), mas bem que poderiam ser o título da fantasia abaixo ou de alguma outra dos antigos bailes transmitidos pela TV Manchete.

Aliás, assim como todo paisagista é o Burle Marx, todo "desafilador de fantasias de luxo" é o Clovis Bornay. Ou era, acho que ele morreu. Na verdade, não importa, esta é uma das outras coisas de que não sinto a mínima falta no carnaval. E quem tem uma história boa sobre o Clovis Bornay é o Oliva do Casos da Propaganda. Pergunta pra ele procê ver.




Apesar do cavanhaque, juro que este não sou eu.




Direto na têmpora: I got it goin' on - Us3

5 comentários:

Anônimo disse...

Bem, como é época de carnaval aí vai um pouco de Clovis Bornay. Agradeço a Oliva ( Casos da Propaganda )que conte para nos a historia que ele tem sobre o dito cujo.


Clóvis Bornay (Nova Friburgo, 10 de janeiro de 1916 — Rio de Janeiro, 9 de outubro de 2005) foi um museólogo e carnavalesco brasileiro. Sua presença nesta festividade sempre foi marcada pela criatividade, luxo, ousadia e extravagância.




Índice [esconder]
1 O inventor dos concursos de fantasia
2 Futebol e Curiosidades
3 Museologia
4 À frente do Carnaval de escolas de Samba
5 Atuação no cinema
6 Falecimento
7 Curiosidades



[editar] O inventor dos concursos de fantasia
Era o mais novo dos doze filhos de mãe espanhola e pai suíço, um dono de uma loja de jóias em Nova Friburgo. Na sua juventude, durante a década de 1920, descobre no carnaval sua grande paixão. E daí não o abandonaria jamais. Começou sua carreira em 1937, quando conseguiu convencer o diretor do Teatro Municipal do Rio de Janeiro a instituir bailes de carnaval de gala com concurso de fantasias, inspirado no modelo dos bailes de Veneza. Estreou neste ano com sua fantasia intitulada "Príncipe Hindu" e obteve o primeiro lugar. Tornou-se um dos mestres em fantasias de Carnaval - a todo ano trazia novos elementos em suas fantasias, e acabava ganhando quase todos os concursos que disputava. Evandro de Castro Lima e Mauro Rosas eram seus mais combativos rivais de salão. De tanto ganhar, acabou sendo declarado hors concours (concorrente de honra, não sujeito à premiação).


[editar] Futebol e Curiosidades
Apesar de ter sido o criador da primeira torcida organizada "gay" de que se tem noticia e dedicado ao Clube de Regatas do Flamengo (Flagay), Clóvis Bornay era torcedor apaixonado do Fluminense sendo inclusive integrante do Conselho Deliberativo do Clube e criador do "layout" das camisas ao inovar incluindo a cor grená como uma das cores do pavilhão de seu time de coração.


[editar] Museologia
Trabalhou como museólogo no Museu Histórico Nacional, cuja iniciativa que se tem nota foi a da cessão do refrigerador de seu gabinete de trabalho para a criação de uma sala de exposição-depósito de peças com estabilidade de temperatura. Atuou também em outras entidades culturais.


[editar] À frente do Carnaval de escolas de Samba
Foi carnavalesco das escolas de samba Salgueiro, em 1966, Portela em 1969 e 1970, e da Mocidade Independente de Padre Miguel em 1972 e 1973. Com a Portela ganhou o campeonato de 1970 com o enredo "Lendas e mistérios da Amazônia" (que foi reprisado no desfile de 2004). Introduz inovações como a figura do destaque, que é uma pessoa luxuosamente fantasiada sendo conduzida do alto de um carro alegórico. Após isso, todas as demais escolas de samba copiam e tornam o quesito obrigatório. E ao longo de seus 77 anos de carnaval (69 em desfiles), sempre ele mesmo participava dos desfiles carnavalescos como destaque. Embora sua carreira esteja justa e fortemente ligada ao carnaval do Rio de Janeiro, por diversas vezes desfilou no carnaval de São Paulo como destaque da Escola de Samba Nenê de Vila Matilde .

Algumas de suas fantasias são expostas no Brasil e são acervo de outros museus no exterior. Pela significação de seu trabalho, foi laureado com o título de cidadão honorário de Louisiana em 1964 e com a "Medalha Tiradentes" da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro em 1966 dada a personalidades que tenham relevância cultural para o estado.


[editar] Atuação no cinema
Por conta de seu estilo caricato, em 1967, foi chamado para atuar no filme Terra em Transe, de Glauber Rocha, contracenando com Paulo Autran. Especula-se que ele só aceitou quando soube que teria um cachê 10 vezes maior que os outros atores, mas diz-se não ter recebido dinheiro nenhum. Também participou do filme "Independência ou Morte", de 1972.





[editar] Falecimento
Às 15 horas do dia 9 de outubro de 2005, Clóvis deu entrada no Hospital Souza Aguiar desidratado e com infecção intestinal. Apesar de medicado, acabou falecendo de uma parada cárdio-respiratória.





[editar] Curiosidades
O vestido da estátua de Nossa Senhora da Glória do Outeiro era sempre, a todo dia 5 de agosto, trocada por outro feito por Bornay.

Era museólogo de profissão e também se notabilizou como jurado para os apresentadores de televisão Chacrinha e Sílvio Santos

redatozim disse...

Ainda bem que você procurou em algum lugar, pai, porque se você soubesse tudo isso de cor sobre o Bornay eu ficaria realmente preocupado.

Anônimo disse...

Hahahahahaha........

Anônimo disse...

“Cisne deslumbrado em noite de lua cheia Pequim” seria o típico nome de uma fantasia de carnaval naqueles bailes que marcavam pelo luxo e bichice de seus participantes.
Mas foi mesmo curiosa mesmo a historinha do Clovis Bornay. Minha mulher fazia história na faculdade, quando um grupo foi ao museu em que a “bichosa veia” era diretor. Ficou encarregada de entrar em contato com ele para continuar uma pesquisa. Ligou várias vezes e ele enrolou o quanto pode.
Até que um colega dela, preocupado com o tempo para executar o trabalho, tomou a frente do processo. Ele imediatamente agendou um encontro com o rapazinho. Hehehe!

redatozim disse...

Don Oliva, você é muito engGaçadinho.