quinta-feira, janeiro 24, 2008

The horror, the horror

LP era um bom amigo dos tempos de Loyola. Aliás, será chamado de LP porque andei tomando algumas aulas sobre a visibilidade dos blogs e como certas pessoas ficam mais melindrosas (e menos bem-humoradas) quando sobem na vida.

Pois bem, eu e LP tínhamos um ritual que fazia sucesso na hora do intervalo. Éramos jovens robustos (ele não é mais, emagreceu muito de lá pra cá, enquanto eu tripliquei de largura) e folgazões, que gostávamos de maltratar os petizes.

Sendo assim, eu me posicionava de um lado do corredor, em frente à cantina, e LP do outro. Assim que passava uma criaturinha sobrecarregada de lanches e sucos ouviam-se os gritos alegres e efusivos:

“Marley!”

“LP!”

“Que saudades, meu velho!”

“Há quanto tempo.”

E assim rumávamos em direção ao outro e nos abraçávamos justamente quando a criança estava entre nós. Obviamente era um abraço chacoalhado, cheio de trancos e safanões, o que levava quase toda a comida da vítima ao solo. Com o tempo fomos nos aperfeiçoando e passamos a posicionar chaves nos bolsos de forma a amplificar os danos, além de optar sempre pelos transeuntes de óculos.

Bons tempos aqueles em que semear o terror entre os indefesos era nossa principal ocupação.




Direto na têmpora: Maria Magdalena - Sandra

16 comentários:

Anônimo disse...

Coisas de criança !

redatozim disse...

Nem tão criança assim, ndms.

Anônimo disse...

Ai, caramba... coitadinhos!
Mas é assim mesmo.
Quanta sacanagem desse tipo a gente bolava na infância e adolescência.
E geralmente as vítimas eram os menores.
Coisas do "futebol". hehehe

Anônimo disse...

Nossa, esse seu post me relembrou um dos meus maiores pesadelos infantis, que eram os trotes do Loyola. Não me diga que vc tb contribuia para aquele terror, Maurilão!

redatozim disse...

sem dúvidas, Don Oliva, ainda bem que o gênio do mal que havia em mim se perdeu pelo caminho. Embora alguns discordem, claro.

redatozim disse...

Heleninha, se não me engano, o nosso trote causou a proibição de todos os outros que poderiam vir a seguir, inclusive com presença de força policial etc e tal, mas eu (juro) quase não fiz nada.

ars351 disse...

coisa de boy do loyola.
puá.

redatozim disse...

Ora, ora, que amargor é esse, toomuchcoffeeman? Enquanto isso rolava você ajudava velhinhas a atravessar a rua?

ars351 disse...

ora, redatozim, inimigos naturais que somos, não posso deixar de tripudiar a sua escolinha.

elementar, compadre uóshinton.

redatozim disse...

sim, é verdade, não precisamos nos gostar, basta coexistir.

Eduardo César e Melo disse...

Não sei porque, mas me lembrei de um dos filmes da campanha "caráter passe adiante". Ainda bem que o tempo passa e as pessoas... bem, elas podem não mudar tanto assim hehehe.

Anônimo disse...

Ah, redatozim, meu irmão... Quanta coisa... Eu também protagonizei alguns "Que saudade", mas sem dúvida você e o LP eram os craques nesse esporte. Isso dava a graça para as tardes em que a gente era obrigado a ir ao Loyola para assistir a aulas de laboratório e Educação Física. Sobre o TooMuchCoffeeMan, não ligue pra ele, é um ex-aluno do Santo Antônio, sabe? Aquele colégio que brigava com o Dom Silvério pela vice-liderança. É o SBT dos colégios de BH.

Anônimo disse...

Nosso trote foi realmente histórico, redatozim... Se você jura que não fez muita coisa, eu garanto que eu fiz... Dentro dos limites, claro...

redatozim disse...

Edu, qual o seu endereço mesmo? Preciso mandar alguém aí pra fazer um servicinho. Coisa rápida, nem vai doer.

redatozim disse...

Essas coisas, Gasta, a gente precisa é perdoar, porque se você pensar bem, não é culpa dele. Tadinho...

redatozim disse...

Quanto ao trote, não digo mais nada sem a presença de um advogado, Gasta.