O grande e verde repolho
Cuidava da disciplina na horta
Em qualquer movimento ficava de olho
E não aceitava conversa torta
Ao menor sinal de confusão
O repolho logo dava o grito
E chegava todo mandão
Para dar no culpado um pito
Acontece que esse jeito bruto
Incomodava legume e verdura
Por isso bolaram um plano astuto
Para acabar com essa ditadura
Distraído pela abobrinha
O repolho nem viu chegar o agrião
Que junto com sua turminha
Foi logo aprontando a maior confusão
Pularam todos sobre o rival
Que cobriu o rosto muito assustado
E cada um com um pedaço de pau
Deu uma surra no pobre coitado
Depois daquele dia tudo mudou
E o "ex-chefão" agora andava bem chocho
É que depois da coça que ele levou
O repolho verde virou repolho roxo
Direto na têmpora: Certain songs - The Hold Steady
quarta-feira, junho 30, 2010
Essa menina
Você, minha Sophia, é feita de mimos que vou te contar.
Esse narizinho, menina, quem foi que te deu? Arrebitado sem ser arrogante, é coisinha de uma delicadeza que faz a gente querer arranjar outro nome mais bonito pra ele (porque "nariz", convenhamos, não é uma palavra que encante).
Esse sorriso também, que tanto lembra o da mãe, ainda assim é só seu. E tem nele algo de antigo, de anterior, de primal. Quem sabe foi o sorriso que Deus ensinou e que quase ninguém mais sabe aprender?
Essas mãozinhas, Sophia, que gostam tanto de outras mãos geladinhas, que apertam e constroem e colam e quebram e escrevem e desenham e fazem carinhos e tocam o mundo, são feitas de algo que não carne. É de alguma substância que não é humana, que só existe em contos de fadas e que você roubou quando ainda era fantasia.
E esses cachinhos, filha, ah, esses cachinhos onde eu gosto de me perder em carinhos e que tem um cheiro tão bom que me fazem ter outra vez quatro anos, para ser assim como você.
Que sonho é esse, Sophia, qual é essa história tão linda que ganhei e agora faz parte da minha?
E aí em uma música que eu gosto, concordo com o que a moça diz e torço pra que tudo de ruim que eu mereço aconteça agora e de uma vez para que eu possa viver o resto dos meus dias preocupado com mais nada que não seja cuidar de você.
Direto na têmpora: Between Planets - The Jesus & Mary Chain
Esse narizinho, menina, quem foi que te deu? Arrebitado sem ser arrogante, é coisinha de uma delicadeza que faz a gente querer arranjar outro nome mais bonito pra ele (porque "nariz", convenhamos, não é uma palavra que encante).
Esse sorriso também, que tanto lembra o da mãe, ainda assim é só seu. E tem nele algo de antigo, de anterior, de primal. Quem sabe foi o sorriso que Deus ensinou e que quase ninguém mais sabe aprender?
Essas mãozinhas, Sophia, que gostam tanto de outras mãos geladinhas, que apertam e constroem e colam e quebram e escrevem e desenham e fazem carinhos e tocam o mundo, são feitas de algo que não carne. É de alguma substância que não é humana, que só existe em contos de fadas e que você roubou quando ainda era fantasia.
E esses cachinhos, filha, ah, esses cachinhos onde eu gosto de me perder em carinhos e que tem um cheiro tão bom que me fazem ter outra vez quatro anos, para ser assim como você.
Que sonho é esse, Sophia, qual é essa história tão linda que ganhei e agora faz parte da minha?
E aí em uma música que eu gosto, concordo com o que a moça diz e torço pra que tudo de ruim que eu mereço aconteça agora e de uma vez para que eu possa viver o resto dos meus dias preocupado com mais nada que não seja cuidar de você.
Direto na têmpora: Between Planets - The Jesus & Mary Chain
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terça-feira, junho 29, 2010
Deu vontade de escrever
Deu vontade de escrever que a esperanca eh a maior das certezas justamente por nao depender do "possivel", mas somente e tanto do desejado.
Direto na tempora: Olhar 43 - RPM
Direto na tempora: Olhar 43 - RPM
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segunda-feira, junho 28, 2010
Copai
Sabe aquelas brincadeiras em que duas crianças batem palmas uma com a outra e cantam musiquinhas tipo "Adoleta"? Pois minha Sophia entrou nessa fase e tem uma musiquinha do "Copai" que ela adora.
Até ontem eu não entendia o que "Copai" significava, mas como eu também nunca soube o que "Adoleta" quer dizer, não dei muita atenção a fato.
Só que pelas tantas na música o tal "Copai" compra uma cadeirinha pra Olivia e foi aí que eu me toquei sobre quem estávamos falando.
Senhoras e senhores, lhes apresento "Copai"!
Direto na têmpora: The Sweets - Yeah Yeah Yeahs
Até ontem eu não entendia o que "Copai" significava, mas como eu também nunca soube o que "Adoleta" quer dizer, não dei muita atenção a fato.
Só que pelas tantas na música o tal "Copai" compra uma cadeirinha pra Olivia e foi aí que eu me toquei sobre quem estávamos falando.
Senhoras e senhores, lhes apresento "Copai"!
Direto na têmpora: The Sweets - Yeah Yeah Yeahs
sexta-feira, junho 25, 2010
Moço, troca esse foundphotos pra mim? Ele tá vencido.
Celebração de Gilbert "The Virgin" Adams e Carl "Loserboy" McClusky quando foram escolhidos por unanimidade para ilustrar o verbete "Nerd" em sua primeira aparição em uma enciclopédia.
William e Betty Solomski são casados há 54 anos. Antes de morrer, o pai dela ainda disse: "mas Betty, minha filha, o cara é um babaca."
O Joey é meu melhor amigo. Eu gosto muito do Joey. Onde ele vai, eu vou. Sempre que ele está no bar eu apareço pra dar um abraço. Eu gosto muito de você, viu, Joey? Agora dá um sorriso pra foto, vai, só um sorriso Jooooeeeeyyyy...
Direto na têmpora: Sunday Girl - Blondie
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quinta-feira, junho 24, 2010
Estranhas Histórias na N Magazine
A N Magazine é das revistas mais legais do mercado nacional. Ela está na segunda edição, fala de artes, cultura e tem uma qualidade gráfica altíssima.
Pois a primeira edição, que você ainda encontra para comprar, traz "O Menino que Tirava Gatos do Nariz" e um texto bem bacana sobre o Estranhas Histórias.
Se eu fosse vocês eu comprava, primeiro porque a revista é duca, e segundo porque eu e o Rogério Fernandes estamos lá.
A capa.
O conteúdo.
Direto na têmpora: Fables - The Dodos
Pois a primeira edição, que você ainda encontra para comprar, traz "O Menino que Tirava Gatos do Nariz" e um texto bem bacana sobre o Estranhas Histórias.
Se eu fosse vocês eu comprava, primeiro porque a revista é duca, e segundo porque eu e o Rogério Fernandes estamos lá.
A capa.
O conteúdo.
Direto na têmpora: Fables - The Dodos
Outra sala, quatro cantos
Uma sala, quatro cantos e quatro paredes vermelhas.
Em cada parede, uma janela.
E quando você não olha, tem sempre alguém espiando por ela.
E a Grazi de Paula ilustrou bem lindinho.
Direto na têmpora: Go - Blink 182
Em cada parede, uma janela.
E quando você não olha, tem sempre alguém espiando por ela.
E a Grazi de Paula ilustrou bem lindinho.
Direto na têmpora: Go - Blink 182
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Portraits Guerra nas Estrelas
Para quem gosta de Star Wars, o BuzzFeed trouxe um lance simplesmente sensacional.
Saca só o ilustrador Greg Peltz transformando os personagens da saga em portraits da época vitoriana e da Guerra Civil. Duca!
Sir 3PO
Lord Fett of Tatooine
The Baron of Cheweyshire
Direto na têmpora: Anna - Trio
Saca só o ilustrador Greg Peltz transformando os personagens da saga em portraits da época vitoriana e da Guerra Civil. Duca!
Sir 3PO
Lord Fett of Tatooine
The Baron of Cheweyshire
Direto na têmpora: Anna - Trio
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quarta-feira, junho 23, 2010
Uma sala, quatro cantos
Uma sala, quatro cantos e em cada canto um bicho: um gato de olhos vermelhos, um rato de rabo cortado, um cão de orelhas bem finas e um animal grande e gordo, roxo e azul, com uma boca enorme como você nunca viu.
O gato pintava um quadro, o rato cantava baixinho, o cão escrevia um livro e o bicho ali, só olhando.
O gato deu um pulinho, o rato tomou um susto, o cão rosnou irritado e o bicho ali, só olhando.
O gato saiu do seu canto, o rato ficou quietinho, o cão nem se mexeu e o bicho ali, só olhando.
De repente, a luz se apagou.
Uma sala, quatro cantos e em três dos cantos um bicho: um rato todo assustado, um cão inteiro tremendo e um animal grande e gordo, roxo e azul, bem feliz e com a boca enorme bem cheia.
Direto na têmpora: Absinthe Party At The Fly Honey Warehouse - Minus The Bear
O gato pintava um quadro, o rato cantava baixinho, o cão escrevia um livro e o bicho ali, só olhando.
O gato deu um pulinho, o rato tomou um susto, o cão rosnou irritado e o bicho ali, só olhando.
O gato saiu do seu canto, o rato ficou quietinho, o cão nem se mexeu e o bicho ali, só olhando.
De repente, a luz se apagou.
Uma sala, quatro cantos e em três dos cantos um bicho: um rato todo assustado, um cão inteiro tremendo e um animal grande e gordo, roxo e azul, bem feliz e com a boca enorme bem cheia.
Direto na têmpora: Absinthe Party At The Fly Honey Warehouse - Minus The Bear
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Hoje eu sou outro
Eu já acreditei em projetos políticos, eu já planejei viver de literatura, eu já sonhei em ter três filhos, eu já fui louco por maria-mole, eu já pratiquei 4 horas de esporte por dia.
Eu já me achei superior a muita gente e já me aceitei inferior a qualquer um.
Eu já quis largar tudo, já quis reinventar tudo, já quis deixar tudo como estava.
Eu já amei e odiei meus pais, já comprei brigas que sabia que ia perder e já fugi da raia com a vitória nas mãos.
Eu já fui o idiota da vila, a voz da razão, o cego voluntário, o carrasco inconsequente, o melhor amigo e o pior traidor.
Mas hoje, eu sou outro.
Direto na têmpora: I think I need it too - Echo and the Bunnymen
Eu já me achei superior a muita gente e já me aceitei inferior a qualquer um.
Eu já quis largar tudo, já quis reinventar tudo, já quis deixar tudo como estava.
Eu já amei e odiei meus pais, já comprei brigas que sabia que ia perder e já fugi da raia com a vitória nas mãos.
Eu já fui o idiota da vila, a voz da razão, o cego voluntário, o carrasco inconsequente, o melhor amigo e o pior traidor.
Mas hoje, eu sou outro.
Direto na têmpora: I think I need it too - Echo and the Bunnymen
terça-feira, junho 22, 2010
Toy Story 3
Fui assistir Toy Story com a Sophia nesse domingo. Se eu gostei? Claro. Se chorei? Óbvio (desenho animado não falha). Se a baixinha ficou apaixonada pelo Lotso mesmo ele sendo mau? Sem dúvidas.
Agora, mesmo sendo bacana demais, emocionante, engraçado e muito bem feito, eu gostei mesmo foi do curta de animação da Pixar Day & Night, que passa antes do filme em si.
Aqui tem um trechinho, mas vale conferir o curta e o longa no cinema. Principalmente se você tem filhos e/ou é infantiloide assumido como eu.
Direto na têmpora: Homeless - Paul Simon
Agora, mesmo sendo bacana demais, emocionante, engraçado e muito bem feito, eu gostei mesmo foi do curta de animação da Pixar Day & Night, que passa antes do filme em si.
Aqui tem um trechinho, mas vale conferir o curta e o longa no cinema. Principalmente se você tem filhos e/ou é infantiloide assumido como eu.
Direto na têmpora: Homeless - Paul Simon
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segunda-feira, junho 21, 2010
Ah, o amor
Sophia era apaixonada pelo Tomás, até que um dia se desiludiu. Resolvidérrima e dispensando a terapeuta resolveu:
- Ah, mamãe, agora eu vou gostar do Vítor, porque o Tomás não gosta de mim, então eu vou gostar de quem gosta, né?
E partindo das palavras à ação, resolveu hoje que iria escrever uma carta de amor pro Vítor. Ditou a carta para a Lílian, nossa ajudante lá em casa, depois copiou tudo para enviar a missiva escrita de próprio punho e não com a caligrafia de outrem. Uma apaixonada.
O conteúdo da carta? Uma forma curta e direta de expressar os sentimentos: "Vítor bagunceiro. Sophia bagunceira." É ou não é lindo o amor?
O envelope.
A carta.
A mocinha moderna.
E o pai alguns segundos antes de defenestrar o pretendente descarado.
Direto na têmpora: Dirty old man - The Sonics
- Ah, mamãe, agora eu vou gostar do Vítor, porque o Tomás não gosta de mim, então eu vou gostar de quem gosta, né?
E partindo das palavras à ação, resolveu hoje que iria escrever uma carta de amor pro Vítor. Ditou a carta para a Lílian, nossa ajudante lá em casa, depois copiou tudo para enviar a missiva escrita de próprio punho e não com a caligrafia de outrem. Uma apaixonada.
O conteúdo da carta? Uma forma curta e direta de expressar os sentimentos: "Vítor bagunceiro. Sophia bagunceira." É ou não é lindo o amor?
O envelope.
A carta.
A mocinha moderna.
E o pai alguns segundos antes de defenestrar o pretendente descarado.
Direto na têmpora: Dirty old man - The Sonics
sexta-feira, junho 18, 2010
Saramago e a intolerância
José Saramago foi autor de alguns dos textos mais poderosos que li em toda a minha vida. O primeiro texto dele que li foi a introdução do livro Terra, do fotógrafo Sebastião Salgado. Independente de opiniões políticas ou diferencas ideológicas sobre o direito à propriedade, um material comovente.
Na descrição do primeiro estupro do Ensaio Sobre a Cegueira, Saramago me fez interromper a leitura, jogar o livro à cama e me levantar completamente alterado enquanto resmungava "filho da puta, filho da puta", diante de uma Fernanda confusa com a cena.
Em Saramago, a ausência da pontuação sempre me pareceu um dividir com o leitor o ritmo do texto. Uma generosidade que nos permite, ao ler, sermos cúmplices de um mestre.
Fora isso, Saramago era ateu e comunista. Opção dele, direito dele, posturas que não tem nada a ver com a qualidade de sua obra. No entanto, hoje a senhora Iara Meirelles (@iara_meirelles) foi citada pela candidata a presidente Marina Silva com a frase: "Como podemos lamentar a morte de uma pessoa que blasfemou contra Deus a vida toda?"
Marina lidou mal com o assunto ao citar sem comentar no próprio texto, criou uma situação embaraçosa para si mesma, mas depois ficou claro que ela não compactuava com a opinião da pessoa.
Como podemos lamentar a morte de uma pessoa que blasfemou contra Deus a vida toda? Isso é intolerância no estado mais puro, é desejar ou achar merecida a morte de quem não concorda conosco. O direito a não ter fé não é tão importante quanto o direito à fé?
Não sei qual é a religião da senhora Iara e não me importa. Tenho certeza de que a visão absurda dela sobre o mundo diz mais sobre sua própria personalidade do que sobre as pessoas que frequentam a sua igreja, qualquer que ela seja.
No entanto, sinto vergonha e pena. Vergonha por imaginar alguém tão obtuso repassando esta visão extremista e impiedosa para criancas, por exemplo. E pena pelas pessoas todas que ainda confundem ou sofrem com a proximidade ultrajante entre discordância e intolerância.
Se Saramago pudesse ressucitar, pediria um texto sobre a Iara. Se bem que ele já escreveu um texto maravilhoso sobre a cegueira. Talvez seja suficiente.
Direto na têmpora: The Bellhop - Pomegranates
Na descrição do primeiro estupro do Ensaio Sobre a Cegueira, Saramago me fez interromper a leitura, jogar o livro à cama e me levantar completamente alterado enquanto resmungava "filho da puta, filho da puta", diante de uma Fernanda confusa com a cena.
Em Saramago, a ausência da pontuação sempre me pareceu um dividir com o leitor o ritmo do texto. Uma generosidade que nos permite, ao ler, sermos cúmplices de um mestre.
Fora isso, Saramago era ateu e comunista. Opção dele, direito dele, posturas que não tem nada a ver com a qualidade de sua obra. No entanto, hoje a senhora Iara Meirelles (@iara_meirelles) foi citada pela candidata a presidente Marina Silva com a frase: "Como podemos lamentar a morte de uma pessoa que blasfemou contra Deus a vida toda?"
Marina lidou mal com o assunto ao citar sem comentar no próprio texto, criou uma situação embaraçosa para si mesma, mas depois ficou claro que ela não compactuava com a opinião da pessoa.
Como podemos lamentar a morte de uma pessoa que blasfemou contra Deus a vida toda? Isso é intolerância no estado mais puro, é desejar ou achar merecida a morte de quem não concorda conosco. O direito a não ter fé não é tão importante quanto o direito à fé?
Não sei qual é a religião da senhora Iara e não me importa. Tenho certeza de que a visão absurda dela sobre o mundo diz mais sobre sua própria personalidade do que sobre as pessoas que frequentam a sua igreja, qualquer que ela seja.
No entanto, sinto vergonha e pena. Vergonha por imaginar alguém tão obtuso repassando esta visão extremista e impiedosa para criancas, por exemplo. E pena pelas pessoas todas que ainda confundem ou sofrem com a proximidade ultrajante entre discordância e intolerância.
Se Saramago pudesse ressucitar, pediria um texto sobre a Iara. Se bem que ele já escreveu um texto maravilhoso sobre a cegueira. Talvez seja suficiente.
Direto na têmpora: The Bellhop - Pomegranates
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quinta-feira, junho 17, 2010
Tirinha referência
Tenho quase certeza de que Sophia seria mais ou menos assim se ela fosse menino.
Direto na têmpora: All or nothing - Au Revoir Simone
Direto na têmpora: All or nothing - Au Revoir Simone
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quarta-feira, junho 16, 2010
Cabelo murcho
Olivia, o peixinho beta da Sophia, estava quietinha, com as nadadeiras recolhidas. Preocupada, Sophia veio me pedir auxilio;
- Olha, papai, a Olivia ta com o cabelo todo murcho!
Direto na tempora: Feelings - Offspring
- Olha, papai, a Olivia ta com o cabelo todo murcho!
Direto na tempora: Feelings - Offspring
terça-feira, junho 15, 2010
Caju
Existe um certo tipo de alegria que só pode vir de um cajueiro. Esticar uma rede nos galhos, colher e comer a fruta, reparar no azul do céu por entre as folhas largas.
Ou pode ser só a sombra, só a textura nodosa da madeira, só a castanha que se espeta pra fora da carne do fruto. Pode ser só o aroma doce que o cajueiro exala.
O cajueiro é a preguiça se espalhando em um dia pra sempre de sol. É verde, amarelo e vermelho e a promessa de um delicioso travo recoberto de delícia.
Às vezes, mesmo que só paisagem, o cajueiro já se reinventa oásis. E enquanto isso, aqui em volta tudo é cimento, é cimento, é cimento e alguma fumaça também.
Direto na têmpora: Suicide - The Raveonettes
Ou pode ser só a sombra, só a textura nodosa da madeira, só a castanha que se espeta pra fora da carne do fruto. Pode ser só o aroma doce que o cajueiro exala.
O cajueiro é a preguiça se espalhando em um dia pra sempre de sol. É verde, amarelo e vermelho e a promessa de um delicioso travo recoberto de delícia.
Às vezes, mesmo que só paisagem, o cajueiro já se reinventa oásis. E enquanto isso, aqui em volta tudo é cimento, é cimento, é cimento e alguma fumaça também.
Direto na têmpora: Suicide - The Raveonettes
segunda-feira, junho 14, 2010
Ideia
Algumas pessoas adoram ter ideias, outras adoram fazer ideias se transformarem em algo concreto e outras ainda são apaixonadas por matar ideias. O fato é que dificilmente existe alguém capaz de ficar indiferente diante de uma boa ideia.
Sempre que posso eu gosto de me lembrar que escolhi a publicidade por me dar a possibilidade de trabalhar com ideias e não com fórmulas. E é esse mesmo sentimento que tento levar quando escrevo um livro, um conto, um texto ou mesmo na criação da Sophia.
Há algo essencialmente triste em uma existência mecânica, rotineira, repetitiva, previsível, estéril.
São coisinhas frágeis, poderosas, fundamentais e fugidias essas tais ideias.
Direto na têmpora: House fire - Someone Still Loves You Boris Yeltsin
Sempre que posso eu gosto de me lembrar que escolhi a publicidade por me dar a possibilidade de trabalhar com ideias e não com fórmulas. E é esse mesmo sentimento que tento levar quando escrevo um livro, um conto, um texto ou mesmo na criação da Sophia.
Há algo essencialmente triste em uma existência mecânica, rotineira, repetitiva, previsível, estéril.
São coisinhas frágeis, poderosas, fundamentais e fugidias essas tais ideias.
Direto na têmpora: House fire - Someone Still Loves You Boris Yeltsin
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opinião
sexta-feira, junho 11, 2010
Prioridades
Não é questão de ser vagabundo
Mas sempre no dia em que a Copa começa
Mesmo com todo o trabalho do mundo
O que sobra é preguiça e o que falta é pressa
Direto na têmpora: The worst taste in music - The Radio Dept.
Mas sempre no dia em que a Copa começa
Mesmo com todo o trabalho do mundo
O que sobra é preguiça e o que falta é pressa
Direto na têmpora: The worst taste in music - The Radio Dept.
quinta-feira, junho 10, 2010
IMHO
Na minha opinião sincera, não haver loja própria da Dunkin' Donuts em Belo Horizonte seria motivo para uma revolta civil.
Na minha opinião sincera, ser pai e ser fã são atividades compatíveis.
Na minha opinião sincera, manhãs de domingo são especiais.
Na minha opinião sincera, o mundo tem mais gente com medo da mudança do que gente querendo mudar.
Na minha opinião sincera, o livro ainda é uma das maiores invenções da humanidade, empatando com a roda, com a internet e com a "portabilidade" do fogo.
Na minha opinião sincera, a música certa tem poderes afrodisíacos, curativos e psicotrópicos.
Na minha opinião sincera, ficar longe de gente escrota pode corresponder a até 90% da felicidade.
Na minha opinião sincera, dinheiro não é motivo, é consequência.
Na minha opinião sincera, para a política brasileira e para o Oriente Médio não existe solução pacífica.
Na minha opinião sincera, na vida quase tudo tem um lado negativo, menos a pizza.
Direto na têmpora: Blinding - Florence And the Machine
Na minha opinião sincera, ser pai e ser fã são atividades compatíveis.
Na minha opinião sincera, manhãs de domingo são especiais.
Na minha opinião sincera, o mundo tem mais gente com medo da mudança do que gente querendo mudar.
Na minha opinião sincera, o livro ainda é uma das maiores invenções da humanidade, empatando com a roda, com a internet e com a "portabilidade" do fogo.
Na minha opinião sincera, a música certa tem poderes afrodisíacos, curativos e psicotrópicos.
Na minha opinião sincera, ficar longe de gente escrota pode corresponder a até 90% da felicidade.
Na minha opinião sincera, dinheiro não é motivo, é consequência.
Na minha opinião sincera, para a política brasileira e para o Oriente Médio não existe solução pacífica.
Na minha opinião sincera, na vida quase tudo tem um lado negativo, menos a pizza.
Direto na têmpora: Blinding - Florence And the Machine
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quarta-feira, junho 09, 2010
Sorriso
Para mim, foi quando Deus fez a boca que Ele mostrou definitivamente porque mereceu o cargo. Agora, só quando ele fez o sorriso da Fernanda foi que ele garantiu o emprego vitalício.
Eu conheço a Fernanda faz uns 30 anos e nós somos casados há quase 8 anos, mas até hoje ela não tem noção de como me balança como sorri.
Ela acha que é papo, ela acha que é conversa mole, mas a verdade é que se ela soubesse o que eu faria por um sorriso dela, daqueles mais verdadeiros, daqueles mais inteiros, eu estaria perdido.
Confesso, minha Fer, que esse post foi egoisticamente produzido pra ver se eu consigo mais um dos muitos sorrisos seus.
Direto na têmpora: Tribulations - LCD Soundsystem
Eu conheço a Fernanda faz uns 30 anos e nós somos casados há quase 8 anos, mas até hoje ela não tem noção de como me balança como sorri.
Ela acha que é papo, ela acha que é conversa mole, mas a verdade é que se ela soubesse o que eu faria por um sorriso dela, daqueles mais verdadeiros, daqueles mais inteiros, eu estaria perdido.
Confesso, minha Fer, que esse post foi egoisticamente produzido pra ver se eu consigo mais um dos muitos sorrisos seus.
Direto na têmpora: Tribulations - LCD Soundsystem
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Fernanda
Pequenas Tragédias Cotidianas - príncipes e princesa
Sueli morava em no sótão de uma casa antiga, com grades nas janelas, uma porta de madeira pesada e uma longa escada que levava ao primeiro andar.
Sua mãe era uma senhora bastante velha, que vivia no andar de baixo e que proibia Sueli de sair. Dizem que os cuidados da megera eram por medo de que a menina, muito bonita, acabasse engravidando de um dos rapazes do bairro.
Na verdade, do alto de sua janela, Sueli era observada por quatro garotos da região: Cléber, que fazia curso técnico para eletricista; Pedro, que era motoboy em um escritório de advocacia; Jefferson, que estava desempregado há alguns anos e Zé Roberto, que cuidava de uma lan house na garagem da casa da irmã.
Um por um, todos tentaram resgatar Sueli. Cléber foi atropelado. Pedro tomou uma dura de um traficante local a mando da velha, teve um braço quebrado e nunca mais voltou. Jefferson foi visto pela polícia enquanto subia no muro e está preso.
Só Zé Roberto, aproveitando uma distração da velha, conseguiu se encontrar com Sueli. Viveram um amor mágico, heróico e ela, depois de fugir com ele, engravidou e cuida da lan house enquanto ele toma cerveja no boteco da esquina.
A vida é um outro tipo de conto de fadas.
Direto na têmpora: Birthday - The Jesus & Mary Chain
Sua mãe era uma senhora bastante velha, que vivia no andar de baixo e que proibia Sueli de sair. Dizem que os cuidados da megera eram por medo de que a menina, muito bonita, acabasse engravidando de um dos rapazes do bairro.
Na verdade, do alto de sua janela, Sueli era observada por quatro garotos da região: Cléber, que fazia curso técnico para eletricista; Pedro, que era motoboy em um escritório de advocacia; Jefferson, que estava desempregado há alguns anos e Zé Roberto, que cuidava de uma lan house na garagem da casa da irmã.
Um por um, todos tentaram resgatar Sueli. Cléber foi atropelado. Pedro tomou uma dura de um traficante local a mando da velha, teve um braço quebrado e nunca mais voltou. Jefferson foi visto pela polícia enquanto subia no muro e está preso.
Só Zé Roberto, aproveitando uma distração da velha, conseguiu se encontrar com Sueli. Viveram um amor mágico, heróico e ela, depois de fugir com ele, engravidou e cuida da lan house enquanto ele toma cerveja no boteco da esquina.
A vida é um outro tipo de conto de fadas.
Direto na têmpora: Birthday - The Jesus & Mary Chain
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terça-feira, junho 08, 2010
Cavalão
Meu querido amigo PC me mandou um email que preciso reproduzir na íntegra de puro orgulho que fiquei. Ah, antes quevocê leia, Tomás é o peça rara neto do PC que brigou comigo porque eu falei que conhecia o pai dele, Diogo, desde que ele tinha cabelo.
"Tomás anda com um cavalo bravo pra danar. Desses de vassoura.
De repente, sai correndo pela casa, gritando:
- Calma, Maurilo. Devagar, Maurilo. Quieto, Maurilo.
Acho que ele deve ter se encontrado com você no Clic e ficou encantado. Acabou de dar meu cachecol pro Maurilo comer e vai levar ele pra dormir.
Puta homenagem, eu achei..."
É como dizia Manuel Bandeira em seu Rondó dos Cavalinhos: "Os cavalinhos correndo, e nós, cavalões, comendo..."
Ah, só pra fechar, acabei de vir de uma sequência de três livros bons que não chegam a ser excelentes (Anansi Boys - Neil Gaiman; O Caçador de Pipas - Khaled Hosseini e When the Game was Ours - Larry Bird, Earvin Johnson Jr. e Jackie MacMullan) e terminei de ler hoje O Melhor do Inferno, da minha amiga Christiane Tassis, que escreve bem pra caralho, com o perdão da poesia.
Agora vou me atracar com a obra completa de Conan Doyle no que toca a Sherlock Holmes e estou animadíssimo. Elementar, meu caro Watson.
Direto na têmpora: Pinch me - Barenaked Ladies
"Tomás anda com um cavalo bravo pra danar. Desses de vassoura.
De repente, sai correndo pela casa, gritando:
- Calma, Maurilo. Devagar, Maurilo. Quieto, Maurilo.
Acho que ele deve ter se encontrado com você no Clic e ficou encantado. Acabou de dar meu cachecol pro Maurilo comer e vai levar ele pra dormir.
Puta homenagem, eu achei..."
É como dizia Manuel Bandeira em seu Rondó dos Cavalinhos: "Os cavalinhos correndo, e nós, cavalões, comendo..."
Ah, só pra fechar, acabei de vir de uma sequência de três livros bons que não chegam a ser excelentes (Anansi Boys - Neil Gaiman; O Caçador de Pipas - Khaled Hosseini e When the Game was Ours - Larry Bird, Earvin Johnson Jr. e Jackie MacMullan) e terminei de ler hoje O Melhor do Inferno, da minha amiga Christiane Tassis, que escreve bem pra caralho, com o perdão da poesia.
Agora vou me atracar com a obra completa de Conan Doyle no que toca a Sherlock Holmes e estou animadíssimo. Elementar, meu caro Watson.
Direto na têmpora: Pinch me - Barenaked Ladies
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Próximos capítulos
Eu detesto seguir histórias que ditam o ritmo para você. Não sei me explico bem, mas eu gosto de definir o ponto de suspense do que leio ou sigo e não obedecer a um intervalo que me é imposto.
Novelas, por exemplo, não consigo seguir. Formatos de séries como Lost, que te fazem esperar pelo próximo capítulo ou temporada, pra mim não funcionam. Quadrinhos em longas sequências mensais nas bancas eu prefiro juntar todos e ler de uma vez só.
Eu gosto de coisas que se resolvem de uma tacada só, como Seinfeld, por exemplo. Ou ainda que me permitam escolher quando parar e quando seguir em frente, como um bom livro. É preferência minha, mas eu não consigo explicar muito bem.
Acho que é porque minha vida não acontece em fascículos. Ou talvez eu seja apenas chato mesmo.
Direto na têmpora: White Sport Coat - Meat Puppets
Novelas, por exemplo, não consigo seguir. Formatos de séries como Lost, que te fazem esperar pelo próximo capítulo ou temporada, pra mim não funcionam. Quadrinhos em longas sequências mensais nas bancas eu prefiro juntar todos e ler de uma vez só.
Eu gosto de coisas que se resolvem de uma tacada só, como Seinfeld, por exemplo. Ou ainda que me permitam escolher quando parar e quando seguir em frente, como um bom livro. É preferência minha, mas eu não consigo explicar muito bem.
Acho que é porque minha vida não acontece em fascículos. Ou talvez eu seja apenas chato mesmo.
Direto na têmpora: White Sport Coat - Meat Puppets
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análise
segunda-feira, junho 07, 2010
Rainha da Noite
Alguns dias atrás eu caí na besteira de mostrar para a minha Sophia uma das árias da Rainha da Noite, na ópera A Flauta Mágica, de Mozart.
A baixinha ficou encantada e agora não só canta como uma soprano o dia inteiro como também me chama pra ouvir.
- Mamãe, chama o papai! Eu fiz igualzinha à Rainha da Noite.
É lógico que não caibo em mim de alegria por Sophia curtir Mozart e nem saber o que é Rebolation, mas é cada agudo que não dá pra explicar, meus senhores e minhas senhoras, é cada agudo...
Diana Damrau, a musa inspiradora da Sophia.
Direto na têmpora: One pure thought - Hot Chip
A baixinha ficou encantada e agora não só canta como uma soprano o dia inteiro como também me chama pra ouvir.
- Mamãe, chama o papai! Eu fiz igualzinha à Rainha da Noite.
É lógico que não caibo em mim de alegria por Sophia curtir Mozart e nem saber o que é Rebolation, mas é cada agudo que não dá pra explicar, meus senhores e minhas senhoras, é cada agudo...
Diana Damrau, a musa inspiradora da Sophia.
Direto na têmpora: One pure thought - Hot Chip
sexta-feira, junho 04, 2010
Um peixe chamado Olivia
Minha Sophia acaba de ganhar um peixinho (outro beta), deu a ele o nome de Olívia e ouviu as mesmas velhas observaçõs sobre sua (do peixe, não dela) vida breve.
Não deu outra e hoje a baixinha acordou chorando "eu não quero que a Olívia morra!".
Mas antes disso, ontem mesmo, ela colocou uma conchinha no aquário do peixe. Quando Fernanda foi transferir o animal para um saco plástico para facilitar a viagem até nossa casa, Sophia ficou deu o grito.
- Tem que colocar a conchinha no plástico, mamãe!
- Não, Sophia é só até chegar em casa.
- Mas tem que colocar, mamãe, esse é o único brinquedinho dela, tadinha.
Direto na têmpora: Don't be a jerk, Jonny - The Drums
Não deu outra e hoje a baixinha acordou chorando "eu não quero que a Olívia morra!".
Mas antes disso, ontem mesmo, ela colocou uma conchinha no aquário do peixe. Quando Fernanda foi transferir o animal para um saco plástico para facilitar a viagem até nossa casa, Sophia ficou deu o grito.
- Tem que colocar a conchinha no plástico, mamãe!
- Não, Sophia é só até chegar em casa.
- Mas tem que colocar, mamãe, esse é o único brinquedinho dela, tadinha.
Direto na têmpora: Don't be a jerk, Jonny - The Drums
quarta-feira, junho 02, 2010
Pepino
Nasceu o pepino por cima da terra
E ficou por ali, de olho em tudo
Viu a abobrinha que por qualquer coisa berra
E sacou o chuchu que era quase mudo
Não se enturmou com ninguém
E era quase um estranho na horta
Não falava mal, não falava bem
E nem se metia em conversa torta
O seu maior medo era ir pra salada
E com essa ideia vivia apavorado
É que tinha nascido com uma cisma danada
Sobre o local perfeito para ser devorado
Seu sonho dourado era bem conhecido
E ninguém colocava sua vontade em cheque
O pepino playboy só seria colhido
Para ser o recheio de um Big Mac
Direto na têmpora: She's a mistery - Roy Orbison
E ficou por ali, de olho em tudo
Viu a abobrinha que por qualquer coisa berra
E sacou o chuchu que era quase mudo
Não se enturmou com ninguém
E era quase um estranho na horta
Não falava mal, não falava bem
E nem se metia em conversa torta
O seu maior medo era ir pra salada
E com essa ideia vivia apavorado
É que tinha nascido com uma cisma danada
Sobre o local perfeito para ser devorado
Seu sonho dourado era bem conhecido
E ninguém colocava sua vontade em cheque
O pepino playboy só seria colhido
Para ser o recheio de um Big Mac
Direto na têmpora: She's a mistery - Roy Orbison
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literatura
Foundphotos junino
Claire Bebussay mostra orgulhosa os implantes que a transformariam em poucos meses na famosa atriz pornô Debbie Duzzit.
Ao acordar em um quarto estranho na manhã seguinte, Janice se esqueceu dos nove martinis de maçã que havia tomado e exclamou enquanto se vestia: "maldito bolo de limão".
Quando disseram a Big Daddy Jenkins que ele nunca teria sucesso no ramo de churrasquinhos, o aspirante a empresário respondeu: "eu só preciso da minha mulher Emily May, dos meus filhos Bob Junior e Timmy, do meu machado e desses dois gatos que achamos perto da cerca".
Direto na têmpora: Let down - Radiohead
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foundphotos,
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terça-feira, junho 01, 2010
Ouvindo pela primeira vez
Eu já coloquei no Twitter e no Facebook esse link que mostra 9 pessoas ouvindo pela primeira vez.
Mas não resisto e coloco também no Pastelzinho o video que achei mais emocionante, com um garotinho chamado Solomon, que nasceu surdo, reagindo aos primeiros sons de sua vida. Confesso que eu chorei um pouquinho.
Direto na têmpora: I like what you say - Nada Surf
Mas não resisto e coloco também no Pastelzinho o video que achei mais emocionante, com um garotinho chamado Solomon, que nasceu surdo, reagindo aos primeiros sons de sua vida. Confesso que eu chorei um pouquinho.
Direto na têmpora: I like what you say - Nada Surf
Musiqueta
Eu fiz um poeminha para a minha Sophia e o seu amigo vento já faz algum tempo.
De lá pra cá, metido a besta que eu sou, compus uma música baseada no poeminha. Sem noção nenhuma de ridículo, procurei o Helder, da Kundum. O resultado foi que o Luciano, também da Kundum, fez o arranjo, o Helder gravou e mixou, a Sophia fez uma participação especialíssima e eu cometi a suprema cara de pau de cantar.
Se tudo der certo, vai sair um filmezinho de animação com a música, mas até lá, olha aí um slideshow com a trilha "Sophia e o vento". Ah, se alguém mais competente quiser regravar a voz, agradeço penhorado.
Direto na têmpora: Everything had changed - Your Yellow Dress
De lá pra cá, metido a besta que eu sou, compus uma música baseada no poeminha. Sem noção nenhuma de ridículo, procurei o Helder, da Kundum. O resultado foi que o Luciano, também da Kundum, fez o arranjo, o Helder gravou e mixou, a Sophia fez uma participação especialíssima e eu cometi a suprema cara de pau de cantar.
Se tudo der certo, vai sair um filmezinho de animação com a música, mas até lá, olha aí um slideshow com a trilha "Sophia e o vento". Ah, se alguém mais competente quiser regravar a voz, agradeço penhorado.
Direto na têmpora: Everything had changed - Your Yellow Dress
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