sexta-feira, junho 08, 2007

Sessão Tripla

Logo que me mudei pra BH criei um hábito bastante interessante para minhas tardes de ócio (que no meu primeiro ano aqui foram muitas, já que logo passei a seguir a filosofia do Bruno Coelho que duvidava da inteligência de se estudar durante um período letivo inteiro quando seria muito mais prático estudar apenas um mês na recuperação): a sessão tripla.
A sessão tripla consistia em sair de casa logo após o almoço, assistir a sessão das 14h em um cinema qualquer (Acaiaca, Brasil, Royal), das 16h no Palladium e fechar no Jacques às 18h. Tudo isso a pé, o que pedia um planejamento cuidadoso de distâncias e horários que era metade da graça da atividade.
Obviamente no final do dia os três filmes estavam completamente misturados no cabeção e a comédia da primeira película se mesclava com a sanguinolência do segundo roteiro e terminava toda embolada com o drama chorão derradeiro.
Tirando isso, era um programa simplesmente genial. Você sentia que tinha aproveitado a tarde ao máximo, ficava sempre em dia com os lançamentos e ainda poupava tempo do seu fim de semana para fazer coisas mais produtivas como beber desgovernadamente.
Então ta resolvido: no próximo feriado eu pego uma sessão tripla de qualquer jeito pra matar saudades. Se a Fernanda deixar, eu pego.




Direto na têmpora: Radio Friendly Unit Shifter - Nirvana

11 comentários:

Jonga Olivieri disse...

Olha que eu gosto de cinema. Fiz muitas sessões duplas, mas triplas... é muita disposição!

Renata Livramento disse...

Tb j;a fiz muitas duplas, mas triplas nào aguento não!!!! Mas bom divertimento para vc! (sei lá por que rs.r.s.. não me estranha o fato de vc aguentar tanto...rs..haja energia!)
bjo!

redatozim disse...

Ah, don Oliva, você não sabe o que um adolescente ocioso é capaz de fazer para não precisar estudar.

redatozim disse...

Rê, agora eu acho que não dou mais conta. É muita coisa pra resolver, nem ia ter cabeça ou paciência pra 3 filmes seguidos, mas na época rolava fácil.

Gláucio disse...

Mas agora vc tem filha, seção tripla só se for de vida de inseto, pica-pau e chaves.

redatozim disse...

Triste verdade, meu caro Glauquito, mas se a Fernanda bancar um sabadão eu ainda tento. Nem que sejam duas comédias românticas e um terror trash. No mais, você tem gtalk? E o freela, notícias?

Rubens disse...

Ah, os antigos cinemas de BH! O Palladium era um verdadeiro Galaxie com aquelas poltronas salmão e a maior tela da cidade. O Metrópole era talvez o mais bonito. Tinha um que eu gostava muito que era o cine Guarani, na Bahia em frente ao Maleta. Pequenininho, mas tinha seu charme. O Roxy, na Augusto de Lima, tinha furos no telhado que dava pra ver as frestas de luz entrando (ou sentir as goteirtas em dia de chuva). Era a sala dos filmes de arte. O cine Tamôio (na Tamoios, claro) tinha uma programação inusitada, de "O Convento das Monjas Lésbicas" a "Aristogatas", passando pelos Shao Lin da vida. Mas era uma sala legal. E muitos outros como Royal, Acaiaca, Jacques e Brasil, que você citou, além de Odeon, Nazaré, Alvorada, Floresta, Candelária, México, Regina, Santa Tereza e mais outros tantos que nem eu peguei. Sinceramente, prefiro essas salas que as atuais, com todo o conforto que elas têm. Saudosismo? Talvez. Mas sair do cinema e comer um mixto no Ted's era o fechamento perfeito.

Rubens disse...

Putz, me esqueci de um clássico: O Art Palácio na Curitiba! Era lindão também. E bitela!

redatozim disse...

Rubéola, cheguei a BH em 88. Me lembro de ir ao Metrópole quando muito criança vinha aqui de férias. Desses que você citou só não me lembro dos cines Guarani, Alvorada e Santa Tereza. Os outros ou eu freqüentei ou pelo menos sabia da existência. Tinha também o Pathé que era bem bacana.
Aliás, concordo que o programa cinema antes pedia mais envolvimento, o que talvz aumentasse o respeito pela arte de assistir filmes e resultasse em uma maior educação do público. Saudosismo? Pode ser, mas celular no cinema deveria ser punido com pena de morte.
Agora esse tal de Teds eu nunca ouvi falar. Lanche pra mim era no Tchê.

Anônimo disse...

phoda é que hoje, ainda com espírito adolescente mas sem a carteirinha de estudante, é duro morrer em 30 pilas numa tarde, fora a coca-cola.

redatozim disse...

É uma vez ou outra, Zega. Na verdade é uma vez só e mesmo assim se a Fernanda deixar.