No primeiro turno das eleições presidenciais de 2006 votei em Cristovam Buarque e, entre Alckmin e Lula, optei pelo segundo, mas apenas pelos números sociais e já sem nenhuma ilusão diante de sua postura ética.
Ano passado, no segundo turno das eleições municipais de Belo Horizonte, anulei o primeiro voto da minha história como eleitor. A cada dia mais me arrependo por não tê-lo feito quando tive a chance entre Lula e Alckmin.
Mais do que vergonha, tenho nojo deste Lula apegado a um projeto de poder que prescinde da ética, da moral e, cada vez mais, da memória.
Lula hoje é Sarney, é Renan Calheiros, é Fernando Collor. Lula é quem for preciso para continuar lá em cima com o seu PT. Lula desrespeita sua própria história e desdenha do povo brasileiro.
O grande lance é que nem Lula está se fodendo para a sua história e nem o povo está se lixando pra coisa alguma. Somos um país de zé povinho, que engole qualquer coisa, que aceita tudo e que se satisfaz com migalhas. A ética e o respeito aqui estão em vigésimo plano.
A verdade, caríssimos, é que nós temos mesmo é que tomar ferro. Nós, como povo, não funcionamos e nem funcionaremos em uma sociedade minimamente moral onde as regras se cumpram e a punição se aplique. Não é do nosso feitio.
Nós (inclusive eu) gostamos mesmo é de sonegar, de dirigir usando o celular, de falsificar carteirinha de estudantes, de passar o outro pra trás e dizer que político não presta.
Nós gostamos mesmo é de bandalheira, de tudo debaixo dos panos. Nós queremos pão, circo e propina. Nós não somos, a exemplo do nosso presidente, um povo sério.
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Unidos em prol do Brasil.
Direto na têmpora: We used to vacation - Cold War Kids
8 comentários:
poisé, a história de mensalão/pt/etc. me brochou com a política. no primeiro turno das eleições de 2006 eu castiguei o lula com voto nulo - como vários eleitores fizeram. (e o lula estava certo de ganhar no primeiro turno, hein?). aí, no segundo, eu não pude deixar o serra ganhar - jamais! é isso. aí depois vem newton cardoso, sarney, collor... aiaiai. platão falava que o homem é um animal político, brecht ia na mesma linha e pregava o seu engajamento como alimento para a sustentabilidade da vida do homem. mas que eu brochei, brochei. deu pt.
aquele abraço
O Brasil é cada vez mais um país brocha, Aroeira, infelizmente.
olha maurilo, tudo que vc disse é a mais pura verdade...exceto que a ética e o respeito estão em vigésimo plano..eu acho que a coisa é mais feia que isso...vc foi bem otimista...tem gente que nem sabe o conceito destas duas coisas...e infelizmente é a esmagadora maioria lá no poder e tb fora dele...
eu realmente sou um otmisita irrecuperável, danny rsrsrs
a coisa é feia demais mesmo
Maurilio, desde 2006 eu parei de votar, seja a nível federal, estadual e o municipal. Simplesmente pago a multa pro TRE e sigo minha vida.
Alienação ?
Não... vou fazer 60 anos e não tenho mais saco de ver os mesmos infelizes eleitos e reeleitos, ano após ano, eleição após eleição.
Ótimo texto, por falar nisso.
Sinceramente, Cejunior, não tenho o menor problema em ser chamado de alienado na atual conjuntura.
Não acho sábio tomar partido quando não existe solução.
Obrigado pelo elogio.
Uhuuuuuuuuu os impresentaveis ( palavra que eu inventei porque aqui pode tudo)ao ataque de novo.
Você falou tudo.
pêsames pra nós, micho rs
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