Eu conheço gente que detesta as festas de final de ano. Gente de quem eu gosto, pessoas que eu respeito, seres humanos de quem eu discordo completamente nessa questão.
Eu adoro as festas de finais de ano. Eu gosto das luzes, gosto da proximidade, gosto da desculpa para mandar cartões de Natal e receber ligações de gente sumida.
Eu amo rabanadas, eu não consigo esperar para presentear quem eu gosto e eu viro criança de novo quando sewnto com meus irmãos e meus pais
Eu acho uma delícia cultivar na Sophia essa fantasia de Papai Noel e paz universal, de amor incondicional.
Eu não quero dizer com tudo isso que eu ignore o caráter cada vez mais comercial da festa e os relacionamentos forçados, mesmo que momentâneos, que ela nos obriga a fazer.
Não é perfeito, longe disso. Mas a alternativa de um dezembro sem esses instantes me parece muito mais triste.
E quando estou com Fernanda, Sophia e tantos outros que amo, a farsa vira verdade, e eu acabo acreditando.
Putz, como é bom acreditar.
Direto na têmpora: Closing time - Semisonic
quarta-feira, novembro 30, 2011
terça-feira, novembro 29, 2011
Iveco
Trabalhei por dois anos na Domínio Público e, mesmo depois de ter saído, acompanhei o trabalho da agência para a Iveco. É um belíssimo caso de construção de marca, mesmo com todas as dificuldades de se atender a conta (e acreditem, é difícil em um grau que nem dá pra contar aqui).
Agora, a Iveco sai da Domínio Público por causa de um alinhamento, ou seja, a conta do Brasil tem que ser atendida pela mesma agência que atende mundialmente a marca.
Perde a Domínio Público onde tenho muitos amigos, perde o mercado mineiro com a saída de uma conta internacional e, na minha opinião, perde a Iveco.
Infelizmente essa dinâmica do mercado é um tanto comum e não é raro ver contas valorizadas aqui saírem para se tornar apenas mais uma em outro lugar. Pode ser vaidade, pode ser ilusão, pode ser uma determinação externa. Cada caso é um caso, mas como norma o resultado só costuma ser positivo para a nova agência da conta. E muitas vezes nem faz tanta diferença assim para eles.
Por isso eu me orgulho e torço para que cada vez mais o empresário mineiro entenda que vale a pena ficar aqui em Minas Gerais. Quanto mais empresas ficarem e acreditarem, menos talentos precisam sair e mais valorizados somos todos.
Uma lástima mesmo a saída da Iveco. Perdemos todos.
Direto na têmpora: Me and my gin - Little Miss Higgins
Agora, a Iveco sai da Domínio Público por causa de um alinhamento, ou seja, a conta do Brasil tem que ser atendida pela mesma agência que atende mundialmente a marca.
Perde a Domínio Público onde tenho muitos amigos, perde o mercado mineiro com a saída de uma conta internacional e, na minha opinião, perde a Iveco.
Infelizmente essa dinâmica do mercado é um tanto comum e não é raro ver contas valorizadas aqui saírem para se tornar apenas mais uma em outro lugar. Pode ser vaidade, pode ser ilusão, pode ser uma determinação externa. Cada caso é um caso, mas como norma o resultado só costuma ser positivo para a nova agência da conta. E muitas vezes nem faz tanta diferença assim para eles.
Por isso eu me orgulho e torço para que cada vez mais o empresário mineiro entenda que vale a pena ficar aqui em Minas Gerais. Quanto mais empresas ficarem e acreditarem, menos talentos precisam sair e mais valorizados somos todos.
Uma lástima mesmo a saída da Iveco. Perdemos todos.
Direto na têmpora: Me and my gin - Little Miss Higgins
Labels:
publicidade
segunda-feira, novembro 28, 2011
Cagador de Regra em Redes Sociais
A profissão de Cagador de Regra em Redes Sociais está em alta. São centenas de milhares de especialistas dissecando a situation e criando normas fundamentais.
Por exemplo, já ficou definido que Facebook não é lugar para falar de futebol, política ou sexo e que Twitter não é lugar para falar sobre o clima. Também já está mais provado que alguns assuntos em TT (insira aqui o seu) são a conclusão definitiva de que o Brasil não vai para frente.
O problema é que o conteúdo a que você tem acesso nas redes sociais é escolha sua e, muito mais fácil do que querer fazer com que todos concordem com você, é simplesmente escolher seguir quem é relevante para seus objetivos.
Tá certo, cagar regra é bom e todo mundo tem direito à sua opinião, mas não fique achando que o FB ou o Twitter vão mudar por causa das suas preferências. Pare de seguir algumas pessoas, reduza o número de amigos e crie um ambiente mais saudável e agradável para você mesmo.
Ou não. Afinal, se a sua onda é cagar regra, vai nessa! E se eu achar que isso é um problema, basta que eu pare de seguir você.
Direto na têmpora: Rock Island Line - Mano Negra
Por exemplo, já ficou definido que Facebook não é lugar para falar de futebol, política ou sexo e que Twitter não é lugar para falar sobre o clima. Também já está mais provado que alguns assuntos em TT (insira aqui o seu) são a conclusão definitiva de que o Brasil não vai para frente.
O problema é que o conteúdo a que você tem acesso nas redes sociais é escolha sua e, muito mais fácil do que querer fazer com que todos concordem com você, é simplesmente escolher seguir quem é relevante para seus objetivos.
Tá certo, cagar regra é bom e todo mundo tem direito à sua opinião, mas não fique achando que o FB ou o Twitter vão mudar por causa das suas preferências. Pare de seguir algumas pessoas, reduza o número de amigos e crie um ambiente mais saudável e agradável para você mesmo.
Ou não. Afinal, se a sua onda é cagar regra, vai nessa! E se eu achar que isso é um problema, basta que eu pare de seguir você.
Direto na têmpora: Rock Island Line - Mano Negra
Labels:
internet,
opinião,
redes sociais
quinta-feira, novembro 24, 2011
Timidez
Ah, minha Sophia, que timidez inventada é essa? Esse rosto escondido, esse riso contido, esse bico fechado que interrompe a torrente de falar?
Deixa disso, minha Sophia, que seu sorriso evitado é quase um pecado e pra quem já sabe seu riso, dá vontade de chorar.
Direto na têmpora: I wouldn't believe your radio - Stereophonics
Deixa disso, minha Sophia, que seu sorriso evitado é quase um pecado e pra quem já sabe seu riso, dá vontade de chorar.
Direto na têmpora: I wouldn't believe your radio - Stereophonics
terça-feira, novembro 22, 2011
2 de dezembro
Muppets! Muppets! Muppets! 2 de dezembro no Brasil. Yeeeeaaaahhhhhhh!
Direto na têmpora: On a plane - Kajagoogoo
Direto na têmpora: On a plane - Kajagoogoo
segunda-feira, novembro 21, 2011
Sophia conhece o Sujismundo
Se você tem uns 40 anos ou mais, pode ser que se lembre do Sujismundo, o personagem porcalhão que era a grande atração de uma campanha de informação sobre higiene e limpeza do Governo nos anos 70. Pois eu me lembro bem e adorava o personagem quando tinha meus 6 ou 7 anos.
Ontem, quando Sophia resistia ao banho noturno, me lembrei da figura e resolvi mostrar alguns filmezinhos da época pra ela (God save Youtube). Resultado? Tomou o banho na boa, foi dormir e acordou falando sobre como adorou as aventuras do Sujismundo, de seu filhinho e do Doutor Prevenildo.
Hoje eu tenho o compromisso de mostrar mais alguns e chego à conclusão de que certas coisas são realmente atemporais.
PS - Os vídeos usam a grafia "Sugismundo", mas a wikipedia e a maioria dos artigos prefere "Sujismundo", por isso adotei a segunda.
Direto na têmpora: Pride and joy - Marvin Gaye
Ontem, quando Sophia resistia ao banho noturno, me lembrei da figura e resolvi mostrar alguns filmezinhos da época pra ela (God save Youtube). Resultado? Tomou o banho na boa, foi dormir e acordou falando sobre como adorou as aventuras do Sujismundo, de seu filhinho e do Doutor Prevenildo.
Hoje eu tenho o compromisso de mostrar mais alguns e chego à conclusão de que certas coisas são realmente atemporais.
PS - Os vídeos usam a grafia "Sugismundo", mas a wikipedia e a maioria dos artigos prefere "Sujismundo", por isso adotei a segunda.
Direto na têmpora: Pride and joy - Marvin Gaye
Labels:
cotidiano,
publicidade,
Sophia,
Sujismundo
sexta-feira, novembro 18, 2011
Chinelos
- Sophia, cadê seu Crocs?
- Não sei.
- Vamos procurar.
- Não tô achando, papai.
- Ah, já sei o que aconteceu, você veio de chinelo e eu esqueci o Crocs lá em casa. Vai de chinelo mesmo.
- Mas, papai, a mamãe não deixa eu ir de chinelo pro Clic porque pode estragar, eu posso cair...
- Tá bom, Sosophie, mas hoje não tem jeito, vai de chinelo mesmo.
- Tá, mas olha só, a mamãe não gosta que esconde as coisas dela, então liga pra ela e conta, porque aí ela não fica brava, mas se esconder...
- Certo, depois eu ligo.
- Papai, é melhor ligar agora.
- Eu ligo depois, Sosophie.
Passado um tempo eu liguei, contei pra Fernanda e Sophia, assim que eu desliguei, veio me falar.
- Isso mesmo, papai, que bom que você ligou.
- É, liguei.
E ela, desconfiando do seu velho pai.
- Se eu não falasse você ia esconder não ia?
Direto na têmpora: Long legs - The Magic Number
- Não sei.
- Vamos procurar.
- Não tô achando, papai.
- Ah, já sei o que aconteceu, você veio de chinelo e eu esqueci o Crocs lá em casa. Vai de chinelo mesmo.
- Mas, papai, a mamãe não deixa eu ir de chinelo pro Clic porque pode estragar, eu posso cair...
- Tá bom, Sosophie, mas hoje não tem jeito, vai de chinelo mesmo.
- Tá, mas olha só, a mamãe não gosta que esconde as coisas dela, então liga pra ela e conta, porque aí ela não fica brava, mas se esconder...
- Certo, depois eu ligo.
- Papai, é melhor ligar agora.
- Eu ligo depois, Sosophie.
Passado um tempo eu liguei, contei pra Fernanda e Sophia, assim que eu desliguei, veio me falar.
- Isso mesmo, papai, que bom que você ligou.
- É, liguei.
E ela, desconfiando do seu velho pai.
- Se eu não falasse você ia esconder não ia?
Direto na têmpora: Long legs - The Magic Number
quinta-feira, novembro 17, 2011
50 anos da Comunicação Social na UFMG
Eu me formei em 93 como Bacharel em Comunicação Social - Publicidade e Propaganda pela UFMG. Hoje, depois de uns 15 anos, voltei à Fafich para comemorar os 50 anos do curso.
Eu adorei estudar na Federal e mais especificamente no Campus. É uma puta mistura de visões, opiniões, estilos e formações que acabam abrindo a cabeça para caminhos diferentes daqueles com os quais eu estava familiarizado.
Fiz muitos amigos, alguns com os quais mantenho contato e outros não. Conheci professores motivados e motivadores como a Carla Madeira e o falecido Baesse e outros não.
Foi bom pra caramba e hoje me arrependo de não ter investido um pouco mais para concluir também o curso de jornalismo ou iniciar um mestrado logo após a formatura. Poderia ter sido bom, mas eu realmente estava louco pra sair pro mercado.
Só sei que foi bom voltar à UFMG, rever amigos como a Rafa, o Elias Sunshine, a Carla e o Fred. E foi melhor ainda por ter sido como convidado para um evento tão bacana como foi esse.
Direto na têmpora: Dig dug - We Are Scientists
Eu adorei estudar na Federal e mais especificamente no Campus. É uma puta mistura de visões, opiniões, estilos e formações que acabam abrindo a cabeça para caminhos diferentes daqueles com os quais eu estava familiarizado.
Fiz muitos amigos, alguns com os quais mantenho contato e outros não. Conheci professores motivados e motivadores como a Carla Madeira e o falecido Baesse e outros não.
Foi bom pra caramba e hoje me arrependo de não ter investido um pouco mais para concluir também o curso de jornalismo ou iniciar um mestrado logo após a formatura. Poderia ter sido bom, mas eu realmente estava louco pra sair pro mercado.
Só sei que foi bom voltar à UFMG, rever amigos como a Rafa, o Elias Sunshine, a Carla e o Fred. E foi melhor ainda por ter sido como convidado para um evento tão bacana como foi esse.
Direto na têmpora: Dig dug - We Are Scientists
Labels:
homenagem,
publicidade,
UFMG
quarta-feira, novembro 16, 2011
Página
A página vazia é promessa.
Comporta o impossível, um gesto, uma história, o momento mais breve, o absurdo de tudo.
A página vazia é o não.
A ausência da primeira palavra, a falta da ideia precisa, a testemunha de algo que ainda não vingou.
A página vazia é espaço.
O berço de gênios, a voz de segredos, o palco de verdades e mentiras e o que couber em nós.
A página vazia é convite.
Receber o que nunca foi dito e o que precisa ser repetido, o inútil, o belo, o violento e o tolo, o que interessa a todos e o que basta a você.
A página vazia é prazer.
Imediato para quem escreve, futuro para quem lê.
A página vazia é espelho.
De qualquer imagem, de qualquer sonho, de qualquer você.
A página vazia pode ser a primeira, a última, a única, a de número 12 ou 489. Não importa. A página vazia é o que resta a fazer, o futuro, o próximo passo.
E é impossível escolher não seguir.
Direto na têmpora: So damn clever - Plain White T's
Labels:
literatura
segunda-feira, novembro 14, 2011
10 coisas que eu detesto sobre mim
Algumas dessas coisas eu posso mudar, outras eu não consigo mudar e outras estão além do meu alcance. Pouco importa, todas me incomodam.
1) Detesto perder a paciência com a Sophia.
2) Detesto ser tão desleixado com dinheiro.
3) Detesto não poder fazer nada quando magoam a Fernanda.
4) Detesto não ter força de vontade para me alimentar melhor.
5) Detesto investir tão pouco tempo em escrever literatura.
6) Detesto começar tantas coisas que não termino.
7) Detesto essa tendência de me envolver parcialmente em muitas coisas e não me envolver integralmente em coisas que importam.
8) Detesto ir tão raramente a Ipatinga.
9) Detesto adiar tanto as coisas importantes para a minha casa.
10) Detesto quando falo muito e ajo pouco.
Direto na têmpora: Children of the grave - Black Sabbath
1) Detesto perder a paciência com a Sophia.
2) Detesto ser tão desleixado com dinheiro.
3) Detesto não poder fazer nada quando magoam a Fernanda.
4) Detesto não ter força de vontade para me alimentar melhor.
5) Detesto investir tão pouco tempo em escrever literatura.
6) Detesto começar tantas coisas que não termino.
7) Detesto essa tendência de me envolver parcialmente em muitas coisas e não me envolver integralmente em coisas que importam.
8) Detesto ir tão raramente a Ipatinga.
9) Detesto adiar tanto as coisas importantes para a minha casa.
10) Detesto quando falo muito e ajo pouco.
Direto na têmpora: Children of the grave - Black Sabbath
Labels:
listas
sexta-feira, novembro 11, 2011
Eu, Sophia, o Coelho da Páscoa e a lua
Eu e a minha Sophia sempre enxergamos a figura de um coelho na lua cheia. Ontem estávamos no carro e ela perguntou:
- Papai, onde o coelhinho da Páscoa mora?
- Hmmmmmm... não sei, Sosophie.
- Será que é o Coelhinho da Páscoa que fica lá na lua?
- Olha, filha, sabe que pode ser?
- Mas aí como é que ele vem trazer os ovinhos?
- Será que ele dá um pulão e chega aqui, Sosophie?
- Ou ele sente o cheio de chocolate e vem voando, né, pai?
- É... ou será que ele vem num foguete de cenoura?
- Ai, pai, você é muito engraçado... foguete de cenoura... aiai.
Direto na têmpora: Honey you know where to find me - Morrissey
- Papai, onde o coelhinho da Páscoa mora?
- Hmmmmmm... não sei, Sosophie.
- Será que é o Coelhinho da Páscoa que fica lá na lua?
- Olha, filha, sabe que pode ser?
- Mas aí como é que ele vem trazer os ovinhos?
- Será que ele dá um pulão e chega aqui, Sosophie?
- Ou ele sente o cheio de chocolate e vem voando, né, pai?
- É... ou será que ele vem num foguete de cenoura?
- Ai, pai, você é muito engraçado... foguete de cenoura... aiai.
Direto na têmpora: Honey you know where to find me - Morrissey
Antecipado
Já comprei todos os presentes de Natal de 2011 e falta apenas um deles chegar. É ansiedade mesmo e, pior, acho que está contaminando a minha Sophia. Hoje, às 8 da manhã a baixinha veio falar comigo.
- Papai, eu vou começar a escrever minha cartinha pro Papai Noel, tá bom?
- Agora, Sophia?
E ela, toda séria.
- É, sim, quanto mais cedo, melhor.
Direto na têmpora: Smooth criminal - Michael Jackson
- Papai, eu vou começar a escrever minha cartinha pro Papai Noel, tá bom?
- Agora, Sophia?
E ela, toda séria.
- É, sim, quanto mais cedo, melhor.
Direto na têmpora: Smooth criminal - Michael Jackson
quinta-feira, novembro 10, 2011
Extinto
A IUCN - International Union for Conservation of Nature acaba de fazer um recenseamento e concluir que os rinocerontes negros estão oficialmente extintos.
Não sei quantas outras sub-espécies de rinocerontes ainda existem, mas pelo que li existem boas chances de que algumas delastambém já estejam extintas ou muito próximas disso. É estranho pensar que o rinoceronte negro passa a dividir com algumas focas, leões, lobos e bisões a duvidosa distinção de não mais existir.
Confesso que se a notícia fosse sobre algum outro animal eu talvez não tivesse prestado tanta atenção, mas o rinoceronte sempre foi um dos meus animais favoritos, junto com os sapos, os porcos e os tubarões. Foi o primeiro bicho de pelúcia que dei para a minha Sophia e o animal que mais me chamou a atenção quando estive na África do Sul (e por lá os rinocerontes vão muito bem, obrigado).
Sei lá, é simplesmente ruim, é triste, é desnecessário ver uma espécie acabar assim. Como diria a Sophia se eu fosse contar pra ela a notícia: "não gostei, papai!"
Direto na têmpora: Helicopter - Deerhunter
Labels:
animais,
extinção,
rinoceronte negro
quarta-feira, novembro 09, 2011
terça-feira, novembro 08, 2011
Já fui bom nisso
Já fui bom em futebol de botão, já fui bom em Geografia, já fui bom em virar noites (trabalhando ou não), já fui bom em memorizar aniversários e já fui bom em trocar fraldas de bebê.
Agora, uma coisa que nunca soube fazer direito é empinar papagaio. Nunca. Sabe quando a gente enumera as coisas que gostava de fazer quando menino? Pois é, pipas sempre ficam fora da minha lista. Era péssimo em construir e pior ainda em fazê-las voar.
Eu era razoável em montar Revell, em bolinhas de gude, em War e em carrinho de rolimã, mas sempre achei que minha infância era meio incompleta porque a chegada de agosto não significava porcaria nenhuma pra mim.
Bom, "mas e daí", pergunta você que ainda continua lendo o post. E eu respondo: daí que por causa desse trauma eu quase nunca levo minha Sophia à Praça do Papa. Se ela tiver a triste oportunidade de me acompanhar tentando lidar com uma pipa vai perder o resto do respeito que ainda tem por mim.
E isso acontece de maneira involuntária, é (ou era, já que agora tomei consciência) algo totalmente inconsciente. Por isso eu fiquei aqui pensando: vou levar minha Sophia à Praça do Papa e deixar que ela tente empinar papagaios mesmo que falhe. Afinal, meu tempo de superpai que faz tudo e sabe tudo já acabou.
Mas na verdade, na verdade mesmo, essa vai ser também a minha chance de tentar novamente soltar pipas e de poder dizer daqui a alguns anos "olha, meu neto, o vovô Maurilo era a maior fera na pipa, sabia?"
Direto na têmpora: Good enough - Mudhoney
Agora, uma coisa que nunca soube fazer direito é empinar papagaio. Nunca. Sabe quando a gente enumera as coisas que gostava de fazer quando menino? Pois é, pipas sempre ficam fora da minha lista. Era péssimo em construir e pior ainda em fazê-las voar.
Eu era razoável em montar Revell, em bolinhas de gude, em War e em carrinho de rolimã, mas sempre achei que minha infância era meio incompleta porque a chegada de agosto não significava porcaria nenhuma pra mim.
Bom, "mas e daí", pergunta você que ainda continua lendo o post. E eu respondo: daí que por causa desse trauma eu quase nunca levo minha Sophia à Praça do Papa. Se ela tiver a triste oportunidade de me acompanhar tentando lidar com uma pipa vai perder o resto do respeito que ainda tem por mim.
E isso acontece de maneira involuntária, é (ou era, já que agora tomei consciência) algo totalmente inconsciente. Por isso eu fiquei aqui pensando: vou levar minha Sophia à Praça do Papa e deixar que ela tente empinar papagaios mesmo que falhe. Afinal, meu tempo de superpai que faz tudo e sabe tudo já acabou.
Mas na verdade, na verdade mesmo, essa vai ser também a minha chance de tentar novamente soltar pipas e de poder dizer daqui a alguns anos "olha, meu neto, o vovô Maurilo era a maior fera na pipa, sabia?"
Direto na têmpora: Good enough - Mudhoney
segunda-feira, novembro 07, 2011
Minha casa
Minha casa é mais de quatro paredes e cozinha e banheiros e salas e teto.
Minha casa é minha família, minha casa são minhas histórias e meu trabalho com pessoas que respeito, minha casa são minhas viagens com pessoas que eu amo, minha casa são meus projetos, meus desafios, meus erros, minha luta, meu riso.
Minha casa não é destino fixo com rua e número, é estado de espírito, é abraço ao alcance da mão, é não me sentir perdido.
Não sou eu que moro em minha casa, é minha casa que vive em mim, no sonho por fazer e no medo por enfrentar. É abrigo de sonhos.
O endereço da minha casa é onde quer que eu esteja, com tudo o que levo em mim.
Direto na têmpora: Femme Fatale - Beck
Minha casa é minha família, minha casa são minhas histórias e meu trabalho com pessoas que respeito, minha casa são minhas viagens com pessoas que eu amo, minha casa são meus projetos, meus desafios, meus erros, minha luta, meu riso.
Minha casa não é destino fixo com rua e número, é estado de espírito, é abraço ao alcance da mão, é não me sentir perdido.
Não sou eu que moro em minha casa, é minha casa que vive em mim, no sonho por fazer e no medo por enfrentar. É abrigo de sonhos.
O endereço da minha casa é onde quer que eu esteja, com tudo o que levo em mim.
Direto na têmpora: Femme Fatale - Beck
Labels:
cotidiano
Assinar:
Postagens (Atom)