quinta-feira, dezembro 07, 2006

Macacos me mordam

Existe uma anedota no meio publicitário que conta de um dos produtores do King Kong que, ao assistir o filme pela primeira vez, deu seu veredito: "achei muito bom, mas tira o macaco".
Em publicidade isso virou uma expressão. Apresentou um filme maravilhoso e o cliente pediu alguma mudança naquele detalhezinho que afeta o espírito da idéia, arranca a graça, transforma o que seria uma peça genial em um trabalhinho comum? Pois é, tirou o macaco do filme.
Daí que eu me lembrei de um mega trabalho que já fiz há um tempo, cuja proposta era grandiosíssima. O pedido incluía material gráfico em larga escala, ilustrações várias, um superdocumentário, tudo com aquele conteúdo preparado para revolucionar a visão das pessoas sobre o tema em questão.
Primeira reunião e faltaram aplaudir o material. Acharam tudo lindo, fofo, genial! Depois cortaram a verba uma vez, duas, três, quatro e a campanha acabou virando um folhetinho mixo em papel vagabundo.
Resumo da ópera, falta de grana também mata macaco. E como.




Direto na têmpora: Happiness - Macy Gray

7 comentários:

Anônimo disse...

É, isso foi também um anúncio da Salles que ficou famoso. Tinha a imagem do King Kong no alto do Empire State cercado de aviõezinhos (aquela clássica) e o título era: "A idéia está aprovada, mas tira o macaco".
Aliás, a Salles tinha outro anúncio memorável que foi quando o Nixon renunciou e entrou o Gerald Ford. O título era: "Faça como os americanos: troque por Ford", E assinava um revendedor Ford do Rio.

kel e tiago disse...

como assim o link não está lá? olhe de novo...
seria como tirar o macaco ;)

redatozim disse...

Agora o link tá lá, Kel e Tiago. Eu vi risos Esses espanhóis são muito espertinho. E Oliva, a do Ford eu conhecia. Simplesmente genial!

Anônimo disse...

E não é que, mesmo assim, o trabalho em questão continua bacana?!

redatozim disse...

Heleninha, não sei se estamos falando do mesmo trabalho. O que eu criei e foi mutilado ficou, pelo menos aos olhos deste redatozim, uma bosta. Mas acontece mesmo, é da área. Peças publicitárias são como tartarugas: nascem uma porrada, mas poucas conseguem chegar vivas ao mar. Êta caboco poético!

redatozim disse...

Eu outro dia vivi a situação exata do macaco. Só que era um sundae.

redatozim disse...

Rubéola, tá certo que umas tartaruguinhas já nascem meio deformadas, mas o que tem de urubu e gavião matando tartaruga no meio do caminho é brincadeira.