segunda-feira, março 05, 2007

Furtos, roubos, assaltos e outros relacionamentos duradouros

Um amigo de Ipatinga, o Julião, estava voltando para casa quando foi abordado por um rapaz armado que berrava "passa o pisante, passa o pisante".
Assustado, Julião começa a tirar o tênis quando, de repente, o rapaz olha pra ele atentamente e diz: "peraí, você não é irmão do Jaider?" "Sou." "Ah, então eu não posso roubar você não. Lavo carro pro seu irmão todo sábado, ele sempre me dá uma força." Silêncio constrangedor e o Julião então diz: "Que é isso, rapaz, leva o tênis, você precisa mais que eu".
Ficam nessa por um tempo, um não querendo roubar e o outro querendo ser roubado, até que o lavador de carro/assaltante propõe: "então eu vou com você até a sua casa e você me dá o tênis lá, pra não ter que ir descalço o resto do caminho, ok?"
Na porta do prédio fizeram a troca, despediram-se cordialmente e sábado o cara tava lá, lavando o carro do irmão dele de novo como se nada tivesse acontecido.
É, amigo, it's all fun and games até que o assaltante de plantão está passando o fim de semana na sua casa.


PS - Lembrei dessa história por causa de um dos Causos de Publicidade" do bom Oliva. Vale a pena conferir no blog dele.




Direto na têmpora: Don't leave me this way - Thelma Houston

12 comentários:

Jonga Olivieri disse...

Este seu caso me fez lembrar um do meu cunhado aí em Beagá.
Uma noite, ele acordou com um barulho no quarto. Morava nesta época num segundo andar de prédio no Anchieta; bem atrás dauela pizzaria Mangabeira's (é esse o nome?)/
Bom, o Juca virou-se para o asslatante e disse calamamente:
- Ô amigo, não faz isso, eu não sou rico, você não vai poder levar muita coisa... não vale a pena.
O assaltante, sem dizer nada, desceu uma escada de madeira. E se mandou.
Na manhã seguinte a escada estava lá, encostada no muro de um terreno (então baldio) ao lado.
Se foi "marinheiro de primaira viagem", deve ter poarado por aí mesmo!

redatozim disse...

Cara, eu nunca fui assaltado. Já me levaram dois carros, mas nunca com a minha presença, Graças a Deus. Sempre furto mesmo. Se rolasse comigo, certamente não teria essa calma.

Renata Livramento disse...

Ah esses "causos" de Ipatinga...muito engraçados, ainda mais que o Julião eu conheço!
Qto a assaltos infelizmente tenho uma bela "coleção" deles, incluindo arma na minha cabeça, sequestro relãmpago dos meus pais, um horror...nunca mais andei na rua sem ter o coração disparado!
bjo e boa semana!

redatozim disse...

Engana-se, Dona Renata. O protagonista é de Ipatinga, mas o causo é de BH, logo ali no fim da Prudente, subindo pro São Bento.

Anônimo disse...

Ah, obrigao pela referência ao meu blog, um blog-irmão, com certeza...

Anônimo disse...

Pô, Maurilo, eu lembro de qdo vc contou esse caso ao vivo e a cores... rs...

redatozim disse...

hahahahahaha só reciclando, Su, só reciclando.

Anônimo disse...

maurilo, isso é um assalto!
tô meio ocupado agora, rola de descer ali na esquina e depositar o conteúdo da sua carteira na minha conta? valeuz!

redatozim disse...

o conteúdo da minha carteira? se fodeu, zega sorry

Anônimo disse...

hmmmm... roger, isso é um assalto!

Turca disse...

Ai que horror. Pelo menos o ladrãozinho foi gente fina e foram até a porta do prédio. Uma coisa é ser assaltado e outra coisa é ser assaltado e chegar em casa descalço, né?
Não sabia se rir ou chorar...
Bjo!

redatozim disse...

O pior é que isso é tão comum aqui. Você nem imagina.