quinta-feira, agosto 16, 2012

O que a gente tem a dizer

Durante anos encontrei profissionais de publicidade que sabiam exatamente como dizer as coisas. Como dizer que o consumidor iria pagar mais, como dizer que aquela promoção era imperdível, como dizer que meu achocolatado era melhor do que o outro. Na verdade, sempre fui, ou tentei ser, um deles.

Os reis da forma, os mestres da boa ideia. Admirava, admiro e respeito todos eles. O título que marca, o roteiro bem sacado são uma forma de trazer leveza, beleza e criatividade ao dia do público. E de vender, é claro.

O problema é que, já faz algum tempo, somos convidados a participar do processo de descobrir, junto ao cliente, "o que deve ser dito". É um passo anterior, que fornece a base para a grande ideia sobre "como dizer".

Talvez seja um momento mais assustador do que a chegada do computador e mais revolucionário do que a popularização da internet. Precisamos nos envolver mais, abrir nossas mentes para outros processos, outras demandas, outras questões.

O desafio de sermos mais completos do que julgávamos necessário faz com que uns aproveitem e outros se encolham.

Por enquanto é uma decisão de cada um. Em pouco tempo será uma questão de sobrevivência. Melhor escolher seu lado agora e arregaçar as mangas, filhote.




Direto na têmpora: One - Vampire Weekend

4 comentários:

Michelle Lapouble Do Verge disse...

que medo de encolher, é nem é por opção...é por pura falta de espaço.

redatozim disse...

Tem que cavar e criar espaços, Unknown, senão encolhe mesmo. Força aí.

Michelle Lapouble Do Verge disse...

meu comentário foi sem nome....estou encolhendo

redatozim disse...

Todos os seus comentários estão vindo sem nome, Unknown. Encolhe, não.