quinta-feira, janeiro 17, 2013

É bom até que não é mais

Tem uma música da Regina Spektor chamada "On The Radio" que em determinado momento diz assim:

"This is how it works
You're young until you're not
You love until you don't
You try until you can't
You laugh until you cry
You cry until you laugh
And everyone must breathe
Until their dying breath"


Eu acho essa letra linda porque na vida tudo é quase sempre assim: muito bom até que não é mais. O tempo passa, o mundo muda, a gente também. O genial vira bobo, o apaixonante vira chato, o engraçadíssimo vira comum e a gente segue em frente sem ter a obrigação de gostar pra sempre do que já gostou um dia.

Não é falta de esforço, não é desistir das coisas, é simplesmente entender que imobilidade não é exatamente uma qualidade. Pelo menos não na maioria dos casos.


Claro que não vale pra tudo, mas vale muito pra empresas. O que era lindo ontem é comum hoje. O que era fundamental é desnecessário, o que era uma fórmula vira uma bobagem.


Porque o tempo passou, o mundo mudou e tem gente que n ão quer ver, não quer entender que "you try until you can't". Simples assim.

Não é ingratidão com o passado, com o vivido, com o caminho trilhado. É saber que tudo tem seu tempo e que evoluir é o exercício de reconhecer e escolher caminhos novos.


E que tudo aquilo que funcionava muito bem um dia pode deixar de funcionar.




Direto na têmpora: Monsterpussy - The Vaselines

4 comentários:

Unknown disse...

Como sempre, certo!

Aline Calamara disse...

Muito legal o seu blog! Está de parabéns!!!
Beijos
Aline.
http://prosadejanela.blogspot.com

Guerreiro Antonio disse...

Comentário nada a ver com o post. Ontem, na tarefa de casa de Antonio (6 anos) veio um texto seu, retirado da revista Nova Escola. Era sobre um grilo e um sapo. Enfim, quando expliquei pra Antonio que o autor era o mesmo da quadrinha do Toninho Caranguejo, ele ficou cheio de si, e chegou na escola contando pra professora.
Abs

redatozim disse...

Que legal! Que o Guerreiro Antonio siga brilhando e curtindo boas (modéstia à parte) histórias.