quarta-feira, março 28, 2012

Queen

Eu era muito fã de Queen desde os meus 7 anos de idade. Enquanto em casa meus pais ouviam muita música clássica, Chico Buarque e MPB (o que era ótimo), foi através do "tio" Ernesto, nosso vizinho, que eu me aprofundei mais em Queen.

É claro que We Are The Champions, We Will Rock You e outras já rolavam na rádio, mas eu ainda me lembro de escutar o News Of The World inteiro emprestado através do Guga, filho do "tio" Ernesto e um dos primeiros amigos que fiz na minha vida.

Eu me lembro do lançamento do Jazz, em 78 quando tinha apenas 7 anos e de pirar com Don't Stop Me Now e Fat Bottomed Girls enquanto descobria Bohemian Rhapsody, Somebody to Love e outros clássicos mais antigos.

Depois veio The Game, com Crazy Little Thing Called Love, Play The Game e Another One Bites The Dust, seguido pela trilha do filme Flash Gordon. Eu tinha 9 anos e a vida era boa para quem curtia o Queen.

Em 82 veio o Hot Space e, apesar de Under Pressure ser uma das coisas mais incríveis que eu já tinha ouvido, além dela apenas Life is Real e Las Palabras de Amor se destacavam em um disco que estava abaixo do que se esperava do Queen.

Com 13 anos recebi o The Works com desconfiança. Radio Gaga e I Want To Break Free eram hits, mas talvez pop demais para mim na época. Foi o último disco que comprei do Queen.

Ainda assim, vi o show mais importante e sensacional da minha vida em 11 de janeiro de 1985, ainda com 13 anos: Queen no Rock in Rio. Uma experiência alucinante e inesquecível.

Daí em diante acompanhei o Queen com certa distância, vibrando com as poucas músicas novas de que gostava, mas sem comprar discos ou me envolver demais. De uma certa forma era como se aquela banda tivesse quabrado minhas ilusões sobre amor eterno e a infalibilidade humana.

O tempo passou, chorei quando Freddie Mercury morreu e continuei curtindo o velho Queen que foi tão marcante na minha vida.

Uma paixão que continua hoje através da Sophia e que me faz fechar os vidros do carro quando estou dirigindo, colocar Spread Your Wings ou Somebody To Love no máximo volume e cantar desafinada e incontrolavelmente como se estivesse ainda no final dos anos 70, descobrindo a paixão musical de uma vida.




Direto na têmpora: Brighton Rock - Queen

10 comentários:

Bruno Resende Rabello disse...

Minha paixão por grandes shows de música aconteceu neste janeiro de 1985. Infelizmente, no entanto, apaixonei-me via tv, ao ver aquela multidão cantando Love of My Life e imaginando o tanto que seria bom estar lá. Morro de inveja de quem foi.
No ano passado, em Londres, assisti ao musical We Will Rock You (procura no youtube alguma coisa), uma das coisas mais toscas, bregas e, vá lá, divertidas que já vi. E parte da diversão vinha da platéia, quarentona em sua maioria, apaixonada pela banda. Como você e a Sophia.

O mundo de Sabrina disse...

Você, Sophia e a relação de vocês são inspirações pra minha vida, sabia? Sempre dou o exemplo de vocês quando defendo que a gente pode educar os meninos musicalmente em casa! Perfeito!

redatozim disse...

Claro que vou procurar, Bruno. Valeu demais pela dica.

Robson Ebaid disse...

Maurilão, ouvir o Queen (sempre em discos de vinil na casa de amigos) também marcou uma infância na cidade do interior das Minas Gerais na década de 70. Além de tantas, uma fica na memória. ´39. Inesquecível.

Robson

redatozim disse...

Que bom, Sabrina, fico orgulhoso. A gente tenta, mesmo sabendo que lá fora o Michel Teló espreita.

redatozim disse...

Linda mesmo, Robilson. Como ela são várias inesquecíveis.

Heron Xavier disse...

Queen é vida! Mesmo após a morte rs!

Alexandre Magno disse...

É Cotão...vc , como poucos, sabe a relação que o Queen tem com minha vida...Meu primeiro disco foi o Queen I que ganhei de meu tio em 77...
Depois disso, vc sabe a história!!

Grande abraço!!!

Magno.

redatozim disse...

É isso aí, Heron. Vida longa à rainha.

redatozim disse...

E o Gustavo fã de Scorpions tsctsctsc, né, Magno?