Tenho um amigo, o Joãozinho Morróia, que nasceu em Ipatinga, formou-se em Ouro Preto e morou em Brasília. Ele conta que, quando viveu na Candangolândia, tinha um amigo chamado Aroeira, sobrenome herdado do pai, um célebre membro do Exército Brasileiro.
Pois o Aroeira Filho tinha um fraco pelo meretrício. Metia-se (sem trocadilhos) em tudo o que é zona da cidade, entregando-se aos prazeres mais mundanos. Diante de tamanha atividade ocorreu o esperado e o rapazete contraiu uma doença venérea. Não contente em sofrer de constante incômodo no baixo leblon, Aroeira espalhou a nova entre os colegas em busca de algum tipo de auxílio e as notícias de sua situação espalharam-se rapidamente.
Ajuda para curar a moléstia não conseguiu, mas já na manhã seguinte ao surgimento do boato, o muro de sua casa estava pichado em letras garrafais com a mensagem curta e direta: O AROEIRA TÁ DE CANCRO DURO. Como Aroeira no caso poderia designar pai ou filho, armou-se um incidente militar dentro da casa, não tanto pela doença do jovem, mas principalmente pela reputação do velho.
O resultado foi que, numa bela manhã de sábado, Aroeira (o filho) exercitava seus dotes artísticos e, demão após demão, devolvia a moral e os bons costumes ao muro daquela prestigiosa residência.
Direto na têmpora: Tiny Dancer - Tori Amos
2 comentários:
legal. o aroeira deu uma pintada no muro e resolveu o problema.
Uma pintada encancrada deve ser o ó.
Postar um comentário