segunda-feira, outubro 23, 2006

Botecando

Estive em Ipatinga no sábado e, além de rever grandes amigos e vender o meu livrinho, tive notícias muitíssimo interessantes para (sobre) os cachaceiros da terrinha: dois amigos, Nakaba e Zenon, estão abrindo bares. Bares diferentes em diferentes lugares, diga-se de passagem.
Pois essa coincidência me lembrou do Burrim, outro ipatinguense, que conseguiu um bar bem debaixo da Baturité, um dos pontos mais cobiçados de BH no início da década de 90. O Burrim, além de figura maravilhosa, de uma criatividade absurda e lealdade fora do normal, era um bebum de marca maior. Tomava todas e tomava bem, sempre com amigos, bom clima e ótimo papo.
Voltando ao bar, chamava-se Pepe Legal e ficava no meio da muvuca que era aquela região da Cidade Nova. Íamos sempre pra lá e a história se repetia. A conversa ia rendendo, o povo ficando tonto e não passava da meia-noite lá ia o Burrim espantar a freguesia, fechar a porta e tomar uma com os amigos dentro do bar. Mesmo quando continuávamos do lado de fora com os outros clientes, fazia questão de não cobrar nada ou muito pouco dos conterrâneos. Some-se a isso o fato do Burrim consumir grande parte do estoque e deu no que deu. O Pepe Legal quebrou em menos de um ano.
Sorte ao Nakaba e ao Zenon, mas nunca se esqueçam da máxima: botecos, botecos, amigos à parte.




Direto na têmpora: Pelo interfone - Ritchie

2 comentários:

Anônimo disse...

Isso lembra o caso de um primo meu que tomou mais de trinta chopps no balcão do Bracarense (famoso chopp do Rio de janeiro).
Quando foi pedir a conta, o dono disse para ele: "Cara, você não paga nada hoje. Cliente como você é digno de beber de graça", tal a quantidade de lourinhas geladas que o cara derrubou.

redatozim disse...

Eu já saí com um amigo de um bar chamado Comi a Kilo recebendo a seguinte despedida do garçom: "Deus abençoe o apetite de vocês".