O mercado publicitário já foi um lugar onde se ganhava muito dinheiro, mas muito mesmo, tipo de-com-força-pra-caraio.
Como a grana era muita e tinha muita gente querendo, algumas agências arranjaram uma forma "inteligente" de passar por bonzinhos com seus clientes e continuar faturando horrores.
A idéia básica era dizer pros caras "olha, sua marca é tão fodástica e a gente quer tanto trablhar com vocês que eu nem vou cobrar criação, vou ganhar só na comissão de mídia, beleza?"
E assim ficou, tudo beleza pra todo mundo durante um bom tempo até que chegou a tal da internet.
Os custos de mídia caíram, a própria necessidade de mídia passou a ser questionada em muitos casos, o consumidor passou a escolher o que quer ver, interrupção virou um pecado mortal e as agências passaram a viver um dilema: "como é que eu vou faturar se a mídia já não é mais aquela?"
Cobrar pela inteligência das soluções poderia ser um caminho, mas não foram as próprias agências que falaram pro cliente que essas soluções eram custo zero? Como fazer o cliente entender que ele nunca pagou por criação, mas que agora ela passou a valer muito?
O fato é que algumas agências criaram um monstro e agora todos vão passar aperto para alimentá-lo. Aqueles que pensam à frente já estão buscando soluções para essa questão, outros ainda vivem sonhando com a época das vacas gordas e torcendo pra esse negócio de internet não pegar.
O fato é que a grana está rara, a vida está cara e um novo modelo precisa ser pensado. E quanto mais rápido um consenso ou um vislumbre de caminho for encontrado, melhor para todos nós.
Direto na têmpora: Living Room - Tegan and Sarah
10 comentários:
Realmente faltou ai um pouco de visão para o futuro. Bem, partindo dessa premissa odesafio agora é buscar novos caminhos, ou não?
Sem dúvidas, ndms, agências bacanas como a Tom e muitas outras já buscam esse tipo de solução. Não é fácil, mas eles têm mesmo que tentar.
Maurilo, é isso mesmo que conversamos. Os primeiros impactos disso já podem serem vistos e sentidos. Agora é domesticar esse monstro...
É isso mesmo, Ivo, tem que amansar a fera aos poucos. Ou na porrada, sei lá eu.
comentar aqui o q os outros já comentaram é meio q chover no molhado... mas ressalto q não só a publicidade sofreu com o boom da internet mas os próprios jornais e revistar ou seja a comunicação em um modo geral sofreu e no q diz respeito as agências algumas ainda sofrem por subestimar e ou ñ utilizar deste novo atributo cibernético.
a solução simples é evoluir sempre!
Eu só acho que evoluir sempre é uma solução simples conceitualmente, Marck, mas no que diz respeito à remuneração a coisa ainda é complicada.
Maurilio, eu participo do movimento ambientalista mineiro e essa discussão que você colocou é crucial mesmo. A mente humana criou relações de produção e consumo completamente nefastas e agora precisa de uma reprogramação. Todo mundo fala em mudança de mentalidade. Mas como? Hoje mesmo eu ouvi que educação ambiental serve mesmo é pra incutir culpa nas crianças e nos pobres quando quem degrada mesmo é o poder econômico...Mesmo assim eu quero acreditar na educação, no modelo Freiriano de educação emancipatória, onde o educador antes de tudo aprende para ensinar, sua principal função é promover a cidadania e a ética. Nesse momento, generosidade é fundamental, a deterioração do tecido social é enorme,o problema do mundo é tão grande que temos que atravessar a crise com consciência de que os mais desfavorecidos estão sofrendo muito mais. À luta, Camará, meu pai dizia que tudo que é caro é um barato, no entanto, cada dia mais eu descubro que o barato mesmo é ser simples, quanto mais leve melhor...
Ana Eduarda, sem dúvidas a situação da remuneração em publicidade se assemelha bastanta a outras como favelização de centros urbanos, cuidado com a água, trânsito e etc.
A gente é assim, só enxerga o leite fervendo depois que já derramou no fogão.
é por estas e por outras que nosso trabalho não tá tendo valor...triste.
é isso, mais a falta do suposto saber, mais a juniorização e por aí vai, danny
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