Desde 1993 eu tenho um diploma que servia a dois propósitos, garantir prisão especial e... bom, desde 1993 eu tenho um diploma que servia a um propósito.
A verdade é que o diploma universitário nunca foi obrigatório para o exercício da publicidade e, depois do fim da prisão especial para quem tem curso superior, perdeu quase que a totalidade da sua função.
É lógico que ele ajuda no caso de um concurso e é fundamental para fazer uma pós, mas não passa diso.
Pois bem, esse é o diploma, não é o curso. Ainda acredito que um curso universitário traz outros benefícios que não o diploma para quem quer atuar em publicidade ou jornalismo. Eu fiz Publicidade mesmo sabendo que não precisaria do diploma para exercer a minha profissão e não me arrependo.
Por isso, minhas palavras de consolo aos jornalistas que acabam de ver o valor de seu diploma ser tratado com desdém são as seguintes: é chato, mas não é o fim do mundo.
Não é o diploma que faz um bom profissional. Encarem essa perda de status (com a qual eu convivo mesmo antes de passar no vestibular) apenas como incentivo para serem cada vez melhores no cotidiano da sua função.
Sorte a todos.
Direto na têmpora: Secretly Minnesotan - Tullycraft
19 comentários:
Concordo plenamente... quem dera eu escrever algo assim, são simples e direto...eheheh.
Certa está a dona Adriane Galisteu: "Queria ter feito uma faculdade e não tive dinheiro. Não que eu sinta falta de livros, porque livro a gente compra na esquina, e conhecimento a gente adquire na vida. Eu sinto falta é de contar para os amigos essas histórias que todo mundo tem, do tempo da faculdade."
Isso não dá para comprar... hohoho!
Ainda não entendi se você está me elogiando ou me gozando, Fabio rsrsrsrs
Aí é o outro extremo, né, Eliz?
Sou totalmente a favor da não-obrigatoriedade de se ter diploma de jornalismo para exercer a profissão. E não é por revanchismo (sou graduado em administração, profissão que não exige diploma para ser exercida, com o que sempre concordei).
Diploma não garante qualidade, todos estamos carecas de saber. Nem mesmo nas profissões que o exigem, como medicina e engenharia. A diferença que vejo é que nestas profissões o curso superior parece ser a melhor forma de se prover formação e informação básicas necessárias ao exercício da profissão. O que não ocorre no jornalismo, publicidade e administração. Para estas profissões o curso superior pode ser fonte de conhecimento importante, de troca de experiências, cursá-lo pode ser um diferencial, mas há outras fontes de conhecimento e experiência fora da academia.
Dois dos grandes administradores que conheci são os meus pais, que não tinham curso superior. Grandes jornalistas que estão por aí não fizeram curso de jornalismo; conquistaram o direito de exercer a profissão a partir de um mecanismo que eu não me lembro como chamava, embora já tenha ouvido o Juca Kfouri explicar mais de mil vezes (ele próprio, o Juca, formado em Ciências Sociais, e não em jornalismo). Redatozim deve saber de casos de bons publicitários que não são graduados em publicidade.
Por outro lado, o mundo está cheio de incompetentes diplomados nestas profissões, e em todas as outras.
É como eu disse, Gasta, a faculdade foi fundamental pra mim, já o diploma teve pouquíssima utilidade.
Recomendo sempre um curso superior, até pelo debate sobre questões éticas e teóricas que, se não substituem a prática, complementam.
Agora, realmente, Gasta, o que não falta no mundo são publicitários supercompetentes que nunca passaram por uma faculdade de propaganda.
Diploma não é o pedaço de papel que eu ganhei no final do curso, que hoje está guardado numa pasta.
Diploma são os contatos que fiz e tudo o que aprendi na universidade;
Diploma é o currículo que construí, por mérito próprio, em nove anos no mercado de trabalho (alguns deles como estagiário, ou seja, sem diploma, no papel de profissional);
Diploma são todos os livros que li na vida;
É exatamente isso, Raphael, aquele pedaço de papel com carimbo do Mec não consegue traduzir uma linha de quem você é.
Depende, Redatozim.
Acho que aquele pedaço de papel com carimbo do Mec traduz algumas linhas de quem a pessoa é, sim.
Concordo com os dois primeiros parágrafos do comentário do Raphael. Diploma não é o pedaço de papel e diploma são os contatos e tudo o que ele aprendeu. Discordo dos dois outros parágrafos; acho que o currículo profissional e os livros que leu são outra coisa, talvez mais importantes que o diploma.
Ninguém precisa de diploma para ser administrador, mas se o cara tem um diploma de Harvard isso quer dizer alguma coisa, sim. Já da UFMG nem tanto, porque o camarada pode passar o curso inteiro vagabundando e conseguir o diploma, como alguns colegas meus.
Discordo, Gasta, não é o diploma, é a instituição. O diploma em si, continua dizendo muitoi pouco, na minha opinião.
Harvard é a exceção que confirma a regra da pouca importância do diploma conseguido em 8 entre 10 faculdades brasileiras.
Eu me irrito com o tanto que somos cartorialistas. Esse negócio de ter que "ser selado, registrado, carimbado,
avaliado, rotulado se quiser voar!" me cansa. Diploma é uma coisa, formação é outra. De vez em quando, achamos as duas juntas. Mas é bem de vez em quando mesmo, não é não?
Eu acho que um diploma abre a porta para o desenvolvimento de uma carreira, no entanto, o bom desempenho e o sucesso vem com o valor de quem o carrega e, este valor, com certeza, teve seu inicio em todas as fases escolares, principalmente, na Universidade que, dependendo da INSTITUIÇÃO, contribui muito para a obtenção desses valores
"Diploma é uma coisa, formação é outra. De vez em quando, achamos as duas juntas." Concordo tanto que até twittei, dri.
Para publicitário e jornalista o diploma diz pouco, ndms. É mesmo a formação, universitária ou não, que faz a diferença.
Querido Maurilo, concordo muito com o que você escreveu. Aliás, eu disse ao meu irmão(que é publicitário por dom e conhecimento próprio, não por diploma), que logo todos os diplomas da área de humanas serão abolidos.Eu me formei em 02 universidades, publicidade e adm. Uma pela católica e outra pela ufba. A primeira pelo fascínio, e a segunda pela racionalidade/necessidade. Descobri na vida, que a profissional que sou hoje é 70% das experiências da vida, e quase nada das faculdades!
Eu acho que as pessoas estão confundindo o fim da obrigatoriedade do diploma com o fim da necessidade de uma boa formação, lila, mas enfim, cada um, cada um.
Nossa! o diploma! esse que ainda não busquei? esse mesmo?
Ah sim...
Ser profissional! é isso que conta e agente aprende todo dia.
Eu conheço pessoinhas que tem um caminhão de diplomas e nenhuma formação.
Nada mudou!
Acho que é ruim apenas pelo respeito à profissão, micho, mas na prática a diferença é mínima mesmo.
Pois é, Micho, uma das pessoas mais desagradáveis que conheci neste semestre tinha PhD... Quando digo desagradável quero dizer, sem caráter, ética ou educação.
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