quinta-feira, junho 04, 2009

Tá escrito

Depois de 1984 (o livro, não o ano) eu emendei uma sequência de livros que incluiu "Por quem os sinos dobram", "The Graveyard Book" e "Coraline". Agora estou chegando à metade de "Pergunte ao Pó" e na sequência tem mais 3 ou 4 preparadinhos.

Se eu não tenho um livro novo em casa ou se viajo sem um livro, parece que meu tempo não está sendo bem usado. Em tempos de pouco trabalho (tempos que ainda não vivi na 18), fico inclusive com uma vontade imensa de levar livros e devorar durante o horário comercial.

Não guardo todos os livros que leio. A grande maioria eu doo (sem ^ agora) para centros comunitários de bairro, bazares, etc.

O livro pra mim existe para ser dividido, repartido, apreciado de forma quase comunitária.

Não há sentido em não se dividir a literatura que se produz, seja ela boa ou não. Aliás, literatura é sempre bom para alguém, por isso faço questão de doar livros mesmo que não goste deles.

Talvez seja por isso que eu coloco aqui quase tudo o que escrevo. Porque para mim não há sentido em esperar uma editora, esperar um patrocínio, esperar uma verba que podem não vir e ficar sem ser lido.

E aí, vocês, que não têm nada a ver com essa minha filosofia de boteco sobre a literatura têm que ler essa caralhada de bobagens.

Mas o mundo é assim, injusto mesmo, problema de vocês.




Direto na têmpora: Stella - Ida Maria

12 comentários:

Adriana disse...

Eu acho que existem dois prazeres distintos no que se refere aos livros. Um é ler. O outro é ter. Eu gosto dos dois. Quando saí da casa dos meus pais eu comprei (não de uma vez só, mas aos poucos) os livros que mais tinham marcado minha adolescência e início de juventude. Alguns que não tinha sequer a intenção de reler ... Agora, eu empresto meus livros, o que se constitui num comportamento de risco para quem gosta de tê-los. Perdi a conta dos livros que perdi por conta disso. E dos que tive que recomprar.

redatozim disse...

É verdade, Dri, são realmente dois prazeres diferentes. Eu tinha muito isso com meus discos, mas passou. O mp3 me desapegou da forma. Engraçado isso, nunca tinha parado pra pensar como eu não tenho mais o prazer de "ter"música. Lembrou o "have everything, own nothing", não lembrou?

Gastão disse...

No dia em que me separei, as duas coisas que levei comigo além de roupas e sapatos foram meu violão e meu livro do Millôr (A bíblia do caos).

(Redatozim até me censurou por não ter levado também o Incultos no primeiro "carreto". Depois, claro, peguei livros, discos, aquela coisa dramática)

Eu gosto de ter livros. Gosto de comprar. Sou meio apegado ainda.

redatozim disse...

Gasta, só pra deixar claro, eu adoro comprar livros. É meio uma compulsão, inclusive, principalmente se tem promoção da Cosac Naify. DEpois de lido, é outra história. Guardo uns 20 e de resto é tudo para que alguém mais possa ler.

Unknown disse...

Eu sou uma criatura egoista...sabe o gollum do senhor dos anéis? é assim que eu cuido meus livros.
Os empresto, mas os peço de volta adoro ler e por isso gosto das suas indicações.
Isso também é uma forma de compartilhar a leitura.
Beijo e mais tempo para ler!

redatozim disse...

Taí, micho, no final do ano vou presentear vocês, leitores apegados aos livros com alguns que já li. Topam?

Unknown disse...

Eu vi primeiro!
Eu respondi primeiro!
Eu sou a primeira da lista!
Já estamos em dezembro?

redatozim disse...

hahahahaha olha a gula, micho, vamos repartir direitinho rsrsrs

ndms disse...

Eu ja pensei em juntar todos os livros que tenho ou, pelo menos 90% deles, e doar para alguma biblioteca pública com pouco recurso. Ainda tenho essa meta para cumprir

redatozim disse...

Final do ano passado foram caixas e caixas lá de casa, ndms, se quiser eu te ajudo com o seu lote.

alechandre, o iletrado disse...

redatozim, meu velho, uma pergunta:

quantos livros você lê por ano?

18? 30?

redatozim disse...

longe disso, alexandre, se der 10, tá muito.