Esperara 13 anos por aquele momento. Desde que se tornara sócio do clube era a primeira vez que a via assim, inteiramente sozinha, sem nenhum olhar que a observasse.
Levantou-se com um salto e, movendo-se como um animal que caça, seguiu na direção da moça.
Ele já estava próximo quando ela percebeu sua presença e sorriu. Ele retribuiu com um sorriso que lhe esticava incomodamente a pele pela simpatia forçada que aplicara ao gesto.
Ajeitou os cabelos, abriu a boca para começar o discurso há tanto tempo ensaiado e, quando esticava a mão direita, sentiu o impacto no fundo da garganta.
Imediatamente levou a mão ao pescoço. Sufocava, sentia-se desfalecer e mal sentiu o impacto de sua cabeça contra o chão.
No dia seguinte, quando recebia alta do hospital, só conseguia tocar o curativo na testa e pensar na maldita mosca que havia engolido. Maldito azar. Malditos 13 anos de espera jogados fora.
Direto na têmpora: Man in the Corner Shop - The Jam
10 comentários:
Putz! Que azar!
A vida é cheia desses, tita.
É o tal negócio, em boca fechada não entra mosca...
Don Oliva
hahahahahaha é por aí, don oliva.
Me pergunto o que é pior: falar demais e dar bom dia a cavalo ou falar de menos e comer mosca???
prefiro falar demais, helena... vergonha passa, chance perdida não.
Sacanagem...
é da vida, dri, fazer o quê?
Parece até uma mosca encomendada
encomendada pelo destino, ndms
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