O trilho de trem era a fronteira proibida. Pra lá da linha era outro mundo, que viviam dizendo pra gente não ver. Mas nas tardes mais quentes de dezembro, a gente rompia a descida do Castelo, avançava sobre os limites com bacias na mão e voltava carregado de amoras para casa. Os dedos e o rosto sujos daquele mel escuro, uma parte consumida no caminho e outra na geladeira, qual tesouro, esperando para ser comida na hora da fresca, quando o trem passava lá embaixo.
Direto na têmpora: Kommienezuspadt – Tom Waits
12 comentários:
redatozim, meu velho, vossa suncê por acaso já foi assistir o "i am not there"?
(explico. vi tom waits no direto na têmpora e lembrei do filme, que havia comentado com o gastão.)
saludos.
hasta.
a.
Alexandre, meu pai mandou pra mim um dvd do filme, mas ainda não peguei. Mas o Tom Waits participa do filme? Não sabia. Ele faz papel de quê?
não,o tom waits não faz papel algum no filme.
mas o filme é totalmente excelente, apesar de duas piadinhas, uma com os beatles e outra com os stones.
Sim, sim, sim, preciso muito ver.
Mas o quê qui é isso? Sonhos de uma virgem à margem da ferrovia?
Anyway... é um belo texto.
hahahaha pode ser, Oliva, mas de UM virgem, por favor.
Eu nunca tinha visto amoras...fui "apresentada" a elas em 2006, numa feira de produtos orgânicos, as 5 da manhã..delícia!
Olha só..sou blogueira desde 2002...mas, se trata de um blog meio diário e tal...então, esta semana eu criei um..além de me distrair, escrevo o que gosto, pesco o que acho interessante na rede..enfim...ficaria feliz com sua visita (ou visitas! hehehe)
www.umpoucodegloss.blogspot.com
abração
Putz, eu cresci com elas. Adorava e adoro demais. Ah, já estou respondendo enquanto visito seu blog. Abs.
Alèm das amoras, de vez em quando, uma ida ao bar do japonês comprar picolès e sorvetes....
Pra fazer a vaca preta, ndms, mas aí a gente ia acompanhado, era outra história.
Pura desatenção minha ao ler o seu texto. Pára Don Oliva, pensei eu c'os meus botões. Tenho é que prestar mais atenção para depois fazer comentários. mil perdões...
Mal nenhum foi feito, Don Oliva, relaxe.
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