Elogiar é uma arte. Ofender também.
Meu pai conta que, recém-casado com minha mãe, foram sair para uma festa quando a empregada da casa da família em Ouro Preto olha pra ele, os olhos até brilhando, e se derrama: "Ai, Seu Nilo, o senhor está lindo com essa roupa! Parece até artista de circo!"
A dúvida que fica é apenas se ela elogiou mal ou ofendeu bem pra caramba.
Direto na têmpora: Take me home - Crystal Gayle
8 comentários:
A única vez que me aconteceu algo assim foi quando morei em Portugal, e alguém disse que minha roupa estava engraçada*. "Catso mio - pensei eu - a moça me chamou de palhaço?!!!".
Mas que nada, o "m'nina" queria apenas referir (lá não usam '-se') que a roupa tinha graça. hehehe
(*) até estou contando este causo num post que em breve vou publicar no "Casos" da propaganda.
hahahahahahah!
muito boa essa! vou incorporar à minha gama de elogios a você, menino.
E o pior é que, quando eu falo com portugueses, sempre tenho a impressão de que, falando com aquela educação toda, eles estã é tirando sarro com a minha cara. Ah, não deixe de ler no Díário de Blindness o encontro entre o Fernando Meirelles e o Saramago em um restaurantezinho de Portugal chamado Farta Brutos. Simplesmente genial, Don Oliva.
E o pior, Roger, é que não importa em qual área do circo você atue, o comentário mantém a força.
Até postei um singelo comentário no post. Merece. Afinal um "téte-à-téte" com um Saramago não pode passar em brancas nuvens. Não é à toa que tem quase 80 comentários.
Isso sem falar nos gringos boiando porque o Fernando e o Saramago conversavam em portugês. Bacana demais.
Também, canadenses que não falam francês. Coisa de saxônicos pré-potentes... Afinal, o francês é a segunda língua do país, e devia ser (talvez até o seja) obrigatório no ensino. Mesmo na distante Colúmbia Britânica...
Verdade.
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