terça-feira, novembro 14, 2006

O que ha de novo, velhinho?

Caso verídico da Alcântara ou da Bros, mas a memória não ajuda a definir qual. Reunião com o cliente (juro que não me lembro qual também), campanha apresentada, toda a agência confiante e vem a resposta: "Não sei se eu gostei não. Acho que ninguém nunca fez um negócios desses. Eu pelo menos nunca vi isso."
Resposta sem pensar deste infeliz aqui: "Aaahhhnnnn, ok. Mas... não é pra isso que a gente é pago?"
Bom, o resultado foi que refizemos tudo e mandamos pra mídia uma idéia que todo mundo já tinha feito. O cliente amou.




Direto na têmpora: Same O' Same - Hepcat

4 comentários:

Anônimo disse...

Meu caro Maurilo, nessas horas, podemos nos valer dos ensinamentos de velhos homens do comércio varejista, como nesse caso, que meu cunhado me contou. Ele, adolescente, trabalhava numa sapataria, no fim dos anos 60, próxima à Perfumaria Lourdes no coração do centro da cidade, na Praça 7. Um senhora estava sendo atendida pelo melhor vendedor da loja, com seus mais de 30 anos de bagagem no varejo. Após revirar a loja toda atrás do par perfeito - para quem não se lembra, nas antigas sapatarias, todos os sapatos ficavam acondicionados em caixas, em estantes e prateleiras altíssimas, acessadas com o uso de escadas que deslizavam sobre rodízios - virou-se para o vendedor e disse: obrigado, eu vou dar mais uma voltinha. De imediato, o experiente vendedor tomou a consumidora pelo pulso e num movimento acrobático, quase coreografado, como num pas de deux, aplicou-lhe um giro de 360 graus e vaticinou: a voltinha a senhora já deu, vai levar na caixa ou quer que embrulhe. Ao que a senhora respondeu: na caixa, obrigada.
Moral da história: um tratamentozinho de choque, de vez em quando, não faz mal a ninguém.

redatozim disse...

Outro dia fizemos um curso em que o cara disse uma coisa que é muito verdade: as agências, em especial o atendimento, estão cada vez mais parecidas com o cliente e isso é perigoso pra caralho.
Não dá pra falar no mesmo nível, achar que as prioridades são iguais. Tem que ter um toquezinho de loucura pra fazer ele "dar uma voltinha" e andar direito. Excelente contribuição Zé. Valeu!

Anônimo disse...

Menino, sua memória continua seletiva.

redatozim disse...

ou então é velhice mesmo