segunda-feira, julho 06, 2009

Mega campanhas

Não acontece com poucos, não é privilégio de um único cliente, mas ainda assim essa campanha merece que eu passe o histórico.

Primeira parte: mega campanha; reunião com dezenas (sério, mais de 30) pessoas, incluindo representantes de outros países; lançamento de produto; verba enorme e expectativas gigantes.

Segunda parte: trapalhadas para resolver o nome do produto; briefing confuso e em constante mutação; cooperação internacional e noites viradas.

Terceira parte: conceito aclamado; estratégia é elogiada e ampliada; verba nas alturas; prêmios e reconhecimento mundial povoam as mentes da agência e do cliente.

Quarta parte: Pitacos a torto e a direito; idéia mutilada, porém viva; verba dilacerada; lançamento adiado seguidas vezes.

Quinta parte: aos trancos e barrancos saem as primeiras peças; a mídia é risível; o conceito só pode ser visto se buscado com microscópio.

Sexta e última parte. Quase dois anos depois do início da peleja uma reunião é feita para começar o trabalho do zero, com um novo briefing que ignora tudo o que já foi feito.

Senhoras e senhores, o maravilhoso mundo da propaganda!


PS - Não, não foi (graças a Deus) na ProBrasil.




Direto na têmpora: When it comes to you - Ida Maria

10 comentários:

@thiagoff disse...

Alguém sabe como faço para ser vendedor de Yakult? kkk..

Jonga Olivieri disse...

Tive um caso semelhante na Nova Proudon, uma agência aqui do Rio, que tinha a conta da Itambé, pelo fato de ter uma filial em Beagá. Aliás, acho mesmo que fundou a filiala pra ter a conta.
Mas, pra não me estender demais. Ganhamos uma concorrência para o lançamento de Adocyl. Uma PUUUUUUTAAA de uma campanha.
Como havia naquela época (talvez cê nem fosse nascido) uma dessas guerrinhas provocadas por lobbys combatendo o ciclamato. E Adocyl era o único adoçante sem ciclamato, criamos uma temática dupirú. Simplesmente: “Depois da tempestade veio Adocyl”.
Putas layouts em que dominava a emablagem, uma campanha limpa; que eu teria até hoje no meu portfólio (apesar de ter sido criada em 1969). Mas já que era 69, surgiu a sacanagem idem, ibidem como na sua... A verba encolheu, não houve TV. E o anúncio foi todo modificado tendo a embalagem --muito pior do que a que havíamos sugerido—e o cliente ainda fez questão de colocar uma bandeja de prata com umas xicrinhas cafonas... Ou melhor: barangas mesmo!
Poucos anos depois, saiu numa coleção da Abril cujas contracapas eram a”história da propaganda no Brasil contada por anúncios”.
Eu nunca disse a ninguem que aquele anuncio era meu. Até porque não era mesmo!!!
Don Oliva

redatozim disse...

Pois é, Thiagoff, você pode começar comprando um carrinho na minha mão. Divido em 3 parcelas e aceito Mastercard.

redatozim disse...

Ou seja, Don Oliva, de 69 pra cá, só mudou mesmo foi a chegada do computador... de resto é a mesma lenga lenga.

danny falabella disse...

este "filme" passa na mairia das agencias..infelizmente...já vi..neguinho espera aquele climax orgasmo multiplo e ai vem uma brochadassa....

(ta bom, ficou sexual mas quer caso mais fudido que este de campanha que se reduz a nada??hehe)

Josi disse...

Meuuuuuu MIMATA!!!!
Nessas horas que a gente pensa: pq meus pais não fizeram uma fortuna incalculável pra eu ser herdeira e nem precisar saber que uma lenga lenga dessa existe?
Boa sorte, mas é cada um com as mazelas de sua profissão fazer o que, existem as contas pra pagar..rsrs
T+

Jonga Olivieri disse...

Acho até que já contei aqui, mas vale a pena relembrar que tive um cliente cuja alcunha era "rei Mirdas", porque tudo que tocava virava merda.
É isso aí...
Don Oliva

redatozim disse...

danny, e se vai reduzir, porque não se muda uma vez só? Você mobiliza tudo pra receber o rei da birmânia e vem o porteiro do prédio, pô.

redatozim disse...

E minha chance de casar com mulher rica eu perdi, josi rsrsrs

redatozim disse...

vc já falou do mirdas, sim, don oliva, mas ele está sempre presente.