No primeiro turno das eleições presidenciais de 2002 votei em Ciro Gomes. No segundo turno fui de Lula, acreditando em um candidato que trazia pelo menos um histórico de honestidade.
No primeiro turno das eleições presidenciais de 2006 votei em Cristovam Buarque e, entre Alckmin e Lula, optei pelo segundo, mas apenas pelos números sociais e já sem nenhuma ilusão diante de sua postura ética.
Ano passado, no segundo turno das eleições municipais de Belo Horizonte, anulei o primeiro voto da minha história como eleitor. A cada dia mais me arrependo por não tê-lo feito quando tive a chance entre Lula e Alckmin.
Mais do que vergonha, tenho nojo deste Lula apegado a um projeto de poder que prescinde da ética, da moral e, cada vez mais, da memória.
Lula hoje é Sarney, é Renan Calheiros, é Fernando Collor. Lula é quem for preciso para continuar lá em cima com o seu PT. Lula desrespeita sua própria história e desdenha do povo brasileiro.
O grande lance é que nem Lula está se fodendo para a sua história e nem o povo está se lixando pra coisa alguma. Somos um país de zé povinho, que engole qualquer coisa, que aceita tudo e que se satisfaz com migalhas. A ética e o respeito aqui estão em vigésimo plano.
A verdade, caríssimos, é que nós temos mesmo é que tomar ferro. Nós, como povo, não funcionamos e nem funcionaremos em uma sociedade minimamente moral onde as regras se cumpram e a punição se aplique. Não é do nosso feitio.
Nós (inclusive eu) gostamos mesmo é de sonegar, de dirigir usando o celular, de falsificar carteirinha de estudantes, de passar o outro pra trás e dizer que político não presta.
Nós gostamos mesmo é de bandalheira, de tudo debaixo dos panos. Nós queremos pão, circo e propina. Nós não somos, a exemplo do nosso presidente, um povo sério.
Unidos em prol do Brasil.
Direto na têmpora: We used to vacation - Cold War Kids
8 comentários:
poisé, a história de mensalão/pt/etc. me brochou com a política. no primeiro turno das eleições de 2006 eu castiguei o lula com voto nulo - como vários eleitores fizeram. (e o lula estava certo de ganhar no primeiro turno, hein?). aí, no segundo, eu não pude deixar o serra ganhar - jamais! é isso. aí depois vem newton cardoso, sarney, collor... aiaiai. platão falava que o homem é um animal político, brecht ia na mesma linha e pregava o seu engajamento como alimento para a sustentabilidade da vida do homem. mas que eu brochei, brochei. deu pt.
aquele abraço
O Brasil é cada vez mais um país brocha, Aroeira, infelizmente.
olha maurilo, tudo que vc disse é a mais pura verdade...exceto que a ética e o respeito estão em vigésimo plano..eu acho que a coisa é mais feia que isso...vc foi bem otimista...tem gente que nem sabe o conceito destas duas coisas...e infelizmente é a esmagadora maioria lá no poder e tb fora dele...
eu realmente sou um otmisita irrecuperável, danny rsrsrs
a coisa é feia demais mesmo
Maurilio, desde 2006 eu parei de votar, seja a nível federal, estadual e o municipal. Simplesmente pago a multa pro TRE e sigo minha vida.
Alienação ?
Não... vou fazer 60 anos e não tenho mais saco de ver os mesmos infelizes eleitos e reeleitos, ano após ano, eleição após eleição.
Ótimo texto, por falar nisso.
Sinceramente, Cejunior, não tenho o menor problema em ser chamado de alienado na atual conjuntura.
Não acho sábio tomar partido quando não existe solução.
Obrigado pelo elogio.
Uhuuuuuuuuu os impresentaveis ( palavra que eu inventei porque aqui pode tudo)ao ataque de novo.
Você falou tudo.
pêsames pra nós, micho rs
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