Neste feriado disseram que sou um bom pai. Não sei se sou, mas agradeci. O fato é que sou egoísta e contraditório na paternidade.
O que alguns enxergam como carinho, por exemplo, é uma forma de satisfazer esta necessidade absurda de contato com o meu docinho.
O que pensam ser atenção, não passa de um infinito medo de perder a minha Sophia por 15 minutos que sejam.
Não crio minha filha para o mundo. Crio-a para mim, cega e obstinadamente. Que se exploda o mundo.
Se depender deste velho pai egoísta, não haverá outro pouso para a minha Sophia que não sejam os meus braços.
E no entanto é tão lindo vê-la aprendendo a voar.
Direto na têmpora: Born to be alive – Patrick Hernandez
8 comentários:
Você vai sofrer Maurilo. Haa vai...
Somos seres dúbios, nós os pais. Ao mesmo tempo que ensinamos a voar, queremos que nunca cresçam o suficiente, com medo de perdê-los de vista! Mas isso não lhe tira o mérito de ser um bom pai!
Isso é da função, cabido, não tem como evitar.
É verdade, lila, e é duro conviver com essa dualidade.
Bom,eu li o post e fiquei pensando...sou como você a pior mãe do mundo, e devo dizer que desde que Gabriel nasceu eu rezo, rezo mais do que nunca para que eu saiba deixar ele voar.
Aimeudeus! que meda!
e é muito difícil mesmo, micho. Deus nos ilumine.
Que Deus abençoe e ayude a vocês nessa caminhada. Bem, os avós também estão por perto para qualquer apôio
Contamos com isso, ndms.
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