Lá se foi mais uma Copa do Mundo. Em 70 eu não era nascido; não me lembro de nada de 74 e sobre a de 78 só me recordo do papel picado no campo e de meu pai dizendo que o Brasil saiu invicto.
Em 82 pintei ruas, acreditei, torci e chorei. Em 86 acreditei, torci, bebi e já não chorei. Em 90 não era mais menino e não me empolguei. Em 94 assisti praticamente a tudo do hospital, menos a final que fui ver em casa e que comemorei ainda deitado, estranhando as muletas.
Em 98 torci baixo porque meu sobrinho/afilhado estava em casa. Em 2002 fui campeão novamente, mas dessa vez comemorei em um horário estranho, na cama com minha Fer.
Em 2006 fui torcedor-pai e passei raiva na agência (a mesma Tom pra onde voltei faz um ano) com uma seleção esquisitinha.
Em 2010 vi um técnico que não era técnico e um futebol brasileiro que não era brasileiro. Mas vi também uma final inédita e a Espanha acabando com o estigma de sempre chegar perto, mas nunca chegar lá.
Em 2014 vou assistir a Copa aqui mesmo, quem sabe levar Sophia ao campo. Vou torcer como sempre torço e se vier o título, ótimo. Mas já não vou mais esperar o próximo técnico, o próximo craque, o próximo gênio, a próxima Copa, como eu já fiz um dia.
Hoje eu tenho mais pelo que torcer.
Direto na têmpora: Don't stop believing - Journey
5 comentários:
Em 2014 eu vou torcer para que, até lá, eu consiga um certificado profissional de fotografia e consiga fotografar essa copa de dentro do campo!
Opa! Ótimo motivo pra torcer, Rapha.
Com uma espanhola dessas, já mudei de time.
Arriba, Sophia!
Arriba, Sophia, PC.
e nela vale a pena torcer! dá só orgulho!
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