Eu respeito as religiões, mas sou apaixonado mesmo pela fé. A mesquita azul, a música de Bach e os templos budistas estão separados pela religião, mas unidos pela fé.
Quando Handel compõe "For Unto Us a Child is Born" e eu ouço no meio do trânsito no volume mais alto, não é apenas a admiração de uma obra de arte, mas uma comunhão de fé, mesmo que efêmera.
Por isso eu me emociono em batizados, com o amor derramado sobre uma criança; por isso eu me comovo com a manga de camisa rasgada dos judeus, sinalizando que a morte de um ente é motivo para esquecer as vaidades; por isso me encanto com lendas que dizem que esta parte mais funda bem no centro do lábio superior é a marca do dedo de um anjo pedindo silêncio sobre os céus.
Conceber um filho é, para mim, um ato de fé irracional e apaixonado. E é belo como poucas outras coisas neste mundo. E quando olho para Sophia, é assim que me sinto, banhado de fé e certo de que o mundo para ela será bom.
Direto na têmpora: Falls - Ennio Morricone
6 comentários:
lágrimas pelo post, por também reconhecer no meu filho um alimento para a fé...Compartilhar o desejo de que o mundo seja um lugar melhor para nossos filhos é a comunhão mais sincera de fé que existe no mundo.
Obrigada por pensar coisas tão lindas mestre!
beijo emociondo.
Beijo, micho
lindo. Me junto a vc nesta fé por um mundo melhor para nossos filhos.
Nem que seja o pequeno mundo que a gente possa construir pra eles.
É isso aí meu filho, com fé iremos construindo um mundo melhor para as Sophias, Olivias, Luccas, Samueis e para todas as crianças desse mundo
É tentar, acreditar e ver onde vamos.
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