Eu adoro personagens que falam sem que você compreenda absolutamente nada do que eles dizem. Bons exemplos são o Pato Donald, Zé Buscapé e o Klunk, da Esquadrilha Abutre, que sempre inventava o diabo pra pegar o pombo Doodle.
Na vida real tive contato com duas figuras desta gloriosa estirpe. Primeiro, o Seu Rafa, que trabalhava no Clube Morro do Pilar e que vivia nos dando esporro, embora nunca conseguíssemos entender porquê.
Outro era o Tião, do Colégio São Francisco Xavier, que comandava os corredores berrando ordens ininteligíveis para os alunos passantes.
Boas pessoas, que trazem boas lembranças e que hoje, quando recebo certos emails ou pedidos, parece que poderiam muito bem trabalhar com publicidade. Falam, falam, falam e a gente não entende lhufas.
Cuméquié, Klunk?
Direto na têmpora: Almanaque – Chico Buarque
14 comentários:
Conheço vários que trabalham.
P.S.- Podem até dizer que é mentira, mas ninguém me tira da cabeça que quem dublava o Klunk era o João Bosco (cantor).
Boa teoria a do João Bosco, Leo. Não sei se tem fundamento, mas que é boa, é.
Aqui na agência tem o Seu Zezinho, que serve café. Não entendo metade das coisas que ele fala, mas ele é um amor!
Chamo isso de " cantinflar " Você lembra do Cantinflas ? Falava muito, sobre qualquer assunto mas ao final não dizia nada
ô seu redatozim, não faz muita diferença das conversas entre a molecada de hoje em dia.
é tipovéio pra lá e pra cá que eu não entendo patavina.
Isso é o que importa, Heleninha, gostar da pessoa mesmo sem entender o que ela diz.
ndms, claro que não me lembro do Cantinflas, mas entendo a observação.
E na internet? Putz, Alexandre, me sinto uma múmia.
Não vamos muito longe: aqui mesmo no pastelzinho de, vez em quando, conforme o assunto tratado me sinto como se estivesse em outra galaxia
Olha só, ndms, eu sem saber também sou o Klunk.
Redatozim, meu irmão, na nossa confraria do Loyola temos um colega que tinha sérios problemas para se comunicar, você bem se lembra... Parece que melhorou com o tempo. Tomara, aliás, porque ele é médico de UTI e de atendimento de urgência, se o auxiliar dele não o compreender pode dar um problema sério.
Belíssima lembrança, Gastão. Melhorou sim, e muito, sorte dos pacientes.
O caso mais engraçado que eu conheci foi na Salles: o "Tarrim".
Pra começo de conversa o apelido vinha de "tá ruim" que ele dizia quando alguma cópia fotográfica que não havia ficado boa.
Tarrim era o laboratorista da agência. Como naquele tempo (1980)não tinha computador, tudo era feito a partir de layouts fotográficos e as artes finais com "bromuros", também fotográficos.
Daí a gente ficava às vezes uma tarde inteira com o Tarrim no laboratório. E entender o cara?
Chegava a um ponto que você balançava a cabeça ou dizia: "Éééé!" e deixava correr...
Essa sempre será a melhor tática, Don Oliva, concorda e deixa seguir. Melhor do que tentar entender.
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