terça-feira, janeiro 29, 2008

O mal

Meu amigo Leozinho sempre diz que “para o mal não há limites”. Concordo plenamente e cada dia mais com ele. Tem sempre jeito de piorar algo, de ser mais escroto, mais desrespeitoso, mais prepotente.

Não estou nem falando dos crimes bárbaros e fatos hediondos que se aproximam cada vez mais de nós. O papo é mais simples. Falo é de gente que se encarapita no talento dos outros pra fazer o próprio filme, gente que abusa do pequeno poder que tem.

Aliás, sempre achei que o problema do mundo é o pequeno poder. O porteiro da boite que se acha o dono do lugar, o cara do telemarketing que está pouco se lixando para o seu problema, o flanelinha que guarda vaga para o bacana. Gente que se arvora no único e diminuto poder que possui para tiranizar seu relacionamento com os outros.

E aí eu concordo cada vez mais com meu grande e sumido amigo Jônio Bethônico: “tantas pessoas para matar e tão pouco tempo”.




Direto na têmpora: The bees - Belly

8 comentários:

Gláucio disse...

Tem um amigo meu que fala algo que que acho bem válido tb. Ele comenta do Incompetente motivado. Que o cara que é um merda, mas está extremamente motivado para fazer suas merdas e outras mais :D.

Anônimo disse...

Uma das raposas da política brasileira ( José Maria Alkimin ), ja dizia na época da ditadura: " na ditadura, eu aprendi a não ter medo dos generais, mas sim, do guarda da esquina "

redatozim disse...

Sensacional, Glauquito. Falei essa aqui e me lembraram de uma frase do Maluf que dizia que a pior coisa do mundo é um burro com iniciativa.

redatozim disse...

Perfeita essa, ndms, é a puríssima verdade.

o Humberto disse...

Se seu texto tivesse sido publicado antes da seleção pro mestrado eu tinha anexado à minha proposta. Porque o doído não foi ter sido reprovado, foi ter sido reprovado por um bando de merda se achando os últimos Copérnicos da humanidade.

Não seria o caso de chamar o saudoso Jeremias pra matar uns mil desse tipo?

redatozim disse...

Opa, Humberto, cuidado ao mencionar o Jeremias, o homem tá processando geral. Até a camiseteria tá correndo o risco de dançar nessa.

Anônimo disse...

O pior é concluir que "o poder corrompe", e mais: distorce a real dimensão da força, que por vezes se concentra em um "petit monde" medíocre e sem nenhuma importância.
É demais, mas é a realidade de alguns que fazem de situações idiotas uma razão de provar a si mesmos que estão por cima da carne seca. Muitas vezes já apodrecida.

redatozim disse...

E qualquer poderzinho corrompe, nem precisa ser muito não, Don Oliva.