quinta-feira, janeiro 10, 2008

O gingante, o mendingo e o indiota

Um publicitário que conheci tinha um estranho hábito: concordava a cor "laranja" com o gênero. Por exemplo, o sapato, por ser masculino, seria laranjo, enquanto que a camisa seria laranja.

Eu sei que a cor é alaranjada, e que aí sim concorda lindamente com o gênero (o sapato alaranjado, ó sim, o sapato alaranjado). No entanto, o supracitado esmerava-se em emitir opiniões sobre o layout laranjo, o muro laranjo, o vestido laranjo, inclusive em reuniões importantes, para a vergonha / divertimento do restante da equipe.

Havia outro que dizia "vincular a campanha" e ainda um que cismava em "disconcordar" com o cliente. E o pior é que hoje me lembro de cada um deles muito mais por estes lapsos de fala do que pelas qualidades ou defeitos profissionais.

Foi por isso que, durante a apresentação do trabalho final da minha matéria, fiz questão de reforçar com os alunos que, tão importante quando a campanha em si, era o cuidado em referir-se ao produto sempre como iogurte e pelamordedeus nunca, nunca mesmo, como "iorgute".




Direto na têmpora: Choro de Memórias - Paulinho da Viola

6 comentários:

Anônimo disse...

É verdade Maurilão......
Eu conheço um ex. atendimento, hoje dono de agência e possível milionário num futuro próximo.
Sua bebida preferida é "uma guaraná Kuait".
E não sei como ele ainda conseguiu escrever ônibus errado.

Talvez seja o nosso patrão daqui uns 5 anos.

SOCORRO.

redatozim disse...

Guaraná Kuait é duro. A grafia de ônibus era algo no estilo onebos?

ars351 disse...

redatozim, eu às vezes me pergunto por que parei de sair com uma mocinha que desconhecia o significado de "atípico".

nota: a mocinha em questão é estudante de direito.
possivelmente vai ser uma 'adevogada', exercerá a nobre profissão da 'adevogacia'.

redatozim disse...

Toomuchcoffeeman, eutenho um amigo que deixou de sair com uma menina porque o nick dela no msn era "deixa a vida mim levar". Eu deixaria também. Acho q vc decidiu certo.

Anônimo disse...

Conheci(emos) um que falava "laranjo" sem parar. Até porque a empresa dele tinha a cor "laranjo". E eu acho que a dita empresa é laranja. hehehe!
Todavia é uma expressão interiorana de algumas regiões. Assim como "assenta" aí e outras que não me vêm à memória no momento.

redatozim disse...

É, Don Oliva, no coloquial vá lá, mas na frente do cliente tem que tomar cuidado.