Ontem fui comemorar o Dia dos Namorados em um concerto sensacional do Nelson Freire. Simplesmente impecável até que ele resolve, no terceiro bis, tocar Jesus Alegria dos Homens. Nada contra a música em questão, pelamordedeus nem pensem nisso, mas é que assim que ele começou a tocar o jagunço atrás de mim começou a solfejar a canção. Foi uma experiência difícil, mas o incauto foi abafado pelos protestos gerais e calou-se.
Aí eu lembrei do dia em que eu e Fernanda fomos a São Paulo assistir a Carreras, Domingo e Pavarotti, mas acabamos curtindo um show dos Quatro Tenores. Sim, é verdade, atrás de nós, acompanhado do filho e de alguns amigos, o quarto tenor exibia seus maviosos gorjeios em acompanhamento aos três esforçados cantores.
Pouco importava que ele não conhecesse a letra, que sua afinação fosse questionável e sua voz medonha, o importante era deixar falar (ou no caso praticamente berrar) a emoção. Não adiantou também que eu me virasse incessantemente, fizesse “ssshhhhhh” ou mesmo exclamasse “cala a boca, caralho”. Não, não, não. O quarto tenor estava ali e não iria deixar de lado o seu grande momento passar incólume.
E eu ali, só pensando que iria passar a noite em um motel de beira de estrada e depois dirigir mais 500 km pra voltar a BH na manhã seguinte. Malditos cantores de platéia!
Direto na têmpora: 4:33 AM (Running Shoes) – Roger Waters
4 comentários:
hahahaha, achei seu blog hj e adorei: malditos cantores de platéia!
Depois de quase 14 horas de fila para comprar ingresso do show do Chico, também passei por isso com duas tiazonas que além de pensar que eram back vocals ainda gritavam: eu te amooooooo chicooooooooo! Devia ter multa ou devolução do ingresso nesses casos!
Qdo puder, passe nos meus cafofos: domcaixote.blogspot.com
perulas.blogspot.com
Diga-me ml, pelo menos elas sabiam a letra? Malditas cantoras de platéia.
Bom, seu comentário me deixou feliz pelo fato do solfejador insano não ter gritado "Nelson, você é lindo!". Seria nomínimo constrangedor em um concerto de piano.
Ah, e pode deixar que vou passar nos blogs depois. Inté.
tá lançado o desafio: durante uma sessão tripla eu também vou, e a gente assenta cada um de um lado do cinema, só pra ver quem é mais pára-raio. combinado?
Até topo o desafio, só acho que a chance de empate é enorme. E mesmo que não dê empate, ninguém ganha nesse jogo. Malditos celulares no cinema!
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