Oscar Schmidt foi um excelente pontuador no basquete. Seu arremesso de três pontos era mortal e o Brasil deve a ele o ouro e uma partida memorável, que deveria virar filme, na final do Panamericano de 87 contra os americanos.
Michael Jordan começou a carreira como um jogador ágil, de grande impulsão, atlético e excelente pontuador. Excelente na universidade, entrou na NBA como uma grande promessa.
Não satisfeito, Michael Jordan praticou e desenvolveu um arremesso de média e longa distância extremamente eficiente, transformou sua presença no garrafão em uma ameaça real, tornou-se um jogador de defesa implacável e um "passador" dos melhores.
Ainda hoje é considerado o melhor jogador de basquete da história.
Seria injusto da minha parte dizer que Oscar nunca trabalhou para melhorar as outras partes do seu jogo, mas se trabalhou não teve muito sucesso. Tornou-se um jogador que investiu em seu ponto forte até se tornar excelente nele, mas ficou unidimensional.
Jordan investiu tempo e esforço justamente no que não era bom. Tornou-se completo, versátil, praticamente impossível de ser detido. Recusou-se a tentar cobrir seus defeitos com seus pontos fortes e evoluiu. Encarou cada limitação de frente e trabalhou à exaustão.
Fica aí um bom conselho para você que é excelente em um tipo de função. Quando disser "eu não sou bom nisso", não o faça como uma desculpa para se livrar da tarefa, mas como promessa de que vai melhorar. Torne-se indispensável por vários motivos e não apenas por um.
Acredite, é sempre bom ter um "jogo" mais completo.
Direto na têmpora: Dirty boots - Sonic Youth
4 comentários:
... e "teje" dito!
vlw
Grande texto amigo Jack. Me inspirou bastante nos "quenãosouzismos" que tenho. Abs.
Que bom, Cris. Suerte!
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