Nunca fui muito fa da Adriana Calcanhotto. Pra falar a verdade, ate quando ela vira Partimpim me cansa um pouco. Mas tem uma musica que ela canta - nao me dei ao trabalho de procurar quem compos - que eu acho sensacional. Pra mim, eh a traducao mais perfeita de que, por mais que mudemos, por mais que sejamos outros e novos, quem a gente foi um dia nunca deixa de existir. Nem que seja em memoria.
Não adianta mentir pra mim mesma
Ficar me enganando, tentando dizer
Que nunca na vida, nunca na vida eu gostei de pão doce
Porque por mais que eu queira esconder
A verdade é que eu adorava pão doce
Não podia passar sem pão doce
Bastava ver padaria, que logo eu ia, que logo eu ia
Comprar
Não adianta mentir pra mim mesma
Porque no fundo, porque no fundo eu sei muito bem
Que essa história toda de não comer açúcar
Que essa história toda de não comer pão branco
Que essa história toda de viver de mel e pão integral
Isso tudo só foi começar muito depois
Depois de um tempo em que eu era
Tão completamente ingênua
Tão sem força de vontade
Que as doces delicadezas
De qualquer guloseima
Lânguidas me seduziam
E minha língua sofria
De incontrolável fascínio
Por cremes dourados
E frutas cristalizadas
Feito rubis incrustadas
Nas crostas crocantes dos pães
Mas hoje
Hoje tudo é diferente
Se eu olho pruma padaria, me ponho cismando, chego a duvidar
Como é que pôde um dia
Eu ter entrado tanto lá!...
Porque por mais que eu queira, mas que eu queira
Mentir pra mim mesma
Ficar me enganando, tentando dizer
Que nunca na vida, nunca na vida eu gostei de pão doce
Fazendo um exame detido, sendo sincera, eu tenho que admitir
Que a verdade, meus amigos
(pelo menos no que tange a trigos)
A verdade no duro, doa a quem doer
A verdade é que eu adorava pão doce
A verdade é que eu adorava pão doce
A verdade é que eu adorava pão doce...
Direto na tempora: Little Furry Bugs - Death Cab for Cutie
14 comentários:
humm post falando em pão doce...isso é efeito de dieta...hehehe
Ei-lo, Maurilo! Carlos Sandroni foi quem escreveu a música. Beijos, Dea.
Oi, Maurilio. Sempre fico caladinha, soh me deliciando com seus post, mas hoje resolvi aparecer.
Esse eh o meu maior motivo de discussoes filosoficas com o meu marido. Sempre, claro, regado a muito vinho que eh para amaciar os pensamento. Diferente do meu marido, eu acho que a gente muda, sim! E eh essa a grande beleza da vida. Se um amiguinho de sala da quinta seria me encontrar hj, ele provavelmente vai pensar estar encontrando aquela menina timida e quieta que existia naquela epoca. Nao a mulher resolvida, falante e confiante que batalhei muito para me tornar.
Nao fosse assim, a gente podia sempre colocar a culpa na criacao, na infancia, na mae o em quem mais for para perpetuar os comportamentos que a gente acha errado mas nao tem a forca e a coragem para mudar.
Beijos para vc e na sua Sophia linda.
Tata,
Não conhecia a música,tb não sou mto fã dela,mas a letra é absurdamente perfeita.EU ADORO PÃO DOCE! A parte da padaria é ótima!
tim maia tinha razão, né não?
eu só quero chocolate.
ainda que prefire a marisa cantando.
hahahaha que nada, Danny, eu conheço essa música é de um tempo bem pré-dieta
Não conheço Carlos Sandroni, mas valeu, Déa.
É isso aí, Tata, todo mundo tem direito a deixar de gostar de pão doce e aderir ao pão decenteio.
Eu não entendo porque alguém faria isso, mas que tem o direito, tem.
Eu sempre achei essa letra muito bacana, Ilda. E só de saber que é de outro que não da Calcanhotto eu acho mais legal ainda. Brincadeirinha, a versão dela é bem legal.
eu prefiro o tim maia, alexandre, mas eu também quero chocolate, mesmo sem poder por enquanto.
Eu sempre amei essa música na voz da Calcanhoto, principalmente pela dramaticidade que ela imprimia ao canto... e a música é tudo isso que você falou. Abraços, Rebecca Leão
Eu também gosto muito da interpretação dela, Rebecca. A música é muito legal mesmo.
o negócio não é o fato de conhecer a música..são os posts sugestivos...hehehe
sugestivo demais mesmo, danny, mesmo eu negando rsrsrs
Postar um comentário