O Paulo Silva disse hoje uma frase simplesmente sensacional: “o pior cliente é aquele com tempo”. E o pior é que essa verdade absoluta se aplica perfeitamente às mais diversas áreas do convívio humano.
Tempo para pensar depois da obra criada é tempo para a mente criar dúvidas, inventar problemas, confundir o simples. Na publicidade, por exemplo, não falha nunca: quanto mais tempo o cliente tem pra pensar, pior a campanha. Pode confiar, é batata.
Havia uma escritora (talvez Rachel de Queiroz), que falava algo mais ou menos assim: “escrevo sempre até tarde da noite e pela manhã reviso tudo cuidadosamente. Depois, mando pro meu editor e só vejo o material de novo quando já está publicado. Se não for assim, os livros não ficam prontos nunca”.
Concordo com ela. Pense muito antes de fazer, mas depois, relaxe e deixe o trabalho existir. Em quase 100% dos casos a emenda costuma ser pior (bem pior) que o soneto.
Direto na têmpora: Noturno - Fagner
6 comentários:
É similar ao "prazo longo" dentro de uma agência.
Temos o péssimo hábito de, pelo contrário, termos prazos exíguos demais. Mas quando acontece o oposto aí o bicho pega: équestionamento daqui e dalí. Sempre tem algum pra levantar uma lebre.
Ah, se pudéssemos ter o tempo ideal... uma utopia na publicidade.
Sei não, Don Oliva, só uma postura mais profissional já ajudava pra caramba.
Daí... a "utopia"!
Pois é, Oliva, foi aí que eu quis ressaltar, que mesmo com o prazo perfeito, utópico, a falta de profissionalismo atrapalha. Ou seja, o prazo pode ser até problemático, desde que as pessoas hajam com seriedade. Enfim, devaneios.
O pior são os clientes que juram que entendem mais do nosso trabalho do que a gente mesmo... No nosso caso, tem engenheiro/jornalista, arquiteto/jornalista, jogador/jornalista, advogado/jornalista e por aí vai. Uma amiga minha começou agora a trabalhar com comunicação empresarial e esta foi a descoberta mais trite para ela.
Esse é o famoso "suposto saber", Liene. Fiz até post sobre a falta dele aqui.
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