quinta-feira, junho 16, 2011

Ponto final

O ponto se sente pequenininho, sem graça, sozinho, somente um pontinho.

Não tem o topete ondulado do til, nem a coluna ereta da exclamação. Não se curva em interrogações, não se repete em reticências, não se alonga em uma pausa de vírgula.

Não começa a conversa como um travessão, não une palavras para criar outras como um hífen, não se equilibra sobre outro e vira dois pontos.

É um ponto e pronto. Fim de história. Ponto final.




Direto na têmpora: We close our eyes - Oingo Boingo

4 comentários:

Anônimo disse...

Você é ótimo!!! Queria ser igual a você quando crescer! rs
Beijos!

redatozim disse...

hahaha valeu, Aline.

Gastão disse...

Boa!

Me lembrei de uma crônica que você certamente conhece.

"Sfot poc", de Luiz Fernando Veríssimo.

http://humbertocapellari.wordpress.com/2009/11/30/sfot-poc-por-luiz-fernando-verissimo-obs-texto-dele-mesmo/

redatozim disse...

Não conhecia! Simplesmente genial, Gasta.