segunda-feira, junho 13, 2011

Mavs! Mavs! Mavs!

A temporada acabou e o post não pode esperar até amanhã. Os Dallas Mavericks são os campeões da NBA em 2011 e quem não curte basquete vai ter um descanso do assunto no Pastelzinho a partir de amanhã.

Sou torcedor dos Celtics, mas já expliquei aqui porque gostaria que o Heat não ganhasse o título da NBA. Além disso, quando meu pai esteve nos EUA em 95 ou 96, sabe qual camisa eu pedi se ele não achasse a de Boston? Acertou. Dos Mavs.

O primeiro time de Dallas de que me lembro tinha Mark Aguirre, Derek Harper e Rolando Blackman. Era um time que sempre perdia dos Lakers em 87, 88, mas que jogava bonito e sério.

Depois me lembro dos Mavs da época que pedi a camiseta, quando Jason Kidd (sim, este mesmo que acaba de ser campeão depois de dar uma volta em New Jersey), Jim Jackson e Jamal Mashburn prometiam ser um dos mais empolgantes trios de jovens jogadores da época, o que infelizmente não aconteceu.

Há menos tempo tivemos o inesquecível time com Nowitzki e Nash, além de Michael Finley, que parou nos grandes Spurs.

Em 2006, os Mavericks perderam as finais para o Miami Heat após estarem ganhando de 2 a 0. Em 2007 tiveram uma campanha maravilhosa na temporada regular com Dirk Nowitzki levando o MVP, mas foram eliminados na primeira rodada dos playoffs pelo Golde State, oitavo time do Oeste na época.

Juro que achei que eles não teriam mais chances ao título. Na NBA as janelas de oportunidade passam rápido e com Lakers, Celtics e agora Miami mais fortes, eu nem me lembrava dos Mavs como potenciais candidatos.

Errei feio. Nas minhas previsões, Dallas sairia na primeira rodada.

Ganharam porque tiveram um time que joga em conjunto, que tem coragem e que ganhou um senso de defesa até então inexistente com Tyson Chandler. Shawn Marion não é mais o mesmo de Phoenix, mas foi fundamental também na defesa. Dirk foi preciso quando o time mais precisou (ao contrário de LeBron). Jason Kidd reinventou seu jogo e dominou o ritmo do ataque. Barea fez uma bela temporada e playoffs mais lindos ainda. Jason Terry tem os maiores culhões da NBA nos tempos de hoje. E Rick Carlisle, que já tinha feito um belo trabalho nos Pacers e depois acabou meio esquecido, mostra que é e sempre foi um puta técnico.

Um título que ajuda a diminuir a dor de tantos bons times que deramem nada na história dos Mavericks, que redime Kidd e Nowitzi, dois craques que se aposentariam sem o troféu e que desmantela o "já ganhou" vergonhoso e o conceito de "supertime" de Miami, pelo menos nesta temporada.

Estou feliz. Muito feliz. Nunca foi tão bom errar.




Direto na têmpora: Missing - Everything But The Girl

2 comentários:

Raphael Crespo disse...

Rapaz, foi emocionante!
Em 2009, o Flamengo estava lá pela 7ª ou 8ª posição quando eu resolvi fazer um pacto com meu irmão, de raspar a cabeça em caso de título. Naquele momento, eu comecei a acreditar que dava.
E nessa final da NBA, eu achava que daria Heat, mas comecei a acreditar ao menos num 7º jogo após a primeira vitória do Mavs.
E mesmo com a derrota em Dallas, quando o time virou pra 3 a 2, eu comecei a acreditar no título.
Também sou Boston, mas, na verdade, sou mais NBA. Torço pelo jogo, que acompanho desde Michael Jordan e Magic Johnson.
E seria muito ruim pra NBA a arrogância de LeBron e Wade vencer. Assim como foi muito bom pra Liga jogadores como Nowitzki e Kidd, enfim, conseguirem um título.
Foi lindo! De arrepiar!

redatozim disse...

Foi emocionante mesmo, Raphael, mas eu confesso que só acreditei mesmo quando acabou.