A derrota do Brasil para a Itália em 82 iniciou a derrocada do futebol arte. Obviamente esta é uma opinião minha que pode ou não refletir os fatos, mas tenho a visão clara de que quem abriu campo para toda uma geração de técnicos esquemistas e retranqueiros foi Paolo Rossi com seus três gols.
Sim, como você percebeu eu também fiquei recalcado com a derrota em 82 e, talvez por isso, tenha comemorado o título de 94 com uma ponta de tristeza por ver Dunga como capitão e o futebol burocrático que apresentamos.
Até aí tudo bem, recalque meu, problema meu. Mas ontem, ao fazer compras na Araujo, recebo o cartão do vendedor e me deparo com o nome Paulo Rossi.
- Paulo Rossi? Seu nome é Paulo Rossi, cara? Que coincidência desgraçada, hein? É o mesmo nome do cara que fodeu o Brasil em 82.
- Ah, eu sei, meu nome é por causa dele.
- E seu pai é italiano?
- Não.
Olha aí a prova.
Ok, um pai que não é italiano e coloca o nome do filho brasileiro de Paulo Rossi em homenagem ao artilheiro da Azzurra em 82 é, antes de tudo, um sádico.
É como se eu, atleticano que penou com o Flamengo na década de 80, chama-se um filho de Zico ou um cruzeirense que ao ter um filho por esses dias desse o nome de Verón. Impensável.
Confesso que se eu fosse o velho ainda mais resmungão de alguns anos atrás e os remédios não fossem para a Sophia era até capaz do assunto ter rendido mais, inclusive com ofensas ao progenitor do atendente.
Mas é fim de ano e, amiguinhos, eu ando um doce.
Direto na têmpora: High Lonesome Sound - The Gaslight Anthem
4 comentários:
Mas eu me lembro bem que você me pediu uma camisa de futebol da Italia e a usava por todos os lados, ou seja, você era um evidente torcedor da AZURRA
Mas a camisa foi antes da Copa, ndms, lembro inclusive que, durante o jogo, coloquei a camisa pendurada em cima do lustre do quarto pra agourar a Itália.
Era como se você colocasse o nome do seu filho de José Roberto Wright... Hahahahahahaha!
Exatamente isso, André, exatamente isso.
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