Para quem não sabe, WTF é a sigla que representa, principalmente na web, a expressão "What the fuck". A sigla é usada para expressar choque, surpresa ou incredulidade diante de fotos, sites, comentários, vídeos, histórias, enfim, qualquer coisa que demande uma boa dose de "putaqueopariu" pela sua absurdância. Em bom português, a tradução seria algo próximo de "Que porra é essa?".
Enquanto isso, em Wisconsin, o órgão responsável pelo turismo do estado mudou seu nome de Wisconsin Tourism Federation (WTF) para Tourism Federation of Wisconsin (TFW). O motivo? Não há mais separação entre o mundo virtual e o real.
As pessoas buscavam o turismo em Wisconsin, encontravam WTF e as pessoas que buscavam situações WTF chegavam ao turismo de Wisconsin. O resultado é um campo aberto para hackers, pranksters, um número ilimitado de chacotas e brincadeiras que acabavam por afetar, na prática, as pretensões e a reputação da instituição de Wisconsin.
O que as pessoas consideram "virtual" é a cada dia mais real e impacta mais verdadeiramente o nosso cotidiano. Não somos usuários da internet, somos pessoas em cujas vidas a internet tem um papel tão prático e verificavelmente importante quanto uma calçada ou via de trânsito.
Incrivelmente bom para algumas coisas e terrivelmente ruim para outras, mas acredite, essa distância entre os dois mundos é cada vez mais a exceção. Embora nada substitua o contato físico, a troca de olhares, o contato real com um produto, existe uma extensão para estes sentidos e que está aí para ser explorada.
Explorar ou não é decisão de cada um. Para mim, a internet exponencializa o alcance de nossas opiniões, as conexões de nossas afinidades, as fronteiras do nosso conhecimento e as possibilidades da nossa criatividade. É real como um braço de cadeira ou um copo de café.
Essa é a minha opinião. Qual é a sua?
Direto na têmpora: Butterfly Nets - Bishop Allen
16 comentários:
Eu não poderia concordar mais com você, meu caro.
Realmente, o papel da internet em nossas vidas, pelo menos nas vidas dos que já a encaram como cotidiano, está cada vez mais misturado com atividades offline.
Ouço muita gente dizer: "não tenho tempo para a internet" ou "isso é coisa de nerd". Mas são pessoas que estão perdendo nem o bonde, mas o trem-bala da história e, quando acordarem para a revolução que está acontecendo, vão ficar atordoadas.
Internet é exatamente isso que você falou: "essa distância entre os dois mundos é cada vez mais a exceção"
É isso mesmo, Raphael, e até mesmo questões como faixa etária e classe social vão cedendo a um tempo que não vai esperar por ninguém.
Eu acho que Wisconsin deveria ter se apropriado da expressão para divulgar um novo tipo de turismo: o What The Fuck Tourism.
Wisconsin não é muito WTF, mas justamente por isso poderia ser uma vertente a ser explorada. Boa idéia, Boe. Algo na linha "o maior alface do mundo está em Wisconsin. Visite."
Acho que nos dias de hoje é muito difícil viver sem a INTERNET e o CELULAR. São ferramentas importantes da comunicação, fazendo com que o mundo caiba em nossas mãos. No entanto, volto aos anos cinquenta quando da chegada da televisão aos nossos lares e que trouxe muita polêmica quanto ao seu uso e influência no seio da família e, cuja solução continua válida para o mundo de hoje: Cada um deve manter o controle sobre a ferramenta e, sabendo usá-la, só trará benefícios a todos
Tá certo, ndms, o que não se pode é fechar os olhos para a mudança.
Pois é, cara, eu concordo com o que você escreveu e pego carona na comentário do ndms.
Acho que a palavra "virtual" serviu bem no início dos tempos, quando a internet era novidade, para designar as atividades e serviços que eram veiculados através dela. Hoje em dia, quando ela já é realidade mais do que implantada, vejo cada vez menos sentido nessa palavra.
Se a gente forçar um pouco a interpretação, concluímos que a TV também é "virtual", afinal a gente vê e ouve algo que não está realmente ali. Aliás, o rádio e o telefone também.
Você disse bem: Internet é real como um braço de cadeira.
Será que as pessoas às vezes acham que a alegria de ver os filhos que estão longe pela internet não é real? É tudo verdade, meu caro Gasta.
Cara, a maior invenção do século passado foi a combinação Internet + Google.
Virtual ? Livros são virtuais, ora. O que temos de informação disponível hoje, pela web, seria inimaginável alguns anos atrás. A facilidade de comunicação praticamente acabou com as fronteiras.
Talvez a mais democrática das instituições, a web está aí para ficar.
Um abração.
A luta é convencer certas pessoas / empresários / comunicadores disto, Cejunior, mas as coisas vão caminhando.
Já ia discordar da opinião do Cejunior. Antes disto, usei a internet e o Google, e vi que a Coca Cola foi inventada no século XIX.
Então agora posso concordar: a maior invenção do século XX foi a combinação Internet + Google.
Coca Cola não é bem uma invenção, Gasta, é mais uma dádiva.
McLuhan bate palmas. Com toda certeza que vou indicar seu post para meus alunos de comunicação.
A respeito do outro comentário, Guerreiro Antonio está muito bem. Na próxima semana embarcamos para Sampa para mais uma rodada de exames que certamente só confirmarão que ele continua saudável.
Abs.
Clarissa
Mas convenhamos... Quem é que quer ir passear no Wisconsin???? Hahahaha!
Fico duplamente feliz, Clarissa, por você ter gostado do texto e por Antonio andar bem. Beijo.
Pô, André, tem cada queijo por ali. Sei lá, eu iria.
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