A palestra sobre o Consumidor Classe C no Grupo de Estudos da TOM foi muito bacana. Apesar de toda a questão técnica e mercadológica ser interessantíssima, foi um aspecto humano que mais me chamou a atenção.
Obviamente, consumidores são pessoas. O GP08 mencionou isso a cada 15 segundos e ainda assim muita gente esquece. O que a pesquisa mostra é que, tanto entre homens quanto entre mulheres, o principal desejo que as pessoas da classe C tem é de ser inteligentes e criativos.
Entre os homens, na descrição de como veem a si próprios, o terceiro item mais citado foi "comum".
Saber-se comum é uma puta dor. Mais um, qualquer, igual, batido, repetido, sem relevância. Vida de gado.
Esqueça o que eles querem comprar e lembre-se de que eles querem existir. Ser visto, ser ouvido, não como extrato social ou grupo, mas como pessoa. Como indivíduo.
Ser comum é uma dor fodida.
Direto na têmpora: We Are Beautiful, We Are Doomed - Los Campesinos!
12 comentários:
ando meio triste
com vontade de chorar
a garganta seca
alma encharcada
em lágrima
no espelho
não me vejo
reflito aflito grito
só um grito mudo
a boca
sem teu sabor
não me diz nada
não vale beijar
o corpo
sem teu calor
não me aquece
não vale abraçar
larguei minha alegria
não sei onde ela foi parar
solta por aí espero vai
que la nave vá
lá navegar
o vento
sem teu soprar
não leva a vela
não vale ventar
o dia
sem teu olhar
não amanhece
não vale acordar
belo poema, vina e garetani, muito bacana mesmo.
ser comum é ruim? não sei... as vezes acho mais legitimo alguém assumir que é comum ou medíocre do que se vender (e acreditar) ser algo que não é. querendo ou não... nem todo mundo é brilhante mesmo.ps.: adorei o poema do vina/caê.
não ser comum não tem nada a ver com não ser brilhante, camila, significa somente ter uma personalidade e poder expressá-la.
fica tranquilo, redatozim. de perto ninguém é normal.
esse, graças a Deus, não tem sido meu problema, alexandre, foi só mesmo uma constatação sobre a realidade desses caras.
Comum...eu prefiro ser comum!
mesmo, e nunca senti dor!
Eu prefiro, ser assim mesmo.
só o seu blog já diz uma coisa um pouco diferente, micho. você não se contenta em ser comum, você quer ser vista e ouvida por ser única, mas aí já pode ser análise exagerada minha.
Ser comum desejando ser inteligente e criativo, deve ser doído mesmo. Pq vc quer ser aquilo que vc sabe que não é. Isso sim é triste. O cara que é comum e sabe disso, pelo menos sabe o seu lugar no mundo. Saber-se comum é um estado de inclusão. O importante para quem trabalha com comunicação, é saber trabalhar para atingir esse indivíduo que quer ser ouvido, como vc escreveu.
Beijos pra vc e até sexta!
Dea
Exatamente, Dea, e o pior, qual a possibilidade de inclusão desses caras? Sexta a gente se vê. Bjo.
não entendi... então o comum nao tem personalidade? coitado! kkkk
Tem, mas não consegue expressar, camila, até mesmo pelo meio em que vive. Ou você acha que um cara que trabalha em três turnos em uma fábrica, ganha R$600,00 para sustentar família e não tem acesso à cultura ou estudo está satisfeito em ser mais um na engrenagem? Bom, eu realmente acho que uma coisa é ter a possibilidade de se destacar e optar por ser comum, outra é ter que aceitar o fato sem poder fazer de outra forma. Mas, enfim, cada um, cada um.
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