É muito engraçada a perspectiva de quem está de fora de determinado assunto. Por exemplo, quem não conhece futebol americano tem a clara sensação de que aquilo é uma porradaria sem sentido, já quem conhece (ou boa parte de quem conhece) costuma ser bastante apaixonado.
O mesmo se dá com ambientes corporativos (com o perdão da má palavra). Normalmente quem atende apenas o cliente A, acredita que ele é um monstro, até que chega alguém que já trabalhou com os clientes B, C e D e diz tranqüilamente que A é um cordeirinho. Por cliente entenda-se o profissional, não a empresa.
Eu já rodei bem no mercado mineiro e posso dizer, tranqüilamente, que já trabalhei com pelo menos um cliente top five em termos de escrotice. Obviamente não posso dizer o nome do Freddie Krueger aqui, mas aposto a grana que for que ele está entre os cinco mais monstruosos.
O fato é que já ter trabalhado com o próprio Lúcifer me dá uma certa casca grossa e eu consigo até me surpreender positivamente com certas pessoas tidas e havidas como monstros do pântano, mas que na verdade não passam de saltitantes sapinhos.
Só não descobri ainda se isso é bom ou ruim.
Direto na têmpora: Juvenar - Karnak
6 comentários:
Maurilão, isso é muito engraçado, mas tem muito cliente pentelho.
Eu me lembro que quando atendi a Philip Morris --na época eu fumava cigarro-- eu só conseguia consumir os da Souza Cruz.
Depois, quando fui pra Salles, atendia a marca mais "chata" da Souza Cruz. Passei a só fumar cigarros da Reynolds. Ainda bem que nunca cheguei a atender esta fabricante, mas, também, deixei de fumar cigarros.
Passei a fumar meu cachimbinho...
Isso rola mesmo, Oliva, o cliente escroto acaba fazendo com que seus fornecedores / parceiros passem a nutrir a mais profunda antipatia pelos produtos que anuncia, sendo o contrário igualmente verdadeiro, é claro.
Mais uma vez lembro a máxima do grande filósofo Pedro Mandioca: " não somos pagos pela nossa criatividade; somos pagos pela nossa paciência".
Aristóteles e Pedro Mandioca ali, ó, de cabeceira pra todo publicitário que se preze.
Querido, o lúcifer com quem trabalhei não era cliente. Era patrão. A melhor coisa que fiz na vida foi descer do inferno e voltar pro céu. Não há dinheiro no mundo que pague isso.
Para o mal não há limites, pequena.
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