Tenho pé-de-valsa
Mas nos tendões algo desafina enquanto danço
Tenho veia poética
E só me falta o sangue que nela corra
Tenho olho clínico
Que a retina-paciente se recusa a enxergar
Tenho ouvidos moucos
E uns tantos gritos roucos de não se fazer ouvir
Tenho a alma leve
De um peso sutil que me afunda no chão
Tenho coração de pedra
E sobre ele não se edificará minha igreja
Direto na têmpora: What Sarah said - Death Cab for Cutie
6 comentários:
Muito bom isso, ein?
Obrigado, obrigado, agradeço penhorado, Dri.
Faço minhas as palavras da Adriana, aumentando o côro...
Gracias, Don Oliva, gracias.
Beleza de poema.
Como você completaria o verso abaixo?
Tenho a língua solta
(...)
Aliás, dá uma série, hein my friend, talvez até um livreto.
Uma boa mesmo, Rubinho. Vou investir nisso aí. Valeu.
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