quarta-feira, outubro 27, 2010

Prova isso

Estava conversando com Madame Carmita Almeida e ela se lembrou de como as pessoas do interior têm mais leveza com a tragédia.

No interior, pelo menos em Minas, sempre tem uns casos assim:

- Deca, o Julinho de Neuza levou uma chifrada de vaca e tá todo aberto ali na beira da estrada.


- É mesmo? Noooooossinhora... vou lá ver como é que ele tá.

E pronto, lá se vão as comadres olhar o rapaz agonizante com a maior calma do mundo. É o que eu chamo de dividir o horror.

Sem querer ser preconceituoso (e acho que até já falei disso antes), mas mulheres também têm um pouco disso quando o assunto é comida, por exemplo.

Um homem prova algo ruim e, com toda tranquilidade, exclama:

- Essa merda tá estragada, vou jogar essa porra fora.

Já a mulher costuma seguir outra linha:

- Credo, isso tá horrível... prova aqui, amor, para você ver como está péssimo.

Para as mulheres, dividir o horror também é uma prova de carinho.




Direto na têmpora: Second hand news - Mates of State

10 comentários:

PC disse...

Gêisa, por outro lado, quando faz uma comida do cacete, fala assim:
- Não ficou ruim mesmo não...

redatozim disse...

Minha mãe tem o tradicional "tá improvisadinho, mas tá gostosinho", que ela usa sempre que cozinha, PC.

adriana disse...

Na minha casa quem pede pra provar o que está obviamente estragado é o marido. E eu me recuso.

redatozim disse...

Tá certíssima, dri. Recusar é direito da vítima.

Raquel do Carmo disse...

kkkkkkkkk! Nessa você foi cruel Maurilão...

redatozim disse...

foi mal aí, Raquel rsrsrsrs

danny falabella disse...

prova amor..prova mais um pouquinho...(até matar o sujeito).

redatozim disse...

Ah, vocês mulheres, danny.

ndms disse...

HAHAHAHHA....
MUITO BOM

redatozim disse...

e verdadeiro, ndms