Existe um certo tipo de alegria que só pode vir de um cajueiro. Esticar uma rede nos galhos, colher e comer a fruta, reparar no azul do céu por entre as folhas largas.
Ou pode ser só a sombra, só a textura nodosa da madeira, só a castanha que se espeta pra fora da carne do fruto. Pode ser só o aroma doce que o cajueiro exala.
O cajueiro é a preguiça se espalhando em um dia pra sempre de sol. É verde, amarelo e vermelho e a promessa de um delicioso travo recoberto de delícia.
Às vezes, mesmo que só paisagem, o cajueiro já se reinventa oásis. E enquanto isso, aqui em volta tudo é cimento, é cimento, é cimento e alguma fumaça também.
Direto na têmpora: Suicide - The Raveonettes
2 comentários:
Muito bacana. Saudade da praia
Sera que ainda tm praia com cajueiro perto, anônimo?
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