terça-feira, junho 15, 2010

Caju

Existe um certo tipo de alegria que só pode vir de um cajueiro. Esticar uma rede nos galhos, colher e comer a fruta, reparar no azul do céu por entre as folhas largas.

Ou pode ser só a sombra, só a textura nodosa da madeira, só a castanha que se espeta pra fora da carne do fruto. Pode ser só o aroma doce que o cajueiro exala.

O cajueiro é a preguiça se espalhando em um dia pra sempre de sol. É verde, amarelo e vermelho e a promessa de um delicioso travo recoberto de delícia.

Às vezes, mesmo que só paisagem, o cajueiro já se reinventa oásis. E enquanto isso, aqui em volta tudo é cimento, é cimento, é cimento e alguma fumaça também.




Direto na têmpora: Suicide - The Raveonettes

2 comentários:

Anônimo disse...

Muito bacana. Saudade da praia

redatozim disse...

Sera que ainda tm praia com cajueiro perto, anônimo?