Ontem foi uma noite duplamente marcante para a NBA. Ray Allen tornou-se o cara com maior número de cestas de 3 pontos convertidas na história da Liga e Jerry Sloan deixou o Utah Jazz após 23 anos como técnico.
Ray Allen é um exemplo de dedicação. Aos 35 anos cuida de sua preparação física quase obsessivamente, acaba de receber um prêmio por seu trabalho junto à comunidade, foi eleito 10 vezes como All-Star, foi campeão olímpico em 2000 e campeão da NBA com os Celtics em 2008. Isso sem falar que tem um dos mais belos e perfeitos arremessos do basquete.
Mesmo com a derrota dos Celtics para os Lakers ontem, Ray Allen bateu o recorde de Reggie Miller e mostrou que não é preciso ser arrogante ou "estrelinha" para ter sucesso no mundo dos esportes profissionais. Às vezes basta trabalho, humildade e dedicação.
Ray Allen's jump shot is a thing of beauty.
O que nos leva a Jerry Sloan, um cara metódico, sério e direto que, em 23 anos como técnico do Utah Jazz esteve duas vezes nas finais da NBA (perdeu as duas para Jordan e os Bulls), teve apenas uma temporada com menos de 50% de aproveitamento e foi um dos responsáveis pela dupla Stockton e Malone.
Jerry Sloan era um cara de pulso firme, um disciplinador que nunca se intimidou com estrelas e seus chiliques. Por isso soa tão irônico imaginar que o afastamento de Sloan esteja ligado a problemas de relacionamento com Deron Williams, o armador e atual craque do Jazz.
Malone, Sloan e Stockton, um dos grandes trios da NBA.
Se for realmente o caso, esqueça o que eu disse há 3 parágrafos sobre trabalho, humildade e dedicação. Talvez os tempos estejam mudando e Ray Allen seja só uma relíquia, uma exceção que teima em continuar existindo em um mundo onde o star power vale muito mais do que a consistência e o eficiência.
Direto na têmpora: I'll do it anyway - The Lemonheads
10 comentários:
Uma coisa é certa, meu caro: a NBA, assim como muita coisa nesse mundo, já foi melhor.
Continuo gostando muito, mas não se faz mais jogadores como Stockton e Malone, Magic Johnson, Michael Jordan...
Ray Allen nunca esteve no nível desses, apesar de ser um baita jogador, mas talvez seja um dos últimos dessas gerações mais antigas, que botam o esporte em primeiro lugar.
Sem dúvida, Raphael.
Mesmo nos dias de hoje, Ray Allen não tem o talento de um LeBron James, Kobe Bryant ou mesmo Deron Williams.
O que ele tem é uma ética de trabalho perfeita, um comprometimento enorme com o time e um arremesso extremamente preciso. Coisas que Jordan, por exemplo, também tinha.
E o mais importante é: se tudo der certo, mês que vem estaremos eu e o Rapha sentadinhos lá no TD Garden vendo os caras jogarem ao vivo!!!
nem me fale, SAbrina. Eu assisti a um joguinho só lá e morro de saudades. Bom proveito procês. Ah, e qual era o lance afinal de contas!?
O lance é que a empresa da Sabrina, que tem sede em Boston, tem quatro season tickets corporativos, a poucos metros da quadra.
Ela pediu, mas eles já estava prometidos para outras pessoas nos jogos que vão rolar nos dias 2 e 4, quando estaremos por lá!
Ou seja, o lance não rolou...
Sacanagem... cara, não deixe de visitar Newbury Street e aproveitar os pubs perto do Boston Common. Fui lá em 2000, mas tinha muita coisa boa.
Pois é, Maurilo. Dizem que os assentos são daqueles que quase respinga suor dos jogadores em cima de vc... Mas, tudo bem! O importante é ver os caras jogando ao vivo! Eu fui lá em Outubro do ano passado e amei a cidade! Alugamos um apê na Little Italy e vamos passar 4 dias lá! Depois contamos como foi!
Aproveitem bem, Sabrina. Tenho muitas saudades de lá.
É o efeito Neymar se propagando mundo afora...
Infelizmente é verdade, PC, mas Dorival tem que comer muito feijão pra ficar 23 anos em um clube como o Sloan.
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