Faltando menos de uma semana para as eleições recebi um email de um amigo (junto com uma lista enorme de pessoas) em que ele se referia a um instituto de pesquisa que daria empate técnico com Serra ligeiramente à frente.
Achei aquilo estranho, afinal, naquele mesmo dia todos os instituso apontavam uma vitória de Dilma por 10 ou 12 pontos. Vi que o email citava a pesquisa como registrada no TRE e, por falta de detalhes, fui conferir no TRE-MG.
Na verdade, meu objetivo era verificar a veracidade da notícia e ter informações para depois fazer minhas considerações sobre a competência de um instituto que apontava um resultado tão distante do que se configurava e acabou se concretizando como resultado do pleito.
Entrei no TRE-MG e vi que não havia registro. Respondi então ao email do meu amigo dizendo que a pesquisa não estava registrada no TRE-MG e perguntando se não seria no TSE ou outro regional. A réplica do moço foi de "vai tomar no cu" pra baixo.
Não sei se ele repassou a notícia sabendo que era mentira, se achou que o meu questionamento estaria ligado a alguma posição política ou se ele simplesmente não gosta de pensar.
Só sei que essa tem sido uma postura muito comum em quem defende algum tipo de administração. Sabe uma coisa meio "Brasil, ame-o ou deixe-o"? Pois é.
Hoje mesmo recebi um twitter do perfil @TudoporBH que reforça essa postura. Quando se deparam com alguma crítica à administração, não respondem com alguma solução ou admissão de culpa, mas apenas com argumentos como "é maravilhoso servir à nossa capital" e outras baboseiras do gênero.
É impressionante que ainda existam pessoas assim, incapazes de entender que o questionamento e a crítica não significam ódio ou vontade de destruir algo. Às vezes o que se quer com isso é justamente melhorar as coisas ou conhecer o que há por trás do boato.
E assim, vamos fugindo ao debate e nos recolhendo às nossas pequenas e inquestionáveis verdadezinhas pessoais.
Direto na têmpora: She makes me - Queen
6 comentários:
Vamos lançar o projeto "foda-se a BHTrans", Tio Maurilo
Não me importo que votem em candidatos "opostos" aos meus. O que me irrita é a falta de informação e de conhecimento, aliado a isso o preconceito. Ao contrário do que muita gente diz, eu acho que política se discute sim, mas desde que tenha-se bons argumentos para tanto.
Fechou, PC.
Acho que a discussão da política é funbdamental, Sakana-san, mas concordo, sem conteúdo não dá pra discutir. É como me chamar pra um debate sobre física nuclear.
Concordo plenamente. A maioria das pessoas não sabe discutir política, partindo logo para a agressão.
Cansei de receber mensagens anti-Serra na lista de e-mail do mestrado. Quando eu retrucava com argumentos mais incisivos (afinal, não tenho sangue de barata), virava briga.
Esses eleitores da Dilma são mesmo um bando de estúpidos imbecis. Quando não são mal-intencionados, são inocentes-úteis. Não todos, mas 90%.
Você faz mestrado, Elias? Ah, vá...
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